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26/07/2013
Imprensa boicota os grandes eventos no Brasil por finalidade política
Blog Palavra Livre - sexta-feira, 26 de julho de 2013
Por Davis Sena Filho
O município do Rio de Janeiro, segundo dados
do IBGE de 2010, tem quase 6,5 milhões de habitantes. Vieram à Cidade
Maravilhosa para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) cerca de dois
milhões de pessoas — dados não oficiais —, o que, sobremaneira, vai
sobrecarregar a infraestrutura da cidade, que, evidentemente, é a mais
preparada do Brasil para receber megaeventos, a exemplo do Rock in Rio, da JMJ,
da Copa de 1950, dos Jogos Panamericanos, da Copa das Confederações, do
Carnaval, dos Jogos Militares, da Rio/Eco 92, da Rio+20, das Olimpíadas, dos Réveillons, que chegam a atrair três milhões de pessoas, e de tantos outro
incontáveis eventos que os cariocas estão acostumados a ser seus anfitriões.
Eis que surge novamente a imprensa de mercado
para transformar qualquer problema de estrutura em uma tragédia ou caos,
palavra esta predileta da imprensa de negócios privados, incansável em sua
cruzada que visa, sobretudo, transformar definitivamente o Brasil em um País
incompetente, completamente atrasado e que não tem condições para receber,
administrar e coordenar grandes eventos nacionais e internacionais, o que,
também definitivamente, não é a verdade, porque a imprensa alienígena e
colonizada mente, dissimula e distorce os fatos e as realidades. A imprensa
corporativa age, sistematicamente, contra o Brasil e a emancipação do povo
brasileiro.
Não restam dúvidas que o Brasil está a
caminhar para o seu desenvolvimento e, consequentemente, avançar no que é
relativo à sua infraestrutura e ao estado de bem-estar social. São visíveis
essas questões principalmente nos últimos 11 anos, quando os políticos
trabalhistas assumiram o poder. Existem muitas coisas ainda para fazer e realizar
neste País? Certamente que sim. Contudo, sabe-se que vivemos o pleno
emprego, com a taxa de desemprego em 5% enquanto na Europa as taxas flutuam
entre 10% e 40%, sendo que os jovens são as principais vítimas da
irresponsabilidade dos governantes e da classe empresarial, que implementaram,
em termos mundiais, o neoliberalismo, pensamento econômico e ideológico de rapinagem
e pirataria, imposto ao mundo em meados da década de 1970 e com maior ênfase a
partir de 1989, com o Consenso de Washington.
No Brasil, os governos militares, por
intermédio de Eugênio Gudin, Roberto Campos, Mário Henrique Simonsen e Delfim
Netto abraçaram essa nefasta teoria econômica, que continuou a ter seguidores
nos governos de Fernando Collor
(1990/1992) e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995/2003), o FHC,
conhecido também como o Neoliberal I, dirigente que vendeu o patrimônio público
brasileiro e quebrou o Brasil três vezes, porque foi três vezes ao FMI pedir
esmolas de joelhos e com o pires nas mãos, além de se submeter aos ditames dos
interesses comerciais e geopolíticos dos Estados Unidos, ao ponto de o ministro
tucano das Relações Exteriores, Celso Lafer, certa vez tirar os sapatos no
aeroporto de Nova York, a mando de um subalterno membro da segurança local.
A questão primordial é que a imprensa
hegemônica boicota e sabota todo e qualquer evento que aconteça no Brasil,
porque o que interessa aos proprietários e porta-vozes do sistema de capital é
causar má impressão e negatividade ao País perante a comunidade internacional e
também ao público interno e dessa forma preparar o caminho para que a oposição
partidária de direita possa, efetivamente, chegar com chances de vencer o
pleito eleitoral para presidente da República em 2014. Isto é fato. Ponto. Por
isto e por causa disto qualquer problema, mesmo se for a espera por parte das
pessoas para se locomover de ônibus ou de metrô se torna, para a imprensa
golpista, um caos.(Grifos em verde negritado são do ContrapontoPIG)
Agora vamos aos fatos. O Rio de Janeiro
recebe quase dois milhões de pessoas e a imprensa comercial e privada não quer
que haja filas, não somente na área de transportes, bem como em restaurantes,
além de atendimento ao público por parte da prefeitura e do governo do estado,
no que tange a resolver problemas de toda ordem, desde os simples furtos como
também questões no que é relativo à rede hoteleira, às pensões e aos albergues.
Obviamente que problemas vão acontecer quando uma cidade, mesmo sendo o Rio de
Janeiro, torna-se anfitriã de cerca de dois milhões de pessoas.
Aliás, qualquer cidade do mundo, inclusive as
do considerado mundo desenvolvido passariam por perrengues e situações difíceis
quanto à logística e a mobilidade urbana. Por seu turno, considero que fazer
críticas é normal e justo quando o autor da crítica a faça para melhorar as
coisas. Entretanto, não é o que se vê. Percebe-se, sem sombra de dúvida, que as
críticas são açodadas e superdimensionadas, porque o propósito é desqualificar,
desmoralizar e dar uma pecha de incompetência ao poder público, ao povo
brasileiro que elege os seus representantes e principalmente ao Brasil, País
sede dos principais megaeventos do mundo nesta década, e que, evidentemente,
subiu, e muito, de patamar, no que diz respeito à sua força econômica e
importância política em termos planetários.
