30/06/2016
Juiz e promotores se dizem “perplexos” com decisão do STF. Acabou a hierarquia?
Na Folha, o juiz primário (primário é de primeira instância, Doutor, não queira me processar , porque não tenho com o que pagar seu auxílio-moradia) que decretou a prisão de Paulo Bernardo e os promotores de outra “força tarefa” (expressão bélica inventada na II Guerra para a conquista de um objetivo específico) se rebelam contra a decisão do STF.
E em “nota oficial”, vejam só.
Excelências, lambam os beiços de ter sido o Tóffoli o relator do Habeas Corpus.
Com outro, seria pior.
A fundamentação da prisão era primária.
Nem em escritório-modelo…
Tanto que, segundo a Folha, depois de levar a traulitada do STF , o primário Dr. Juiz Paulo Azevedo determinou soltura de outros oito presos, condicionada apenas ao comparecimento quinzenal à Justiça, proibição de contatos com demais investigados, suspensão de exercício ou cargo público, proibição de se ausentar do país e entrega de passaporte.
Firmeza é isso aí, não é?
Antigamente, nos tempos da hierarquia judiciária, quando o MP e o juiz tomavam uma negativa nos tribunais superiores, diziam que iam esclarecer.
Agora, se dizem “perplexos”.
Argumentam que Tofolli “sequer ouviu a Procuradoria Geral da República”.
Em Habeas Corpus, doutores?
Os senhores não sabem que, em mandado de segurança e em habeas corpus a oitiva da “altera parte” ou o pedido de informações é franquia, mas não obrigação do Juiz?
Mudou o Direito?
Acaso o “doutor prendedor” ouviu a defesa, antes de mandar o cidadão ser apanhado em casa pela meganhagem?
Quem sofreu dano irreparável, o cidadão que foi exibido em rede nacional ou as investigações (quais?) que se fizeram se quinta-feira para cá?
A operação bélica na sede do PT não tem consequências?
Francamente, se eu tivesse terminado o curso de direito, ia pedir para ser advogado do Paulo Bernardo e dos outros acusados dessa turma.
Nem ia ter trabalho, porque o Supremo, mesmo este aí, vai passar feito um trator – e indo e vindo, indo e vindo – sobre a acusação.
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