sábado, 13 de dezembro de 2014

Contraponto 15.601 - "Direita financista dá prêmio de consolação à Marina"

 

13/13/2014

 

Direita financista dá prêmio de consolação à Marina

 
Tijolaço - 13 de dezembro de 2014 | 20:32 Autor: Miguel do Rosário 
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Miguel do Rosário 


A notícia: Marina foi considerada uma das “mulheres do ano” pelo Financial Times.
Palmas para ela.

Agora vamos às críticas.

Os “gringos” adoram Marina Silva, isso é um fato que ficou notório após a homenagem que fizeram a ela na cerimônia de abertura das Olimpíadas de Londres.

Marina representa tudo que eles gostariam de ver numa líder política brasileira: submissão aos ditames do mercado financeiro e a estranha determinação de apostar no atraso como estratégia de desenvolvimento.

A Inglaterra, então, ama Marina com paixão, porque é o país onde a mentalidade colonial mais se arraigou.

Origem da revolução industrial, a Inglaterra melhorou a situação de seus trabalhadores transferindo o peso da opressão para o resto do mundo.

Deu certo para os ingleses, mas ajudou a produzir miséria na África e na Ásia.

Através de sua imprensa, a elite inglesa fez campanha por Marina Silva, depois para Aécio.
Marina Silva era mais palatável, porque a sua imagem, colada à bandeira ambientalista, vai de encontra às fantasias pós-coloniais da maioria dos ingleses.

O Financial Times pertence ao grupo Pearson, uma espécie de super Abril britânica, um grupo com origem no negócio da construção civil.

A Pearson chegou a ser a maior empreiteira do mundo. As relações de poder entre a metrópole e suas colônias eram fundamentais, naturalmente, para o sucesso da companhia.

Hoje a Pearson atua no bilionário mercado de livros didáticos, cujos maiores clientes são governos.
Tudo isso ajuda a entender a cultura colonial da corporação.

A Pearson fez campanha para Marina silva, através do Financial Times, que publicou ao menos duas matérias laudatórias sobre a candidata, antes do primeiro turno.

Em seguida, já no segundo turno, fez campanha para Aécio, através da Economist, que é 50% dela.
E agora a Pearson, através do Financial Times, lhe dá um prêmio de consolação pela dupla derrota da candidata, que não apenas deixou de ir ao segundo turno, como apoiou, na segunda etapa, o candidato perdedor.

O prêmio ajuda a confirmar a teoria que sempre levantamos, sobre Marina ser a representante do mercado financeiro internacional, teoria que ela mesmo ajudou a consolidar quando passou a defender, como sua principal bandeira eleitoral, a independência do Banco Central.

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