segunda-feira, 13 de julho de 2015

Contraponto 17.203 - "Altamiro Borges: Agora que a greve acabou, mídia revela mentira de Alckmin sobre o aumento dos professores paulistas"

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13/07/2015


Altamiro Borges: Agora que a greve acabou, mídia revela mentira de Alckmin sobre o aumento dos professores paulistas


Do Viomundo - publicado em 12 de julho de 2015 às 13:24

greve dos professores estaduais de são paulo



Alckmin mentiu sobre salário de professor

Por Altamiro Borges, em seu blog

Durante a mais longa greve da história dos professores da rede estadual de São Paulo, que durou 89 dias, o governador Geraldo Alckmin contou com a cumplicidade da mídia chapa-branca para difundir mentiras sobre as reivindicações da categoria. Nos jornalões, revistonas e emissoras de rádio e tevê, o tucano alardeou que os docentes não tinham motivos para paralisar as aulas, já que teriam recebido 45% de aumento real dos salários nos últimos quatro anos.

Para o governador e seus “calunistas” de plantão, a greve teria motivações políticas e seria irresponsável. Agora, porém, a própria Folha – que sempre blindou o generoso governador – informa que o reajuste da categoria foi de apenas 12,3%.

Segundo matéria de Fábio Takahashi, “o governador Geraldo Alckmin (PSDB) inflou os dados sobre salários dos professores da rede estadual paulista em meio à maior greve da categoria. O tucano dizia que a paralisação não fazia sentido, pois, segundo ele, os professores tinham recebido um reajuste de 45% ao longo do seu mandato anterior (2011-2014).

Na realidade, os professores da ativa da rede estadual tiveram 12,3% de aumento no valor que recebem mensalmente, descontada inflação… Esse ganho real cai para 5,3% se considerada também a inflação dos cinco primeiros meses deste ano”. A Folha informa que só agora obteve os dados verdadeiros, com base na Lei de Acesso à Informação.

“A reportagem cobrava a Secretaria de Educação desde abril. O prazo para resposta chegou a vencer, e as informações foram encaminhadas só após o fim da paralisação”. Apesar da falta de transparência do PSDB, a Folha e os demais veículos — mantidos com generosos anúncios publicitários do Palácio dos Bandeirantes — fizeram de tudo para blindar o famoso “picolé de chuchu” e para desgastar a greve da categoria.

Editoriais e “reporcagens” atacaram os professores e mentiram sobre a paralisação. Só agora a Folha admite que “o sindicato [Apeoesp] dizia que os 45% não eram reais”. Na prática, a mídia tucana fez o trabalho sujo do truculento governador tucano e agora tenta limpar a sua imagem.

Esta autocrítica parcial também reflete uma decisão contrária ao governo paulista tomada no início de julho pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente do órgão, ministro Ricardo Lewandowski, concedeu liminar, a pedido da Apeoesp, determinando que o governador Geraldo Alckmin pague os dias descontados dos salários dos professores na greve mais longa da categoria.

O STF considerou a postura do ditador tucano, que descontou quase um mês e meio dos dias parados, um atentado ao direito de greve dos servidores públicos. A decisão do Supremo, porém, não teve qualquer destaque na mídia tucana. Ela mentiu durante a paralisação e segue mentido contra a luta dos trabalhadores!

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