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09/12/2014
Contra golpismo, Dilma quer multidão na posse
Brasil 247 - 9 de Dezembro de 2014 às 14:33
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PT organiza grande festa para a cerimônia de posse
da presidente, no dia 1º de janeiro; partido quer celebração como a de
Lula, em 2003, quando 150 mil comemoraram sua vitória na Esplanada dos
Ministérios; enquanto a oposição, derrotada nas urnas, convoca às ruas
manifestantes que defendem impeachment e intervenção militar, governo
pretende mostrar que tem apoio popular e fazer do ato um marco de
reaproximação com os movimentos sociais; com o evento, aliados querem
ainda que a investigação Lava Jato, que desgasta o governo e não tem
previsão para acabar, não contamine o início do segundo mandato
247 – O PT planeja um evento com "banho de povo" na
cerimônia de posse do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, no
dia 1º de janeiro. A ideia é resgatar a festa ocorrida em janeiro de
2003, quando 150 mil pessoas tomaram a Esplanada dos Ministérios na
posse do ex-presidente Lula.
O ato também pretende assegurar, ao dar continuidade ao clima que elegeu Dilma no segundo turno, que o início do segundo mandato não seja prejudicado, por exemplo, pelo desgaste causado ao governo com as investigações da Operação Lava Jato, que apura esquema de corrupção em contratos da Petrobras.
Os aliados do governo reconhecem, no entanto que o momento é bem diferente do vivenciado na posse do primeiro mandato. Dilma recebeu de Lula um País cujo crescimento médio foi de 4,6% no segundo mandato do antecessor. O PIB médio da petista deverá ser de 1,64%.
Outro ponto é o ajuste fiscal necessário para o próximo ano, que será ainda maior em relação ao PIB do que o praticado pelo então ministro da Fazenda Antonio Palocci no primeiro ano do governo Lula.
A relação com os aliados no Congresso Nacional é mais uma dificuldade. Justamente em um período em que o governo precisa como nunca dos parlamentares para aprovar reformas e medidas econômicas prometidas na campanha, Dilma pode ter na presidência da Câmara o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que, apesar de ser do principal aliado do governo, o PMDB, está mais para adversário do que amigo do Planalto.
Por essas razões o ato se torna tão importante. Um movimento petista quer fazer dele, por exemplo, um marco de reaproximação com os movimentos sociais, após reclamações de distância da presidente Dilma em comparação com a gestão de Lula.
Os relatos são de que operários já trabalham e estão prestes a concluir a montagem do parlatório para a posse, em Brasília, onde Dilma discursou durante 12 minutos em 2010, pouco mais de dois meses depois de ter vencido as eleições.
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