domingo, 25 de agosto de 2013

Contraponto 12.043 - "Diante da conta tucana, mídia se cala. Por quê?"

247 - Neste fim de semana, a revista Istoé publicou uma reportagem bombástica. Assinada por Claudio Dantas Sequeira e Pedro Marcondes de Moura, ela trouxe a conta secreta usada por operadores do PSDB na Suíça (leia mais aqui). Ela tem número (18.626), foi aberta no banco Safdié, que hoje se chama Leumi, e por ela transitaram R$ 64 milhões apenas entre os anos de 1998 e 2002.

Todas as informações da reportagem estão amparadas em documentos oficiais, que fazem parte da investigação do chamado propinoduto tucano, vinculado às empresas Alstom e Siemens, que forneceram equipamentos para o metrô de São Paulo e para as empresas de energia paulistas. Entre as revelações, há até a informação de que parte dos recursos já foi bloqueada por autoridades suíças, a pedido do governo brasileiro. Estavam depositados numa conta de Jorge Fagali Neto, que foi secretário do governo FHC. Seu irmão, José Jorge Fagali, presidiu o metrô no governo de José Serra.

Diante da gravidade dos fatos, seria natural que a reportagem ecoasse hoje ainda no Jornal Nacional e, um dia depois, nas edições dominicais de grandes jornais como a Folha e o Estado de S. Paulo.

No entanto, quando se trata do PSDB, há uma espécie de pacto de silêncio na mídia. Como as macaquinhos da imagem acima, ninguém viu nada, ninguém ouviu nada e, portanto, ninguém falará nada sobre o caso. É como se o escândalo, simplesmente, não existisse.
No JN, da Globo, nada sobre o caso. Nas edições dominicais dos jornais, que já circulam neste sábado, também não.

Por que será? Blindagem? Cumplicidade?

E já que perguntar não ofende, qual seria o tratamento se a conta batizada como "Marília" estivesse vinculada a outro partido político?
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Um comentário :

  1. Observem a conta que achei na rede:
    Lucyano Santhos de Oliveira Orientador socioeducativo na empresa Instituto Social Santa Lucia
    Prestem atenção!

    O Contrato fala de 5.200 assinaturas Semestrais no Valor de R$ 669.240,00.
    Eu acessei o Site da Editora Abril para conferir os preços das Assinaturas. Na pesquisa não encontrei nenhum valor de assinatura semestral, então, a conta que eu me propus realizar foi baseada no valor da assinatura anual de R$ 437,10 (Caso seja pago a vista). Na conta, eu arredondei o valor para R$ 438,00.

    Não sou muito bom em Matemática – se os meus cálculos estiverem errados, por favor, corrijam-me –, mas a minha conta ficou assim:

    5.200 (quantidade de assinaturas) X R$ 438.00 (Valor da assinatura por 1 ano) = R$ 227.760.00.

    Na conta do Geraldo Alckmin:

    5.200 (quantidade de assinaturas) X R$ 1.287.00 (Valor pago por cada assinatura por seis meses) =R$ 669.240.00.

    Você deve está se perguntando: De onde o Luciano tirou esse valor de R$ 1.287.00?

    É Simples. Se o valor total do contrato que o Estado assinou com a Editora Abril foi de R$ 669.240.00, então, cada uma das 5.200 assinaturas saiu pelo valor de R$ 1.287.00.

    Governador, se o valor de uma assinatura ANUAL sai por R$ 438.00, por qual motivo o seu Governo está pagando o valor de R$ 1.287,00 por uma assinatura SEMESTRAL ?

    O Superfaturamento, como podemos notar, não se restringe apenas as obras do Metrô e da CPTM. E Talvez, o valor desse contrato com a Editora Abril seja o principal motivo para que a revista Veja até o presente momento não tenha escrito em suas páginas uma única linha a respeito do Propinoduto Tucano – o Trensalão do PSDB – e de todas as demais roubalheiras Tucana no Estado de São Paulo.

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