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23/10/2015
A lógica sinistra da oposição brasileira. Por Carlos Fernandes

Movido pelo seu ódio cego contra o povo palestino, tentou simplesmente modificar um dos eventos mais vergonhosos da história da humanidade, atribuindo a responsabilidade pelo genocídio de 6 milhões de judeus ao líder religioso da Autoridade Palestina à época.
Netanyahu tentou de forma infame ludibriar a todos para que seus objetivos fossem mais facilmente alcançados. Porém, diante de todos os fatos que o desmentiam e deixavam evidentes as suas segundas intenções, não houve alternativa a não ser reconhecer a verdade histórica e tentar se redimir da melhor forma possível.
O caso foi um desastre do início ao fim.
No Brasil, a oposição política liderada por Aécio Neves conseguiu, nesta mesma quarta-feira, ser pior do que Netanyahu e toda a sua falsidade ideológica. Em menos de 24 horas depois de terem admitido que diante de todas as provas que incriminam Eduardo Cunha este não possuía mais legitimidade para estar à frente da presidência da Câmara dos Deputados, voltaram atrás.
Contra tudo que poderia definir o que é decente, ético e moral afirmaram com todas as letras que Cunha possui toda a legitimidade necessária para tomar qualquer decisão.
Ou seja, fizeram exatamente o caminho oposto do realizado pelo líder israelense. Enquanto este partiu de uma mentira descarada para depois admitir a verdade que se impunha, a oposição partiu de uma verdade que se impõe para chegar a uma mentira descarada.
Idênticos mesmo apenas o semelhante desejo de incriminar injustamente uma inimiga política, a utilização de inverdades para enganar a todos, o desejo de encontrar atalhos para atender os seus anseios pessoais e a tentativa de inocentar um criminoso internacionalmente conhecido.
Se já é extremamente difícil tentar explicar as razões que norteiam os pensamentos de Benjamim Netanyahu nas suas desesperadas tentativas de condenar todo um povo que busca simplesmente a sua liberdade e independência, é praticamente impossível entender a lógica da oposição brasileira que, indiferente a todos os fatos, não desiste de tentar incriminar um governo por crimes que não cometeu.
Mais do que isso, buscam até culpá-lo pelas tentativas de reparar as injustiças seculares cometidas contra grupos étnicos e raciais brasileiros invertendo completamente a relação de causa e efeito.
Numa das maiores demonstrações de como um jornalista pode desinformar o seu público, Alexandre Garcia ultrapassou todos os limites da sanidade mental. Num esforço descomunal para desconstruir a história brasileira e o seu regime escravocrata, chegou à ridícula conclusão que o racismo no Brasil só passou a existir após a adoção das cotas raciais. Simplesmente não há como um cidadão minimamente inteligente compreender um raciocínio tão rasteiro.
Como Netanyahu, ele reconstruiu à sua maneira a história.
Talvez a única maneira para entender Garcia seja recorrer aos recentes esclarecimentos do grande filósofo contemporâneo brasileiro Wanderlei Silva, que na sua juventude já se dedicava à prática de esportes que exigiam grandes conhecimentos políticos, históricos e econômicos como o MMA.
Quando questionado sobre a verdadeira responsabilidade de uma obra inacabada pelo governo do estado de Goiás, atribuída por ele a Dilma, Wanderlei respondeu sem nem titubear: “Que se foda de quem é a obra.”
Eis a lógica da razão pura da oposição brasileira.
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