11/09/2015
O que a oposição tem para mostrar sobre como governaria o Brasil
Fernando Brito
No Facebook, o sempre arguto professor Nílson Lage pergunta, um tanto
quanto desolado, o que seria o Brasil “pós-golpe”, dado os predicados
mostrados, na prática, pelos principais protagonistas da tentativa de impeachment da Presidenta Dilma Rousseff.O cenário é, de fato, mais que desolador.
Os governos estaduais dos tucanos Geraldo Alckmin e Beto Richa são exemplos de algo que não seja o descalabro?
São Paulo entalada por uma crise hídrica que não tem fim, secando torneiras e investimentos – você montaria uma fábrica ali para ficar sem água para produzir? – e agora esta festinha do “cheira e fuma; um baseado para três” do PCC em plena penitenciária? Já pensaram estas imagens vindas de um presídio federal?
Mas está tudo bem, é claro que centenas de presas se reuniram numa festa barulhenta, regada a cocaína, no pátio interno do presídio sem que as autoridades soubessem de nada, não é?
No Paraná, o Estado falido, sem dinheiro algum, que nota teria da Standard & Poors? ZZZ menos? Lá, como se sabe, o “ajuste fiscal” é feito a porrete e cassetete.
Ou seria melhor o medíocre Sartori, do Rio Grande do Sul, parcelando a perder de vista os salários dos servidores e deixando professores e policiais em casa por falta de dinheiro para a condução?
E a política, recuperada para os valores éticos, morais e humanistas, capitaneada por gente como Eduardo Cunha e Jair Bolsonaro? Com o primeiro, teríamos a garantia de que não haveria propinas, não se tomaria dinheiro em obras públicas . Do segundo, porque não esperar um ambiente de tolerância, de decoro, de moderação e equilíbrio, com o respeito a todos e a defesa intransigente da liberdade e da democracia?
E as ruas, que oceano de paz e tranquilidade! Quem sabe aquele camarada do Revoltados Online vire uma espécie de zelador dos bons costumes e todos possam andar calmamente, desde que não usem camisas vermelhas (coisa de comunista) ou cor de rosa (coisa de gay) e todas as mulheres tenham de tingir o cabelo de louro?
Os juízes, salvadores do Brasil, terão um reajuste nos seus vencimentos digno de sua divindade e que lhes permita, como defendeu o Presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, comprar seus ternos em Miami. Aproveitando a viagem, ainda vão auscultar ali os sentimentos vivos da Nação, entre uma sacola e outra de bugigangas nos shoppings locais.
Aproveitaremos para abolir o desfile de Sete de Setembro – aquele que Fernando Henrique Cardoso disse, na revista Piauí, ser “uma palhaçada” – e o substituímos pelo “Brazilian Day” lá mesmo nos States, com direito a dissertações de Fábio Júnior sobre onde colocar o dedo perdido de Lula…
É de fazer a gente ter dúvidas sobre se defende a democracia por convicção ou se por medo…
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