Além do mais, quem é a pessoa ou o cidadão,
independente de sua condição social, ideológica e partidária, que não percebe
que vivemos o recrudescimento político que chegou, por enquanto, ao seu ápice
nas manifestações de junho quando os filhos da classe média tomaram ferozmente
as ruas e protestaram, segundo eles, de forma “apolítica” e “apartidária” “contra
tudo o que está aí”, frase sub-reptícia tão repercutida pela imprensa de
direita e que significa Lula, Dilma e PT. Ponto. Só faltou aos vorazes de
classe média afirmar mesmo com as provas das filmagens das televisões que as
manifestações foram pacíficas, como quiseram fazer crer os repórteres, os
comentaristas e os colunistas da imprensa burguesa mesmo com as imagens a
mostrar o contrário. Cara de pau para essa gente é pouco. As caras deles são de
aço, e inoxidável.
Mesmo assim não há trégua. A campanha midiática conservadora que poderia e pode ser chamada de “O Brasil é uma porcaria!” não tem fim até que um governo de direita, da direita e para a direita volte a ocupar o Palácio do Planalto e, por conseguinte, dar continuidade ao seu programa de governo e projeto de país, ou seja, nenhum, pois é de conhecimento público e notório que a direita não dá nada. Ao contrário, a direita toma e se puder deixa o povo à míngua, porque os conservadores não têm compromisso com a Nação brasileira e muito menos com o seu desenvolvimento social e econômico, porque nem emprego o nobre trabalhador brasileiro tinha quanto mais poder cobrar melhorias ou querer mais, como demonstrou a classe média, que está empregada, recebe salários e consome, o que não ocorria nos governos conservadores de Fernando Collor e principalmente no governo de FHC — o Neoliberal I — vendilhão da Pátria e traidor do Brasil.
Enquanto isso, a mídia manipuladora e
imperialista continua o seu périplo edificado pelo seu indelével complexo de
vira-lata e de desprezo pelo Brasil, a superdimensionar qualquer problema, pois
portadora de fins políticos e caixa de ressonância dos interesses privados dos
grandes capitalistas, conhecidos também como tubarões. Contudo, 2014 vem aí, e
o candidato do PT vai ter de mostrar na propaganda eleitoral gratuita, no rádio
e na televisão, as ações sociais, as obras de infraestrutura, os programas e os
projetos, e rebater, duramente, acusações infundadas, muitas delas simplesmente
mentirosas. As classes média e alta querem a volta da direita ao poder.
A classe média cansou de ganhar dinheiro, de
estar empregada, de ter acesso ao consumo de bens duráveis, como carros, eletroeletrônicos e casas e apartamentos. Cansou de lotar os supermercados
a qualquer hora do dia e da noite, de viajar a hora que quiser de avião, de frequentar
como nunca frequentou os bons restaurantes e de ter o acesso facilitado aos
empréstimos consignados, bem como de viajar para o exterior e deixar na Europa
e nos Estados Unidos bilhões de dólares, o que fez, inclusive, alguns desses
países facilitarem a entrada dos brasileiros, porque o dinheiro que eles deixam
em suas terras falidas é muito importante para combater a crise que os países
desenvolvidos enfrentam desde 2008.
Todavia, milhões de brasileiros veem todos os
dias nos meios de comunicação privados e concessionários de autorização pública
para funcionar a novela sem fim cujo nome é “O Brasil é uma porcaria!”. A
imprensa não mostra o Brasil real, as conquistas sociais do povo, as obras
construídas e que estão a ser construídas, as reformas e a recuperação das
rodovias, a luta pela volta do sistema ferroviário, a recuperação da indústria
naval brasileira, a construção, as reformas e a recuperação dos portos e dos
aeroportos, a construção de universidades públicas e de escolas técnicas, a
inclusão dos filhos das famílias humildes ao estudo universitário e técnico.
Por sua vez, os programas sociais recuperaram
a autoestima dos brasileiros pobres, bem como fomentaram as economias de seus
municípios e de suas regiões, a resultar em um ciclo formidável de
desenvolvimento e de busca por melhores condições de vida, pois é exatamente
essas coisas que os trabalhistas e os socialistas querem, apesar da obtusidade
política e ideológica e do reacionarismo da classe média e de seus filhos, que
foram às ruas exigir mais, o que é correto e legítimo, mas haveremos de julgar
e reconhecer que o Brasil e os seu povo avançaram muito e conquistaram coisas
que até então nunca tinham sido experimentadas e permitidas neste País até
então edificado para poucos privilegiados e dominado economicamente e
politicamente por uma das mais perversas elites que se tem notícia no mundo. Os
ricos, a casa grande que escravizaram seres humanos por cerca de 400 anos — um
recorde mundial.
