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22/08/2013
Edital da Carta Maior
Carta Maior;5ª feira,22/08/2013
*Conselho
Federal de Medicina considera que vinda de cubanos "coloca em risco a
saúde de brasileiros". Estariam mais seguros abandonados pelo elitismo
corporativo?
CHEGAM OS MÉDICOS CUBANOS
A decisão reflete um
novo momento do programa ‘Mais Médicos' que, progressivamente, furou o
duplo bloqueio da má vontade conservadora e do elitismo corporativista.
Lançada em oito de julho, a iniciativa ataca fatores emergenciais e
estruturais que multiplicam áreas desassistidas no país.
O Brasil tem
apenas 1,8 médico por mil habitante; a Argentina tem três. O governo
quer elevar o índice brasileiro para 2,5 por mil. Precisará de mais
168.424 médicos. As escolas brasileiras formam cerca de 18 mil médicos
por ano. Mais de 3.500 municípios aderiram ao programa. O ministro
Padilha pretende acudir a emergência com a vinda imediata de
profissionais estrangeiros; e corrigir o déficit estrutural incorporando
as escolas de medicina à política da saúde pública brasileira.
A
clínica-geral será incentivada e a residência médica estará vinculada à
prestação de serviço remunerado no SUS. O acordo com Cuba, bombardeado
originalmente,
foi revalidado pelo próprio boicote corporativista, que
tornou explícita a indiferença das elites em relação aos segmentos mais
vulneráveis da população. Foi obra da paciente argúcia política do
governo. Hoje, mais de 54% dos brasileiros declaram-se favoráveis à
vinda de estrangeiros para socorrer as regiões distantes e periferias
conflagradas.
Mais que uma vitória isolada, o Mais Médicos descortina
uma nova família de políticas públicas, que convoca a universidade a se
incorporar ao passo seguinte do desenvolvimento brasileiro.(Leia mais: 1 , 2, 3, 4 e 5 )
Carta Maior;5ª feira,22/08/2013
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