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15/05/2015
Petrobras tem lucro de R$ 5,33 bi no 1º trimestre
Brasil 247 - 15 de Maio de 2015 às 18:56
Depois de registrar um prejuízo de R$ 21,7 bilhões
em 2014 e da turbulência envolvendo as perdas com corrupção, que
atrasou os balanços do terceiro e quarto trimestres do ano passado, a
Petrobras iniciou 2015 com um lucro líquido de R$ 5,33 bilhões, informou
na noite desta sexta-feira 15 a companhia presidida por Aldemir
Bendine; resultado é praticamente o mesmo de um ano atrás, quando o
lucro foi de R$ 5,39 bilhões; a receita de vendas ficou em R$ 74,35
bilhões, ante R$ 81,55 bilhões de um ano antes, leve queda de 9%
Por Rodrigo Tolotti Umpieres
SÃO PAULO - Após toda a confusão envolvendo as perdas com corrupção e
que atrasou os balanços do terceiro e quarto trimestres de 2014, a
Petrobras (PETR3; PETR4) iniciou este ano com um lucro líquido de R$
5,33 bilhões, informou a companhia na noite desta sexta-feira (15). O
resultado é praticamente o mesmo de um ano atrás, quando o lucro foi de
R$ 5,39 bilhões. A receita de vendas da companhia ficou em R$ 74,35
bilhões, ante R$ 81,55 bilhões de um ano antes, leve queda de 9%.
Já o Ebitda Ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) encerrou os três primeiros meses do ano em R$ 21,52 bilhões, uma forte alta de 50% ante o primeiro
trimestre de 2014, quando foi de R$ 14,35 bilhões. Em nota, o presidente da companhia.
Aldemir Bendine, afirmou que a queda do lucro refletiu a desvalorização cambial registrada no período. Ainda segundo, a melhora no Ebitda é explicada pela maior produção de petróleo, pelas maiores margens nas vendas de combustíveis no Brasil e pelos menores gastos com participações governamentais e importações.
"No 1T15, a depreciação de 20,8% do real em relação ao dólar gerou efeitos no resultado, patrimônio e indicadores da Companhia, sem impactos significativos em termos de fluxo financeiro líquido", disse a Petrobras. Sob impacto do câmbio, a dívida líquida da empresa avançou 18%, de R$ 282 bilhões, em dezembro de 2014, para R$ 332 bilhões. As captações com a China e com bancos estatais não refletiram no endividamento porque foram fechadas em abril.
Segundo o comunicado da estatal, o resultado foi favorecido pelo efeito integral dos reajustes de 5% no preço do diesel e de 3% no preço da gasolina ocorridos em 7 de novembro de 2014. Além disso, os menores custos das vendas, refletindo a redução dos gastos e dos volumes com importações de petróleo e derivados, e a redução da receita com exportações, influenciada pela menor cotação do Brent (29%) no mercado internacional, também favoreceram a companhia. As despesas financeiras líquidas de da petrolífera ficaram em R$ 5,62 bilhões.
Em 22 de abril, a Petrobras divulgou ter tido prejuízo de R$ 21,7 bilhões no ano de 2014, decorrente da baixa em ativos nos valores de R$ 6,2 bilhões atribuídos a perdas com corrupção –dentro do esquema revelado pela Operação Lava Jato – R$ 44,6 bilhões em perdas de valor dos ativos e R$ 2,7 bilhões pela desistência da construção de duas refinarias, no Maranhão e no Ceará.
Resultado por segmento O resultado líquido na área de Exploração & Produção teve forte queda de 70%, caindo de R$ 10,65 bilhões para R$ 3,15 bilhões. Segundo a companhia, a queda se deve aos menores preços de transferência/venda de petróleo, refletindo o efeito líquido da redução das cotações internacionais da commodity (50%) e da depreciação do real frente ao dólar (21%), compensados parcialmente pelo aumento da produção de petróleo e LGN no país (12%), pelos menores custos com baixa de poços secos e/ou subcomerciais, bem como pelo fato do 1T14 ter sido onerado pelo provisionamento do Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV).
