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24/08/2013
A vilania de Merval Pereira e de C.A. Sardenberg
Blog Palavra Livre 24/08/2013 11:13
MERVAL E SARDENBERG: APOSTA, VINHOS E A VOCAÇÃO PARA O ESCÁRNIO. |
Por Davis Sena Filho
A
vilania está presente na humanidade. Sem sombra de dúvida. Em algumas
pessoas a perversidade é marcada em suas almas como a tatuagem marca a
pele. Se comportar como biltre em público é sinal que tal pessoa
renunciou de vez a compostura, e, por seu turno, o sentimento de pudor
deixou de ser importante para os valores e princípios do ser vivente que
substituiu a prudência pela imprudência e o respeito pelo escárnio.
Há
muito tempo os jornalistas Merval Pereira e Carlos Alberto Sardenberg
militam como políticos nos diversos meios de comunicação privados. Eles
pertencem a um sistema de imprensa de mercado que combate
sistematicamente e de forma intransigente os políticos, partidos e
governos que os seus patrões, no caso os irmãos Marinho, são
inquestionavelmente inimigos, e que, se pudessem, derrubariam, sem
titubear, os governantes trabalhistas que assumiram o poder da República
desde o ano de 2003.
Merval Pereira, juntamente com o diretor-geral
de Jornalismo e Esportes da TV Globo, Ali Kamel, abriu mão de ser um
analista ou comentarista político e passou a fazer política, com a
autorização de seus patrões, no decorrer desses 11 anos em que o
ex-presidente Lula e a presidenta Dilma Rousseff administram o Brasil e
paulatinamente tentam modificar o panorama de miséria material e
violência social que aflige há séculos parcela enorme da população
brasileira.
Com
canais abertos com juízes do STF, Merval Pereira se tornou portador de
recados de alguns magistrados, aposentados ou não, que lhe passam
informações de coxia e, por intermédio delas, cobra, sem ter autoridade e
conhecimento para isso, a prisão de pessoas que ele chama,
propositalmente, de mensaleiros, a fim de desqualifica-los perante a
sociedade e, consequentemente, tentar fazer com o público acredite
piamente em sua opinião publicada ou irradiada pela CBN e Globo News.
Merval
deve se considerar o 12º juiz do Supremo Tribunal Federal. Com trânsito
junto a juízes e ex-juízes conservadores, a exemplo de Gilmar Mendes,
Cézar Peluso, Ayres Britto, Luiz Fux, Ellen Grace, Joaquim Barbosa e
Marco Aurélio, o colunista de O Globo deita e rola e manda recados e,
irresponsavelmente, cobra prisões dos políticos do PT, bem como comemora
o possível cárcere daqueles que ele e seus patrões consideram como
inimigos políticos, a serem derrotados, humilhados e presos, se possível
em Guantánamo, com as cabeças encapuzadas e os punhos e os tornozelos
algemados com grossas correntes.
Este
é o Merval Pereira, aquele que faz aposta ao vivo com o jornalista
ultradireitista da CBN, Carlos Alberto Sardenberg. Os dois, como
estivessem a fazer uma comédia pastelão, divertiram-se com a tragédia
alheia, com a dor de quem se defende de punições que certamente vão lhes
levar à cadeia. Políticos históricos, que há 40 anos enfrentam uma das
piores e mais cruéis elites econômicas e políticas do planeta.
A
burguesia violenta, privatista e individualista, rentista e consumista,
de passado escravocrata e que sempre foi cúmplice, sabotadora e
criminosamente golpista, a exemplo de 1932, 1938, 1945, 1955, 1964 e
2005, judicializou a política e criminalizou o PT, partido forjado nas
lutas populares, de essência socialista e trabalhista e que mudou as
condições de vida do povo brasileira para muito melhor e em apenas dez
anos, como demonstram, irrefutavelmente, os números e índices
governamentais e acadêmicos.
Por
isto e por causa disto, surgem figuras moralmente dantescas e
politicamente andrajosas, como, por exemplo, o Carlos Alberto
Sardenberg, porta-voz dos interesses de banqueiros nas Organizações(?)
Globo e irmão de Rubens Sardenberg, economista-chefe da Federação
Brasileira de Bancos (Febraban), instituição que tem grande interesse na
manutenção de juros altos no Brasil e que atualmente, por intermédio do
Itaú-Unibanco, tenta vencer uma queda de braço com o Governo
trabalhista de Dilma Rousseff, que já deixou claro aos banqueiros que
elevar ou baixar os juros é uma política de estado e não, como acontecia
no passado, uma ação meramente monetária e financeira para atender aos
interesses de uma classe banqueira apátrida, alienígena e que não tem
nenhum compromisso com o desenvolvimento social de qualquer povo ou
país.
O
jornalista neoliberal e adversário das políticas públicas
desenvolvimentistas na verdade critica a estabilidade do poder de compra
do real e, por conseguinte, dos cidadãos e consumidores brasileiros,
porque não quer um sistema financeiro sólido e eficiente e que rejeita
há 11 anos a jogatina do mercado bancário e financeiro que levou o
Brasil e todos os países da América Latina à insolvência e à total
dependência de recursos financeiros oriundos de bancos internacionais e
cobrados com juros escorchantes.
