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26/06/2016
Folha elimina Aécio. Quem sobra no PSDB?
Brasil 247 - 26 de Junho de 2016 às 06:31
Citado em inúmeras delações premiadas, o senador Aécio Neves
(PSDB-MG) sofreu, neste fim de semana, o mais duro golpe de sua carreira
política, com a acusação, feita por Léo Pinheiro, da OAS, de que
cobrava propina de 3% nas obras da Cidade Administrativa, por meio de
Oswaldo Borges da Costa, seu tesoureiro informal e dono do avião
utilizado pelo parlamentar; com isso, o presidente nacional do PSDB fica
praticamente excluído da próxima disputa presidencial, abrindo espaço
para três nomes no PSDB: os governadores Geraldo Alckmin e Marconi
Perillo, assim como o chanceler José Serra; depois de quase chegar ao
poder em 2014, Aécio apostou no 'quanto pior, melhor', incentivou o
golpe parlamentar contra a presidente Dilma, mas se deu mal
247 – Em outubro de
2014, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) era dono de um imenso capital
político.
Havia conquistado 48,5% dos votos e por muito pouco não chegou
à presidência da República. Depois de tal desempenho, o melhor entre
todos os candidatos tucanos nas quatro derrotas presidenciais sofridas
pelo PSDB desde 2002, Aécio tinha tudo para se preparar com calma para
2018.
Resultado: ainda que a presidente Dilma Rousseff tenha sido provisoriamente afastada do seu cargo, graças à aliança entre Aécio e Eduardo Cunha (PMDB-RJ), poucos políticos sofreram tantos danos nos últimos anos quanto o presidente nacional do PSDB.
Aécio já foi citado por diversos réus da Lava Jato como chefe de um mensalão em Furnas, por Delcídio Amaral como responsável por maquiar dados da CPI dos Correios (o que será confirmado por Marcos Valério) e agora será citado por Léo Pinheiro, da OAS, como cobrador de uma propina de 3% nas obras da Cidade Administrativa de Minas Gerais (leia aqui).
Léo Pinheiro diz ter provas e documentos para provar como os recursos ilícitos eram pagos, por meio de Oswaldo Borges da Costa, tesoureiro informal de Aécio e dono do avião utilizado pelo parlamentar.
Alckmin, Marconi e Serra
Com isso, o presidente nacional do PSDB fica praticamente excluído da próxima disputa presidencial, abrindo espaço para três nomes no PSDB: os governadores Geraldo Alckmin, de São Paulo, e Marconi Perillo, de Goiás, assim como o chanceler José Serra. Contra Alckmin, pesa o fato de ser o político mais rejeitado pela juventude brasileira, por seu perfil extremamente conservador. Contra Serra, há a sua associação com o governo ilegítimo de Michel Temer e também o fator da idade já avançada.
Aécio seria o candidato natural do PSDB. Mas depois de quase chegar ao poder em 2014, ele apostou no quanto pior, melhor', incentivou o golpe parlamentar contra a presidente Dilma e acabou se dando mal.
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