Por outro lado, o resultado do segmento de Abastecimento disparou 229%, passando um prejuízo de R$ 4,81 bilhões para R$ 6,18 bilhões. Em nota, a estatal afirmou que "o lucro líquido do 1T15 decorreu dos menores custos de aquisição/transferência de petróleo, refletindo o efeito líquido da redução das cotações internacionais da commodity (50%) e da depreciação do real frente ao dólar (21%), da menor participação de petróleo importado na carga processada e de derivados importados no mix das vendas, assim como dos reajustes de preços do diesel (5%) e da gasolina (3%) ocorridos em 7 de novembro de 2014".
Já no segmento de Gás & Energia, o aumento do lucro foi de 167%, para R$ 1,38 bilhão, ante R$ 515 milhões nos três primeiros meses de 2014. "O aumento no lucro líquido decorreu, principalmente, da reversão de provisão para perdas com recebíveis do setor elétrico, bem como do aumento na margem média de comercialização de gás natural, em função dos menores custos com importação de GNL e da maior oferta de gás natural nacional, compensados parcialmente pela menor margem média de comercialização de energia elétrica", disse a Petrobras.
Em Biocombustível, o resultado foi negativo em R$ 49 milhões, contra um prejuízo de R$ 75 milhões um ano atrás, uma melhora de 35%. "A redução do prejuízo decorreu das menores perdas com participação em investimento no setor de biodiesel, assim como da melhora nas margens das operações de biodiesel", afirmou a companhia em seu release de resultado.
No segmento de Distribuição, a alta foi de 15%, passando de R$ 484 milhões para R$ 555 milhões entre ano passado e o primeiro trimestre de 2015. Segundo a companhia, "o aumento do lucro líquido decorreu das maiores margens médias de comercialização de combustíveis, associadas ao aumento no volume de vendas (1%), além do fato do 1T-2014 ter sido onerado pelo provisionamento do Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV)".
Por fim, a área Internacional viu seu resultado piorar em 86%, passando de um lucro de R$ 753 milhões há um ano, para R$ 103 milhões entre janeiro e março deste ano. "A redução do lucro líquido decorreu dos menores preços de venda de petróleo e dos menores ganhos com participações em investimentos na África, refletindo o comportamento das cotações da commodity no mercado internacional, associado aos menores volumes vendidos de petróleo decorrentes da venda de ativos na Colômbia e no Peru em 2014, assim como ao fato do 1T2014 ter sido beneficiado pelo reconhecimento de créditos fiscais de empresas na Holanda. Esses fatores foram compensados parcialmente pelo ganho obtido na venda dos campos da Bacia Austral na Argentina", disse a estatal.
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Já o Ebitda Ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) encerrou os três primeiros meses do ano em R$ 21,52 bilhões, uma forte alta de 50% ante o primeiro
trimestre de 2014, quando foi de R$ 14,35 bilhões. Em nota, o presidente da companhia.
Aldemir Bendine, afirmou que a queda do lucro refletiu a desvalorização cambial registrada no período. Ainda segundo, a melhora no Ebitda é explicada pela maior produção de petróleo, pelas maiores margens nas vendas de combustíveis no Brasil e pelos menores gastos com participações governamentais e importações.
"No 1T15, a depreciação de 20,8% do real em relação ao dólar gerou efeitos no resultado, patrimônio e indicadores da Companhia, sem impactos significativos em termos de fluxo financeiro líquido", disse a Petrobras. Sob impacto do câmbio, a dívida líquida da empresa avançou 18%, de R$ 282 bilhões, em dezembro de 2014, para R$ 332 bilhões. As captações com a China e com bancos estatais não refletiram no endividamento porque foram fechadas em abril.