Sardenberg
é irmão de banqueiro. Como tal, sua relação familiar denota um conflito
de interesse em sua posição como jornalista de economia, o que é
comprovado através de suas intervenções como comentarista e colunista
que, recorrentemente, pede (quase exige) a elevação dos juros, além de
defender o que é indefensável, justificar o que é injustificável, que é
apregoar a efetivação do estado mínimo, a regulação do mercado pelo
mercado sem a intenção quando necessária do Governo, e cortar os
investimentos sociais e estruturais.
Esta
é a cabeça de Sardenberg e do partido que ele e o Merval Pereira
apoiam, o PSDB, agremiação conservadora que vendeu o patrimônio público
do Brasil e mesmo assim teve de ir pedir esmolas ao FMI três vezes, de
joelhos e com o pires nas mãos. O Sardenberg e o Merval que defendem,
diuturnamente, um Brasil atrelado e subserviente aos interesses dos
Estados Unidos, pois colonizados e portadores lamentavelmente orgulhosos
de um inenarrável, pois inacreditável complexo de vira-lata.
Pouco
antes de a crise mundial explodir em 2008 e derreter as economias dos
países que esses jornalistas colonizados tanto admiram como macacos de
auditório, um deles, que é o Sardenberg, disse: “A economia mundial
segue em marcha de sólido crescimento. Sólido porque não é nenhuma bolha
financeira”. Meses depois veio o tsunami que levou à bancarrota as
economias “sólidas” de Sardenberg e fez com que cidadãos e empresários
de inúmeras nacionalidades se suicidassem. É mole ou quer mais?
Esse
é o jornalismo de esgoto elaborado e calculado por jornalistas como
Carlos Alberto Sardenberg e Merval Pereira, este o 12º juiz do STF e
que, debochadamente, apostou, em viva voz na CBN, quando seriam presos
os “mensaleiros” e quantos irão para a cadeia. A conversa entre ambos é
de uma desfaçatez que deixaria a pessoa mais insensata ou sem noção
negativamente admirada com tanta leviandade e infâmia a serem irradiadas
de uma só vez. Isto acontece porque eles não fazem jornalismo e, sim,
política.
Os
dois sequazes dos políticos petistas julgados e condenados pelo
“mensalão”, que é o mentirão, pois o tempo vai cuidar de dar
transparência à verdade desse julgamento tendencioso e seletivo,
comportaram-se como torcedores em estádio e mais uma vez, de maneira
arrogante e pérfida, apostaram jantar e vinhos e ainda consideraram
realizar uma enquete para que os ouvintes da CBN escolhessem a marca do
vinho a ser paga pelo perdedor da aposta.
A
dupla dinâmica do mau jornalismo trata a vida de pessoas que estão a se
defender politicamente com uma insanidade que deixaria um cidadão com
problemas psicológicos graves estupefato e realmente surpreso com tanta
mediocridade de jornalistas que são considerados importantes pelo
establishment, mas que na verdade são dois capatazes a serviço do
sistema de capitais, dos seus patrões e de tudo aquilo que não condiz
com o jornalismo, que é buscar a verdade, defender a sociedade e lutar
pelos que podem menos.
Merval Pereira e Carlos Alberto Sardenberg são as
antíteses do que é ser razoável, prudente e ajuizado. O dom do escárnio
e da vilania. É isso aí.
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[[[Muito esclarecedor e elucidante o que o Sr. escreve, não deixe nunca com sua mão escrevendo ser luz, sendo instrumento de DEUS, o senhor não está sozinho nesta luta, agradeço e louvo ao nosso Senhor pelo Dom da sua vida.
ResponderExcluirQue Deus o abençoe e ilumine esta sua caminhada, porque Deus é Amor e sua graça não faltará, para o povo sofrido e que labuta diariamente para sobreviver! Benedito de Melo
Souza, filho do pedreiro José de Melo Souza...
Realmente há um Carlos Alberto Sardenberg que é um economista neoliberal que acredita nas forças do mercado para resolver tudo e esquece que o 'deus-mercado'é o ídolo dos poderosos, dos ricos, dos financistas gananciosos que com sua 'maestria' enganosa, tendo por trás um Salomon Brosthers e seus indicadores econômicos criaram a crise de 2008... São os novos 'robbers barons' que se refestelam no capital e o resto do mundo que se dane... Merval Pereira, por sua vez, fala do mensalão do PT, mas jamais vi um comentário seu sobre os mensalões anteriores do DEM e do PSDB... Eles sempre criticam o governo e esquecem que governo também são o Legislativo e Judiciário e nunca li nada deles sobre a gastança que estes poderes fazem de nossos impostos... Endosso, o que meu mano falou.. Manoel
ExcluirSr Benedito: seu elogio vai para o grande Jornalista Davis Sena Filho., autor do texto comentado. Abs Célvio
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