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06/05/2015
Petrobras sobe 4% e Bovespa passa dos 58 mil pontos
Brasil 247 - 5 de Maio de 2015 às 13:22
Benchmark da Bolsa brasileira fechou em alta de
1,22%, a 58.051 pontos, subindo 4,7% em três pregões; Ibovespa foi
puxado hoje por Petrobras, Vale e Eletrobras; ações da estatal do
petróleo fecharam em alta de 4% no pregão desta terça-feira 5
Por Ricardo Bomfim
PAULO - O Ibovespa caminha para fechar na sua terceira alta consecutiva.
Petrobras, Vale e Eletrobras foram as grandes responsáveis pelo
desempenho positivo desta sessão. Além disso, o mercado continuou em
espera por votações de medidas do ajuste fiscal, após decepção com o
fraco superávit primário em março. Lá fora, as bolsas norteamericanas e
europeias tiveram um dia de baixa.
O benchmark da Bolsa brasileira fechou em alta de 1,22%, a 58.051 pontos, subindo 4,7% em três pregões. O Ibovespa fechou acima de uma importante resistência, embora ainda seja cedo para confirmar o rompimento. Ao mesmo tempo em que o dólar comercial caiu 0,39%, a R$ 3,0682 na compra e a R$ 3,0687 na venda. O volume financeiro negociado na BM&FBovespa neste pregão foi de R$ 8,055 bilhões.
O analista da Rico Corretora, Roberto Indech, disse que hoje foi mais um dia em que o mercado subiu por conta do fluxo de estrangeiros entrando em papéis de maior liquidez como a estatal e a mineradora. Com dinheiro sobrando nos mercados internacionais em meio a relaxamentos monetários promovidos pelos bancos centrais do Japão e da Europa, somados aos juros próximos de zero nos Estados Unidos, a BM&FBovespa registrou em abril (até o dia 29) o maior saldo positivo de investidores estrangeiros dos últimos anos. Foram quase R$ 8 bilhões de diferença entre compras e vendas por este tipo de investidor de acordo com dados da própria Bolsa.
"De Petrobras e Vale não tem outra percepção se não a percepção de fluxo para esta alta tão forte", explica o analista.
Em uma perspectiva técnica, para Lauro Vilares, analista da Guide Investimentos, o Ibovespa deve começar a sofrer recuos depois de atingir a importante resistência dos 58 mil pontos. "Iniciar operações de compra para o prazo mais curto tornou-se mais arriscado por causa disso", avalia o analista. Vilares ainda lembra que se após o recuo, o índice for até 56.500 pontos e voltar a subir, a tendência continua sendo de alta. Já se ele perder os 56.500 pontos, ele voltará a um cenário de indefinição.
Petrobras e Vale disparam de novo
As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) fecharam em alta de 4%. Também no holofote, a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) se posicionou, na mesma linha do ministro de Minas e Energia na véspera, Eduardo Braga, favoravelmente a retirar a obrigatoriedade petroleira no pré-sal. Atualmente, a petroleira tem que ter, ao menos, 30% nos blocos exploratórios com potencial na camada do pré-sal que forem leiloados. Apesar de ser favorável, Braga disse na véspera que o governo, no momento, não discute mudanças nessa regra.
Um movimento positivo também foi visto entre as ações da Vale (VALE3; VALE5) que retomaram a disparada dos últimos dias. Acompanharam o movimento as ações da Bradespar (BRAP4), holding que detém participação na mineradora.
As ações da Eletrobras (ELET3; ELET6) também tiveram um dia de euforia e dispararam nesta sessão, juntamente com as ações da Petrobras e Vale. Do final de março até agora, os papéis preferenciais da elétrica já subiram 47% em meio ao rali da Bolsa. Fica no radar dos investidores também, a notícia do Valor Econômico de que a CVM marcou para o dia 19 de maio, o julgamento do processo que acusa a União por voto abusivo na aprovação da renovação das concessões da Eletrobras no fim de 2012. Se a União for condenada, a pena máxima seria uma multa de R$ 500 mil.
