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27/07/2013
por Fernando Brito
A Istoé que vai às bancas hoje traz mais uma reportagem explosiva sobre o caso de corrupção promovido pela americana Alstom e e pela alemã Siemens nos contratos com o Metrô e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, ambas controladas pelo Governo do Estado.
Leia-se, portanto, José Serra e Geraldo Alckmin.
Como a Siemens admitiu, esta semana, que a “notificou as autoridades antitruste brasileiras sobre uma formação de cartel, com participação da multinacional alemã, para fraudar licitações para a compra de equipamento ferroviário e para a construção e manutenção de linhas de trem e de metrô em São Paulo e em Brasília”, o Ministério Público teve de abrir informações sobre o caso.
E o que revela a Istoé é – não há outra palavra – é uma corrupção cavalar.
Esqueça os famosos “10%”. O bico aqui é grande, muito grande: 30%.
Os prejuízos aos cofres públicos somente nos negócios já investigados, chegam a RS 425,1 milhões. Há muitos contatos para averiguar e o céu é o limite.
No final de 2011, já com o caso em apuração, a Siemens demitiu sumariamente – e publicando que tinha havido uma séria “transgressão às normas internas da empresa” – o seu presidente no Brasil, Adílson Primo.
Não se sabe qual foi a transgressão nem se conhece a norma interna violada. O que se sabe é que a Siemens tem um belo prontuário, que inclui multas de US$ 2,6 bilhões na Alemanha e nos EUA. E que deu cadeia para funcionários de empresa.
Há um magistral relatório sobre o assunto, publicado em dezembro de 2008 pelo The New York Times que descreve a ação da multinacional, sob o expressivo título de “Na Siemens, propina é apenas um item de série”, narrando requintes de corrupção, que era até contabilizada como NA - ”nutzliche Aufwendungen”, o que significa “dinheiro útil” em alemão.
Como sempre, a repercussão no restante da mídia será zero.
Atinge seus preferidos, então não é notícia.
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