A
auditoria, coordenada por Marco Spinelli, que foi "xerife" da prefeitura
de São Paulo, deve apontar um estado extremamente endividado, com baixa
capacidade de investimento e com operações questionáveis.
Dias atrás,
por exemplo, foi revelada a compra de mais de 2 mil tablets, que não
foram entregues aos professores e hoje mofam num depósito (leia mais
aqui).
Além disso,
foram constatados desvios de verbas públicas, repasses ilegais a
municípios aliados e obras paralisadas por má gestão.
Uma prévia desse balanço foi publicada pela jornalista Denise Motta, do jornal O Tempo. Leia abaixo:
Pimentel revela hoje dados de auditoria nas contas de MG
Relatórios serão levados ao MPMG e ao TCE para possível identificação de atos improbidade administrativa
DENISE MOTTA, do jornal
O Tempo
O governador
Fernando Pimentel (PT) divulga hoje, ao completar 101 dias de governo, o
prometido diagnóstico sobre a situação encontrada no Estado desde que
assumiu, em 1º de janeiro. A auditoria nos dados econômicos e sociais de
Minas promete revelar os resultados do levantamento promovido pela
Controladoria Geral do Estado em contratos e aditivos de grandes obras,
ao longo dos 12 anos de gestão tucana.
A assessoria de
imprensa do governador informou que Pimentel irá conceder entrevista
coletiva à imprensa, mas não detalhou o teor do pronunciamento.
Segundo fontes
ouvidas pela reportagem, os números que começarão a vir à tona “irão
desconstruir a imagem de boa gestão” deixada pelo principal adversário
político da presidente Dilma Rousseff e do PT, o tucano Aécio Neves,
assim como de seus sucessores, o atual senador Antonio Anastasia (PSDB) e
o ex-governador Alberto Pinto Coelho (PP). “As informações irão
estarrecer muitos. Isso eu garanto”, disse ontem, por telefone, o líder
de governo na Assembleia, deputado estadual Durval Ângelo (PT). Segundo
ele, todas as secretarias de Estado apresentarão seus diagnósticos
específicos ao longo da semana.
À medida em que
forem revelados, os documentos serão encaminhados ao Ministério Público
de Minas Gerais (MPMG) e ao Tribunal de Contas (TCE) para possível
identificação de atos de improbidade administrativa cometidos por
agentes públicos como ex-secretários, desde 2003. “Identificamos
repasses sem assinaturas de contratos e contratos assinados, mas sem
repasse. Isso é ilegal”, acusa o deputado.
Sob a coordenação
do controlador André Spinelli, foram auditados contratos de obras. Outra
frente dos questionamentos que serão levados aos órgãos de controle
envolve a atuação de Organizações Não Governamentais (ONGs) em supostos
negócios facilitados para beneficiar aliados do governo, como deputados
federais. Durval Ângelo cita também 3.000 obras que teriam sido
paralisadas sem justificativa, e supostos desvios de verba no programa
de pavimentação rodoviária ProMunicípios, que teve recursos de R$ 2
bilhões.
Procurado ontem
para comentar o anúncio da auditoria, o tucano João Leite, deputado
estadual desde 1995, disse que lamenta que a gestão petista esteja
vivendo do passado. Segundo ele, todas as contas das gestões passadas
foram aprovadas pelo TCE. “O governo está numa moratória, não paga
ninguém. Vemos o governo deles totalmente corrupto em nível federal e
abandonando aqui em Minas, na saúde, educação e segurança. Olham para
trás e se esquecem de governar”.
A reportagem não
conseguiu falar com o presidente do PSDB em Minas, deputado federal
Marcus Pestana. Recentemente, ele disse que o grupo de Pimentel repetirá
“factoides” para tentar desviar o foco das dificuldades que enfrenta.
“Estão fazendo tudo para criar um imagem de herança maldita para atingir
o Aécio”.
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PITACO DO ContrapontoPIG
Aécim vai soltar fumaça branca pelo nariz...
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