Os papéis do Itaú (ITUB4), por outro lado, operaram em queda depois da divulgação do balanço. O banco superou estimativas de lucro no primeiro trimestre, apoiado em margens robustas nas operações de crédito e menores despesas administrativas, mas fez provisões maiores para perdas com calotes e piorou estimativas para despesas e crédito, refletindo a fraqueza da economia do país. De acordo com Roberto Indech da Rico, o mercado se apegou às novas previsões do banco mais do que ao lucro em si.
Exterior em queda
O principal índice europeu de ações fechou em queda nesta terça-feira, com renovadas preocupações com as finanças da Grécia pesando sobre as bolsas da região. O índice FTSEurofirst 300 recuou 1,56 por cento, a 1.555 pontos. No mês passado, o índice atingiu a máxima em mais de 14 anos.
O índice ATG, que serve como referência da bolsa de Atenas, caiu 3,9 por cento por preocupações com o impasse das tentativas da Grécia de chegar a um acordo com seus credores internacionais.
A Grécia intensificou os esforços diplomáticos com seus parceiros da zona do euro nesta terça-feira para evitar esgotar seus recursos neste mês, quando precisa quitar uma grande parcela de sua dívida ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
As negociações continuavam com o FMI, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu (BCE) para um acordo que concede dinheiro em troca de reformas, mas ainda havia diferenças sérias sobre reformas previdenciárias e trabalhistas e o salário mínimo. "A Grécia não vai resolver isso em breve. Neste momento, estou mais pessimista que otimista e venderia em qualquer rali", disse o diretor da McLaren Securities Terry Torrison.
Entre os dados econômicos, a União Europeia elevou a previsão do crescimento do PIB da Alemanha em 2015 para 1,9%, de 1,5%, enquanto manteve a previsões para PIB do Reino Unido em alta de 2,6% em 2015 e alta de 2,4% em 2016.
Já as bolsas da Ásia recuaram nesta terça-feira, em meio a preocupações com o crescimento da região diante da fraqueza da demanda na China, em uma sessão com volume baixo devido a feriados nos mercados do Japão e da Coreia do Sul.
Na China, o índice de Xangai foi pressionado pelo setor financeiro após a imprensa noticiar que diversas corretoras do país apertaram suas regras relacionadas a margens de financiamento. A apreensão se somou a preocupações sobre liquidez antes de uma nova leva de ofertas iniciais de ações.
O volume de negócios foi baixo nos mercados em geral, com as bolsas do Japão, Coreia do Sul e Tailândia fechadas por feriado e agenda fraca em termos de indicadores econômicos importantes. O relatório de emprego dos Estados Unidos, indicador mais aguardado desta semana, será divulgado na sexta-feira.
(Com Reuters)
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O benchmark da Bolsa brasileira fechou em alta de 1,22%, a 58.051 pontos, subindo 4,7% em três pregões. O Ibovespa fechou acima de uma importante resistência, embora ainda seja cedo para confirmar o rompimento. Ao mesmo tempo em que o dólar comercial caiu 0,39%, a R$ 3,0682 na compra e a R$ 3,0687 na venda. O volume financeiro negociado na BM&FBovespa neste pregão foi de R$ 8,055 bilhões.
O analista da Rico Corretora, Roberto Indech, disse que hoje foi mais um dia em que o mercado subiu por conta do fluxo de estrangeiros entrando em papéis de maior liquidez como a estatal e a mineradora. Com dinheiro sobrando nos mercados internacionais em meio a relaxamentos monetários promovidos pelos bancos centrais do Japão e da Europa, somados aos juros próximos de zero nos Estados Unidos, a BM&FBovespa registrou em abril (até o dia 29) o maior saldo positivo de investidores estrangeiros dos últimos anos. Foram quase R$ 8 bilhões de diferença entre compras e vendas por este tipo de investidor de acordo com dados da própria Bolsa.
"De Petrobras e Vale não tem outra percepção se não a percepção de fluxo para esta alta tão forte", explica o analista.
Em uma perspectiva técnica, para Lauro Vilares, analista da Guide Investimentos, o Ibovespa deve começar a sofrer recuos depois de atingir a importante resistência dos 58 mil pontos. "Iniciar operações de compra para o prazo mais curto tornou-se mais arriscado por causa disso", avalia o analista. Vilares ainda lembra que se após o recuo, o índice for até 56.500 pontos e voltar a subir, a tendência continua sendo de alta. Já se ele perder os 56.500 pontos, ele voltará a um cenário de indefinição.
