26/09/2014
Dilma anuncia 5 pontos para combate à impunidade no Brasil
Muda Mais - 26/09/2014
Em
coletiva no Palácio da Alvorada, após entrevista com blogueiros, Dilma
anunciou um conjunto de propostas para o combate à impunidade no que
tange à coisa pública, à corrupção e à má-versação do dinheiro público.
Tais medidas visam a agilização de processos e julgamentos mais rápidos,
com punições mais eficazes, com respeito à justiça e amplo direito de
defesa. Nas palavras de Dilma: "o Brasil precisa ver um combate sem
trégua à corrupção, e isso tem sido compromisso do meu governo.
A
impunidade é uma espécie de mal que protege e assegura que a corrupção e
os crimes financeiros tenham prosseguimento - ao se acharem impunes, as
pessoas têm incentivo a continuarem". Os cinco pontos propostos pela
candidata são:
1. Modificação da legislação eleitoral para
criação do crime de prática de "Caixa Dois", punindo todos os que se
utilizarem de tais procedimentos;
2. Aprovação, por lei, de crime que puna com rigor
agentes públicos que apresentem enriquecimento sem justificativa ou sem
demonstração da origem dos ganhos patrimoniais;
3. Criação de uma nova espécie de ação judicial -
"ação civil pública de extinção de domínio" - que permita declarar a
perda da propriedade ou da posse de bens adquiridos por atividades
ilícitas, ou de bens sem comprovação de procedência lícita;
4. Alteração da legislação processual para
agilização do julgamento de processos judiciais que digam respeito a
desvio de recursos publicos, respeitando o contraditório e o mais amplo
direito de defesa;
5. Criação de uma nova estrutura no poder
judiciário, em especial junto aos tribunais superiores, que permita
agilização e maior eficácia da investigação e dos processos contra
agentes que possuem foros privilegiados. STJ e STF.
Dilma reiterou que tais propostas são continuidade
das diversas ações de combate à corrupção tomadas ao longo dos governos
do PT . Como exemplo, citou o fortalecimento da Polícia Federal; as 162
operações de combate à corrupção, lavagem de dinheiro e crime
financeiro; o fortalecimento da relação com o Ministério Público, com a
escolha do Procurador Geral da República apenas a partir da lista
tríplice apresentada; a aprovação da Lei de Acesso à Informação; a Lei
da Ficha Limpa; a Lei das Organizações; a continuidade do Portal da
Transparência e as investigações da Controladoria Geral da União.
A nova etapa, que se iniciará no segundo mandato,
enolve levar às últimas consequências o processo de combate à corrupção,
e requer debate no Congresso Nacional e no Poder Judiciário.
Os repórteres presentes na coletiva perguntaram
sobre as denúncias de Michel Temer acerca de ações da Polícia Federal
contra a comitiva de Lobão Filho no Maranhão, baseadas em denúncias
anônimas.
Dilma afirmou que "temos que ter garantia que órgãos
governamentais não sejam usados em prol de um ou outro candidato. Temos
de garantir a plena isenção da polícia. A Polícia Federal tem autonomia
para investigar, mas não tem autonomia para cometer nenhum ato
incorreto. Qualquer órgão integrado por pessoas pode cometer um erro, e
sempre, em qualquer circunstância, pode ser investigado. A Polícia
Federal tem total autonomia para investigar, mas não é possível fazer
isso ao arrepio da lei."
Os jornalistas também perguntaram sobre
declarações eleitorais dos adversários de Dilma. Acerca de declarações
de Aécio sobre o PT, Dilma afirmou que o candidato deveria se preocupar
em se explicar com relação ao aeroporto público em terras de sua
família: "o uso indevido de bens públicos é algo muito grave. Ele devia
responder que quem tinha a chave do aeroporto era seu tio." Já com
relação a afirmação de Marina de que se o Brasil crescer, faltará
energia, Dilma pontuou que a especialidade da candidata não é a questão
da energia no Brasil: "a candidata talvez não saiba quanto nós
aumentamos e ampliamos as redes de transmissão e o fornecimento de
energia. Em meus 4 anos de governo, eu fiz o dobro das linhas de
transmissão que FHC fez em seus 8 anos de mandato, e quase a mesma
quantidade de geração de energia". Dilma lembrou que o Sistema Integrado
Nacional permitiu que o Brasil não passasse por apagão esse ano, apesar
de atravessar uma das piores secas de sua história.
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