16/05/2013
Marina Silva morreu abraçada a Feliciano
Diário do Centro do Mundo - 15 de maio de 2013
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Paulo Nogueira
Marina Silva faleceu politicamente hoje, 15 de maio, vítima de si própria.
Morreu abraçada ao irmão evangélico Marco Feliciano.
RIP.
As três linhas acima resumem o fato político mais importante do dia.
Num erro de avaliação impressionante, Marina Silva, numa viagem ao Recife, tomou a defesa de Feliciano.
Disse que ele estava sendo atacado, em boa parte, por ser evangélico.
Vou repetir.
Disse que ele estava sendo atacado, em boa parte, por ser evangélico.
Ora.
Feliciano, desde que irrompeu do anonimato, tem repetido barbaridades homofóbicas e racistas em sucessivas e despudoradas odes à intolerância e ao fanatismo.
Quando já achávamos que ele tinha esgotado o estoque de obscurantismo agressivo, eis que aparece um vídeo no qual ele diz que Deus assassinou John Lennon porque não gostou de uma coisa que Lennon disse.
E com todo esse passivo brutal de posições que fazem mal à sociedade, Marina consegue dizer que a rejeição a Feliciano se funda mais na religião que na obra do pastor.
“Quando penso em certas coisas que disse, invejo os mudos”, escreveu Sêneca, o grande filósofo estoico da Antiguidade romana.
Eis uma frase que cabe em Marina.
Para quem num certo momento surgiu como esperança de renovação política, não poderia haver desfecho mais patético do que falecer na bizarra defesa do que existe de mais vulgar, mais mistificador e mais atrasado na política brasileira, o pastor Feliciano.
Paulo Nogueira. Jornalista baseado em
Londres, é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises
Diário do Centro do Mundo.
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Sem dúvida camarada. To doido pra ver é o relatório da autópsia. Deve ser uma mistura de tragédia grega com alto da compadecida. O que disse antes é quase uma licença poética de tão esquisito, seu assumo. Mas quem disse que essas coisas não pegam ?! Hoje em dia, só o ebola tá pior! Deus que me perdoe!!!
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