Segundo o comunicado da estatal, o resultado foi favorecido pelo efeito integral dos reajustes de 5% no preço do diesel e de 3% no preço da gasolina ocorridos em 7 de novembro de 2014. Além disso, os menores custos das vendas, refletindo a redução dos gastos e dos volumes com importações de petróleo e derivados, e a redução da receita com exportações, influenciada pela menor cotação do Brent (29%) no mercado internacional, também favoreceram a companhia. As despesas financeiras líquidas de da petrolífera ficaram em R$ 5,62 bilhões.
Em 22 de abril, a Petrobras divulgou ter tido prejuízo de R$ 21,7 bilhões no ano de 2014, decorrente da baixa em ativos nos valores de R$ 6,2 bilhões atribuídos a perdas com corrupção –dentro do esquema revelado pela Operação Lava Jato – R$ 44,6 bilhões em perdas de valor dos ativos e R$ 2,7 bilhões pela desistência da construção de duas refinarias, no Maranhão e no Ceará.
Resultado por segmento O resultado líquido na área de Exploração & Produção teve forte queda de 70%, caindo de R$ 10,65 bilhões para R$ 3,15 bilhões. Segundo a companhia, a queda se deve aos menores preços de transferência/venda de petróleo, refletindo o efeito líquido da redução das cotações internacionais da commodity (50%) e da depreciação do real frente ao dólar (21%), compensados parcialmente pelo aumento da produção de petróleo e LGN no país (12%), pelos menores custos com baixa de poços secos e/ou subcomerciais, bem como pelo fato do 1T14 ter sido onerado pelo provisionamento do Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV).
Por outro lado, o resultado do segmento de Abastecimento disparou 229%, passando um prejuízo de R$ 4,81 bilhões para R$ 6,18 bilhões. Em nota, a estatal afirmou que "o lucro líquido do 1T15 decorreu dos menores custos de aquisição/transferência de petróleo, refletindo o efeito líquido da redução das cotações internacionais da commodity (50%) e da depreciação do real frente ao dólar (21%), da menor participação de petróleo importado na carga processada e de derivados importados no mix das vendas, assim como dos reajustes de preços do diesel (5%) e da gasolina (3%) ocorridos em 7 de novembro de 2014".
Já no segmento de Gás & Energia, o aumento do lucro foi de 167%, para R$ 1,38 bilhão, ante R$ 515 milhões nos três primeiros meses de 2014. "O aumento no lucro líquido decorreu, principalmente, da reversão de provisão para perdas com recebíveis do setor elétrico, bem como do aumento na margem média de comercialização de gás natural, em função dos menores custos com importação de GNL e da maior oferta de gás natural nacional, compensados parcialmente pela menor margem média de comercialização de energia elétrica", disse a Petrobras.
Em Biocombustível, o resultado foi negativo em R$ 49 milhões, contra um prejuízo de R$ 75 milhões um ano atrás, uma melhora de 35%. "A redução do prejuízo decorreu das menores perdas com participação em investimento no setor de biodiesel, assim como da melhora nas margens das operações de biodiesel", afirmou a companhia em seu release de resultado.
No segmento de Distribuição, a alta foi de 15%, passando de R$ 484 milhões para R$ 555 milhões entre ano passado e o primeiro trimestre de 2015. Segundo a companhia, "o aumento do lucro líquido decorreu das maiores margens médias de comercialização de combustíveis, associadas ao aumento no volume de vendas (1%), além do fato do 1T-2014 ter sido onerado pelo provisionamento do Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV)".
Por fim, a área Internacional viu seu resultado piorar em 86%, passando de um lucro de R$ 753 milhões há um ano, para R$ 103 milhões entre janeiro e março deste ano. "A redução do lucro líquido decorreu dos menores preços de venda de petróleo e dos menores ganhos com participações em investimentos na África, refletindo o comportamento das cotações da commodity no mercado internacional, associado aos menores volumes vendidos de petróleo decorrentes da venda de ativos na Colômbia e no Peru em 2014, assim como ao fato do 1T2014 ter sido beneficiado pelo reconhecimento de créditos fiscais de empresas na Holanda. Esses fatores foram compensados parcialmente pelo ganho obtido na venda dos campos da Bacia Austral na Argentina", disse a estatal.
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