Petrobras e Vale disparam de novo
As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) fecharam em alta de 4%. Também no holofote, a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) se posicionou, na mesma linha do ministro de Minas e Energia na véspera, Eduardo Braga, favoravelmente a retirar a obrigatoriedade petroleira no pré-sal. Atualmente, a petroleira tem que ter, ao menos, 30% nos blocos exploratórios com potencial na camada do pré-sal que forem leiloados. Apesar de ser favorável, Braga disse na véspera que o governo, no momento, não discute mudanças nessa regra.
Um movimento positivo também foi visto entre as ações da Vale (VALE3; VALE5) que retomaram a disparada dos últimos dias. Acompanharam o movimento as ações da Bradespar (BRAP4), holding que detém participação na mineradora.
As ações da Eletrobras (ELET3; ELET6) também tiveram um dia de euforia e dispararam nesta sessão, juntamente com as ações da Petrobras e Vale. Do final de março até agora, os papéis preferenciais da elétrica já subiram 47% em meio ao rali da Bolsa. Fica no radar dos investidores também, a notícia do Valor Econômico de que a CVM marcou para o dia 19 de maio, o julgamento do processo que acusa a União por voto abusivo na aprovação da renovação das concessões da Eletrobras no fim de 2012. Se a União for condenada, a pena máxima seria uma multa de R$ 500 mil.
Os papéis do Itaú (ITUB4), por outro lado, operaram em queda depois da divulgação do balanço. O banco superou estimativas de lucro no primeiro trimestre, apoiado em margens robustas nas operações de crédito e menores despesas administrativas, mas fez provisões maiores para perdas com calotes e piorou estimativas para despesas e crédito, refletindo a fraqueza da economia do país. De acordo com Roberto Indech da Rico, o mercado se apegou às novas previsões do banco mais do que ao lucro em si.
Exterior em queda
O principal índice europeu de ações fechou em queda nesta terça-feira, com renovadas preocupações com as finanças da Grécia pesando sobre as bolsas da região. O índice FTSEurofirst 300 recuou 1,56 por cento, a 1.555 pontos. No mês passado, o índice atingiu a máxima em mais de 14 anos.
O índice ATG, que serve como referência da bolsa de Atenas, caiu 3,9 por cento por preocupações com o impasse das tentativas da Grécia de chegar a um acordo com seus credores internacionais.
A Grécia intensificou os esforços diplomáticos com seus parceiros da zona do euro nesta terça-feira para evitar esgotar seus recursos neste mês, quando precisa quitar uma grande parcela de sua dívida ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
As negociações continuavam com o FMI, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu (BCE) para um acordo que concede dinheiro em troca de reformas, mas ainda havia diferenças sérias sobre reformas previdenciárias e trabalhistas e o salário mínimo. "A Grécia não vai resolver isso em breve. Neste momento, estou mais pessimista que otimista e venderia em qualquer rali", disse o diretor da McLaren Securities Terry Torrison.
Entre os dados econômicos, a União Europeia elevou a previsão do crescimento do PIB da Alemanha em 2015 para 1,9%, de 1,5%, enquanto manteve a previsões para PIB do Reino Unido em alta de 2,6% em 2015 e alta de 2,4% em 2016.
Já as bolsas da Ásia recuaram nesta terça-feira, em meio a preocupações com o crescimento da região diante da fraqueza da demanda na China, em uma sessão com volume baixo devido a feriados nos mercados do Japão e da Coreia do Sul.
Na China, o índice de Xangai foi pressionado pelo setor financeiro após a imprensa noticiar que diversas corretoras do país apertaram suas regras relacionadas a margens de financiamento. A apreensão se somou a preocupações sobre liquidez antes de uma nova leva de ofertas iniciais de ações.
O volume de negócios foi baixo nos mercados em geral, com as bolsas do Japão, Coreia do Sul e Tailândia fechadas por feriado e agenda fraca em termos de indicadores econômicos importantes. O relatório de emprego dos Estados Unidos, indicador mais aguardado desta semana, será divulgado na sexta-feira.
(Com Reuters)
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