As manifestações demonstraram que o
brasileiro quer mais. Ponto. E o que já foi feito não pode ser esquecido,
relegado a um segundo plano ou negado por questões políticas e ideológicas como
o faz a imprensa dominante e que hoje enfrenta reações e questionamentos na
internet, que não deixa os meios de comunicação controlados por meia dúzia de magnatas
midiáticos — os barões da imprensa — distorçam as realidades e manipulem os
fatos em prol de seus interesses financeiros e de classe social.
Considero que faltam muitos avanços sociais
para o Brasil se tornar um País desenvolvido. Porém, reconheço que o Brasil é
outro, e se tornou terra para bem se viver. O poderoso País sul-americano é o
destino de milhares de imigrantes que aportam nessas terras historicamente
sempre abertas a todos, principalmente no Nordeste, o que torna incontestável
que o País mudou para melhor, pois o Nordeste sempre foi uma região pobre, e,
com a ascensão dos trabalhistas e dos socialistas ao poder, os nordestinos
passaram a ter mais investimentos, bem como ficaram libertos do voto de
cabresto com a extinção dos currais eleitorais, o que, irrefragavelmente,
irritou profundamente as oligarquias dos noves estados daquela região, além de mexer
com o mau humor dos barões da imprensa, aliados históricos que são dos coronéis
do Nordeste.
Contudo, a imprensa continua a insistir com a
sua insensatez, intransigência e perversidade. Continua a mentir e a difundir
boatos no que concerne, por exemplo, à Prefeitura do Rio ter investido R$ 11
milhões com o evento do Papa, que não aconteceu em Guaratiba por causa do mau
tempo e que foi transferido para Copacabana. A Cúria do Rio desmentiu os boatos
da imprensa, bem como o prefeito Eduardo Paes, no RJ TV, jornal de meio-dia da
Rede Globo de Televisão, empresa golpista, manipuladora e que distorce a
verdade porque resolveu boicotar e sabotar todos os eventos que acontecem no
Brasil, porque tais atividades têm acontecido neste País em um tempo que os
mandatários são o ex-presidente Lula, a presidenta Dilma Rousseff, e, no caso,
o prefeito Eduardo Paes, aliado dos petistas.
Além disso, Paes disse que a imprensa exagera
quando cobra rapidez e agilidade para que os peregrinos se deslocassem de
Copacabana ao fim do evento religioso. Estiveram presentes nas areias da
Princesinha do Mar 1,5 milhão de fiéis católicos. Paes disse à repórter da
Globo: “Há um exagero quererem cobrar rapidez para que os fiéis se deslocassem.
São 1,5 milhão de pessoas, e, evidentemente, terá fila e lentidão para pegar o
transporte público. Não se evacua 1,5 milhão de pessoas com facilidade. A festa
para o Papa está linda. O que estiver ruim vamos melhorar”.
Rapidamente a repórter mudou de assunto e
disse: “Vamos falar agora de coisas mais amenas...” É dose para mamute. Ninguém
aguenta uma imprensa tão reacionária e mentirosa. Por isso, volto a falar: o
Brasil tem de efetivar o marco regulatório para as mídias, conforme reza a
Constituição. Não é possível uma empresa, dentre muitas que fazem a mesma
coisa, pautar a vida brasileira, distorcer e direcionar as informações e fazer
campanha oposicionista direta, sem trégua e água, durante anos a fio ao tempo
em que os políticos e os partidos que estão no poder, a exemplo de Dilma
Rousseff, só podem apresentar seus resultados administrativos, além de poder se
defender somente na televisão aberta em tempos de horário eleitoral. É o fim da
picada esse processo draconiano e casuístico.
O Papa Francisco conhece a imprensa
sul-americana. O Pontífice é argentino. O líder católico vivenciou a ditadura
militar argentina, uma das mais violentas da história da humanidade. Francisco
sabe que o sistema midiático privado pertence a famílias politicamente
conservadoras e que foram cúmplices ativos das desumanidades colocadas em prática
por esses regimes autoritários, que dominaram o cenário político na América do
Sul. Um exemplo retumbante é o Grupo Clarín, que é as Organizações(?) Globo do
país portenho, foi useiro e vezeiro em apoiar a ditadura militar, bem como
encobrir e amenizar os crimes dos generais presidentes.
Não há como remediar as atividades e a
conduta desses empresários midiáticos, os mais atrasados politicamente e
socialmente dentre os empresários de qualquer setor de atividade econômica. Essas
pessoas lutam contra os interesses de seus povos, especificamente os do Brasil.
São golpistas em toda a sua essência e não medem consequências para terem seus
desejos e planos concretizados.
Não se brinca com essa gente e nem com os seus empregados, que trabalham diuturnamente, muitos deles a peso de ouro, para difundir, repercutir e irradiar o pensamento das elites donas dos meios de produção e os planos de seus patrões. O Papa sabe dos esqueletos guardados no guarda-roupa da imprensa de mercado. A mídia boicota os grandes eventos no Brasil por finalidade política. E os maiores eventos tem a influência de Lula. O caos é a imprensa. É isso aí.
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