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17/09/2014
Marina reverterá modelo de partilha e acabará com conteúdo nacional no pré-sal
O jornal não deu como manchete principal de capa, mas fez uma chamada na 1ª e publicou meia página internamente sobre uma revelação bombástica da campanha da candidata do PSB ao Planalto, Marina Silva. O coordenador nacional de seu comitê central e da campanha, Valter Feldman anunciou e detalhou a decisão de Marina de reverter o modelo de partilha do pré-sal acabando com o conteúdo nacional e com a participação obrigatória da Petrobras em todas áreas em exploração e a serem exploradas na camada marítima.
Ela repudia, é contra a política de conteúdo ideológico “doutrinário” na área, segundo Feldman. Representantes de Marina estiveram com executivos da área de petróleo semana passada e estes, segundo o coordenador nacional da campanha, se queixaram da política de conteúdo nacional – a lei exige que 60% dos equipamentos e componentes para a área sejam feitos no Brasil.
“Interessa muito o desenvolvimento brasileiro, mas não pode ser de caráter doutrinário, imaginando que nós temos a capacidade de responder a tudo”, afirmou Feldman em encontro com empresários ontem, ao justificar a decisão de Marina de, caso eleita, reverter o modelo de partilha do pré-sal, ainda que ela mantenha a disposição de investir até 2020 R$ 1 trilhão na área.
Vão entregar o pré-sal para o capital privado internacional
Pronto, está oficializado então: num governo Marina, caso ela se eleja, querem entregar a riqueza do pré sal e a renda excedente do petróleo para o capital privado internacional colocando em risco os programas de Educação e Saúde. Já que, pelo modelo aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta Dilma Rousseff, 75% da renda do pré-sal vão para a Educação e 25% para a Saúde.
Mas, não colocam em risco só isso não. Colocam sob altos riscos, também, o avanço tecnológico nacional, a indústria naval e de equipamentos e toda cadeia de fornecedores e prestadores de serviços nacionais que a Petrobras contrata. Infelizmente temos aí a prova dos nove do que o PT e a presidenta Dilma tanto tem denunciado: para Marina e para um eventual governo seu, o pré-sal é a última das últimas riquezas nacionais a serem consideradas e eles vão entregar de mão beijada o petróleo da camada às multinacionais.
Quem sabe entregarão às sobreviventes dentre as famosas “7 irmãs”, as maiores multinacionais do petróleo que, com o mesmo nome ou com 0 nome mudado dominaram e dominam o mercado há décadas. A reportagem da Folha até lembra que três delas, a Shell, a British Petroleum e a Statoil já têm investimentos no Brasil.
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