sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Contraponto 15.593 - "O julgamento do TSE e o caso do triturador de papel"

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12/12/2014 

 

O julgamento do TSE e o caso do triturador de papel

 


Dois episódios mostram a manobra articulada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o julgamento das contas de campanha de Dilma Rousseff.
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Na fase de avaliação das contas, a Asepa (Assessoria de Exame das Contas Eleitorais e Partidárias) incluiu nas "faltas graves" o fato de trituradores de papel, adquiridos pela campanha, terem sido lançados no campo "bens não duráveis". Alegavam os técnicos que o correto seria lança-los em "duráveis".
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Foram questionados na hora por um Ministro que acompanhava os traballhos, que indagou se sabiam qual o tempo de vida útil de cada equipamento. "Duram menos que uma torradeira elétrica", ensinou-lhes, e ainda os criticou pelo fato de tratarem como "graves" questões de tal irrelevância.
O segundo episódio foi na própria avaliação do parecer por Gilmar Mendes.
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Este salientava a "gravidade" do lançamento fora de prazo de despesas efetuadas.
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Um dos Ministros explicava  que é praxe os comitês receberem as notas e, primeiro conferir se os serviços registrados foram devidamente prestados, para depois pagar. Isso explicava o fato de notas emitidas no período do primeiro balanço de campanha só terem sido quitadas no período seguinte.
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Gilmar insistia na gravidade do tema, quando a Internet passou a noticiar a rejeição das contas do governador eleito de São Paulo Geraldo Alckmin, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) pelos mesmos motivos. O Ministro informou Gilmar do ocorrido. Caberia aos advogados de Alckmin recorrer ao TSE.
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Obviamente se Gilmar considerasse falta grave na prestação de contas de DIlma, teria que adotar o mesmo critério quando fosse analisar as contas de Alckmin.
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Gilmar acabou concordando tratar-se de mero problema formal.
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PlantãoBrasil - 12/12/2014

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 Luis Nassif

Não vou responder a Gilmar pelas seguintes razões:

1. Ao contrário da sessão do TSE, esse blog preza a compostura e não se vale do espaço para disputas pessoais. Continuarei criticando Gilmar em todas suas posturas anti-republicanas (continuarei preservando o elogio solitário que fiz ao seu papel no CNJ, no mutirão carcerário), mas não exporei meus leitores a brigas de boteco. Respeito mais meu blog do que Gilmar respeita o TSE.

2. Como discutir com um Ministro do Supremo que, da tribuna de um poder institucional (o TSE) acusa um blog de se valer de poder institucional? Só falta Gilmar recorrer a algum jurista alemão para justificar esse contrassenso.

3. Finalmente, devido ao fato de que críticas de Bolsonaro e de Gilmar engrandecem os criticados.
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Um comentário :

  1. DUvido muito que o Nassif estivesse errado.Ainda bem que denunciando ,ficou mais difícil,então abortaram.

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