terça-feira, 12 de maio de 2015

Contraponto 16.707 - "Fachin se diz ‘progressista’ na sabatina, mas afirma que não tem filiação partidária"

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12/05/2015


Fachin se diz ‘progressista’ na sabatina, mas afirma que não tem filiação partidária


Diário do Centro do Mundo - Postado em 12 de maio de 2015 às 2:07 


Do g1:

Indicado pela presidente Dilma Rousseff ao Supremo Tribunal Federal, o advogado Luiz Edson Fachin se definiu nesta terça-feira (12) como uma pessoa “progressista”, mas negou ter filiação partidária. Durante sabatina no Senado, ele foi questionado sobre sua posição política e respondeu que, embora chamado a tomar posição como professor e jurista, nunca fez “proselitismo político em sala de aula”.

Durante a sabatina, Fachin disse também que tinha permissão do estado do Paraná e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para atuar como advogado privado e procurador do estado e lembrou o passado como vendedor de laranjas. Ele se disse “sobrevivente” e chorou na sessão.

“Não fui inscrito em partido político, embora em 1982 integrei a equipe que elaborou o plano de governo do então candidato José Richa. De qualquer sorte, não tenho inscrição político-partidária, nunca fiz proselitismo político em sala de aula”, afirmou.

No Senado, ele disse que chegou a assinar um documento de filiação ao PMDB “há muitos anos”, mas, sem explicar o motivo, afirmou que posteriormente seu nome não constava no registro eleitoral.

Depois, Fachin explicou sua convicção ideológica. “Considero-me alinhado com as pessoas que querem o progresso do país. Sou, portanto, progressista, nesse sentido, mas preservando o Estado, a autodeterminação dos interesses privados”, disse.

“Em alguns momentos, como professor, como jurista, sou chamado a tomar posição. E eu tenho feito isso com o mínimo de bondade no coração. Eu nasci com o DNA vocacionado para o magistério. Sou um professor que advoga. E quando vejo um aluno meu, ou ex-aluno, se lançando [candidatos], tenho dado dezenas de cartas de apoio”, completou.

Fachin afirmou que, se tiver o nome aprovado como ministro, agirá com “imparcialidade” e “independência”. A pergunta sobre a posição política de Fachin foi feita pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que defende a aprovação do advogado para integrar o Supremo Tribunal Federal.

Antes da resposta, o tucano afirmou que a contestação ao nome de Fachin tem por objetivo atacar a presidente Dilma Rousseff, que, na opinião do tucano, sofre com uma “grave” crise de popularidade.

Álvaro Dias citou a suposta ligação de Fachin com o PT e afirmou que aqueles que o acusam de “petista” se “esquecem”, por exemplo, da participação do jurista como advogado da campanha de José Richa ao governo do Paraná na década de 1980 e da participação de eventos de campanha de Mário Covas à Presidência da República em 1989, ano em que Covas concorreu contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Questionado pelo líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), sobre o vídeo no qual aparece lendo um manifesto de apoio à então candidata à Presidência da República Dilma Rousseff em 2010, Fachin disse que subscreveu um manifesto elaborado por juristas de São Paulo em apoio ao nome da petista.

“Fui convidado a fazer a leitura [em evento público] e não me furtei. Era um manifesto assinado por mim, então não me furtei, como em outras oportunidades também não me furtei”, afirmou.
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