domingo, 15 de dezembro de 2013

Contraponto 12.915 - "Michelle Bachelet vence as eleições e volta à presidência do Chile"

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15/12/2013 


 Michelle Bachelet vence as eleições e volta à presidência do Chile

Do G1 -  15/12/2013 20h09 - Atualizado em 15/12/2013 22h04
 

Ex-presidente teve pouco mais de 62% dos votos no segundo turno.


Bachelet derrotou candidata governista com maior votação desde 1989.

 
Do G1, em São Paulo

Michelle Bachelet venceu as eleições presidenciais do Chile neste domingo (15) e voltará à presidência do país no ano que vem. Bachelet teve 62,2% dos votos, a maior votação de um candidato à presidência desde que o país retornou às eleições democráticas, em 1989.

Com a vitória, Bachelet se torna a primeira presidente a ser eleita pela segunda vez em mais de 60 anos no país, isso depois de ser a primeira mulher presidente, entre 2006 e 2010. As eleições tiveram cerca de 5,6 milhões de votos, com menos de 50% dos eleitores comparacendo às urnas, segundo o serviço eleitoral chileno.


Apoiadora de Bachelet segura cartaz parabenizando pela vitória no segundo turno das eleições. (Foto: Martin Bernetti/AFP) 

Apoiadora de Bachelet segura cartaz parabenizando pela vitória no segundo turno das eleições. (Foto: Martin Bernetti/AFP)

Em conversa telefônica com o presidente do país, Sebastián Piñera, Bachelet disse que, a partir de março, será a "presidente de todos os chilenos". "Obrigada por fazerem com que essa cidadã igual a vocês seja hoje presidente", afirmou em discurso público após a eleição.

A candidata governista Evelyn Matthei, que ficou com 37,8% dos votos, reconheceu a derrota com cerca de 70% das urnas apuradas, segundo a imprensa local. "Está claro, ela ganhou e a parabenizo", disse Evelyn, que em seguida visitou Bachelet para parabenizá-la.

A candidata governista Evelyn Matthei reconhece a vitória de Bachelet à presidência do Chile. (Foto: Hector Retamal/AFP) 
A candidata governista Evelyn Matthei reconhece a
vitória de Bachelet à presidência do Chile.
(Foto: Hector Retamal/AFP)

A eleição de Bachelet, de 62 anos, marca o retorno da esquerda à presidência do Chile, após quatro anos de governo de centro-direita de Sebastián Piñera, aliado de Matthei. A líder socialista encontra um país diferente do que assumiu em 2006, à frente da Concertação, coalizão de esquerda que governou o Chile por duas décadas.

As eleições presidenciais do Chile foram encerradas às 18h locais (19h em Brasília), com os centros de votação fechados e os votos começando a ser contabilizados. No primeiro turno, Bachelet, candidata da coligação de oposição da Nova Maioria, teve 46,7% dos votos, e a direitista Evelyn Matthei alcançou aquela vez o 25,01% dos sufrágios.

Baixa adesão

O segundo turno das eleições presidenciais do Chile foi marcado por baixa adesão -- a ponto de os mesários serem fotografados descansando -- e por incidentes como falta de cédulas em uma mesa de votação e a chamada de atenção ao atual presidente do país por ter fechado mal seu voto.

Mesários leem jornal enquanto esperam por eleitores no 2º turno das eleições do Chile, considerado com baixa adesão. (Foto: Eliseo Fernandez/Reuters) 

Mesários leem jornal enquanto esperam por eleitores no 2º turno das eleições do Chile, considerado com baixa adesão. (Foto: Eliseo Fernandez/Reuters)

Segundo a imprensa local, a baixa adesão dos chilenos à votação rendeu imagens de mesários descansando e dormindo durante a votação, entendiados pelo baixo movimento de eleitores.

Sites de notícias e redes sociais chilenos mostram fotos de mesários dormindo no 2º turno das eleições. (Foto: Reprodução/La Tercera) 

Sites de notícias e redes sociais chilenos
mostram fotos de mesários dormindo no
2º turno das eleições. (Foto: Reprodução/La Tercera)


Além dos que descansaram nas mesas, houve um grupo que decidiu fechar o local de votação na hora de almoço. Na cidade de Puerto Montt, cerca de mil quilômetros ao sul de Santiago, uma mesa foi fechada por uma hora para o almoço, de acordo com a agência EFE, o que é proibido pela lesgislação eleitoral.

Na Ilha Robinson Crusoé, do arquipélago Juan Fernández, no Pacífico, os mesários não encontraram as cédulas, disse a impresa local. No momento de abrir a caixa para instalar a mesa se deram conta que não chegou o essencial para a realização do processo eleitoral: as cédulas.

Por conta disso, dois eleitores tiveram de voltar para casa por não haver votos disponíveis, de acordo com a EFE. As 350 cédulas que nunca chegaram à ilha foram repostas por cédulas emprestadas de outra ilha.

Despois de votar, o presidente Sebastián Piñera teve de voltar à cabine, a pedido dos mesários, para dobrar e fechar corretamente sua cédula. Segundo a agência EFE, depois, o governante saiu sem levar a própria cédula de identidade, o que provocou vários comentários nas redes sociais.
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