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03/12/2014
Avenida Paulista no Congresso: a arruaça de quem não aceita a derrota
Tijolaço - 3 de dezembro de 2014 | 07:56 Autor: Fernando Brito
A direita brasileira é cada vez mais curiosa (e perigosa).
Fernando Brito
Jura, pela boca de Lobão (já é uma comédia que este seja seu maior porta-voz) que não quer atentar contra a democracia.
E, todo dia, pela boca de Aécio Neves e, agora, pela de Fernando Henrique Cardoso, nega o resultado das eleições, porque dizer que “perdeu para uma organização criminosa” é dizer que as eleições não foram legítimas.
Agora, diz que a mudança no Orçamento, frente à crise econômica, não pode ser aceita, embora ela não vá senão fazer um ajuste contábil e não a autorização para novas despesas.
Há um ano atrás, seu “país-modelo”, os EUA, autorizaram, depois de um longo impasse, o Governo a elevar o teto da dívida pública nacional. Ou seja, emitir títulos além do planejado para pegar dinheiro no mercado e pagar dívidas e despesas.
Não era contábil, era dinheiro real, crédito novo. E ninguém, exceto a extrema-direita, chamou Barack Obama de criminoso, como fazem aqui os tucanos.
A demora da aprovação, lá, representou a suspensão do pagamento e das atividades de 800 mil funcionários públicos.
Aqui, os nossos americanófilos chamam de chantagem o governo avisar que pode atrasar pagamentos de empreiteiras, imagine o que fariam com 800 mil funcionários parados e hospitais, polícia, previdência e tudo o mais parados?
E Aécio Neves em pessoa comanda a bagunça de “lobetes”, recrutados pelos deputados Paulinho da Força, Jair Bolsonaro (PP-RJ), Ronaldo Caiado e Fernando Francischini (SD-PR), este um ex-tucano, delegado da Polícia Federal do Paraná e a quem se imputa o cargos de “coordenador do vazamento seletivo” da Operação Lava-Jato. E outros, como o deputado tucano de Bras[ilia, à frente de sua dúzia de “população”.
Uma beleza!
Sob os patrocínio da mídia brasileira a eleição presidencial está sendo jogada no lixo e perigosamente criado um caos político num país onde as instituições funcionam em liberdade.
Quem quer acabar com eleição e a liberdades institucionais, quer acabar com a democracia.
Ainda que diga que não quer a ditadura.
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