02/09/2015
Sem quórum, comissão sobre projeto de Serra para o pré-sal é encerrada
Jornal GGN - qua, 02/09/2015 - 08:21
Enviado por Webster Franklin
Da Rede Brasil Atual
Presidente da comissão classifica
situação de 'constrangedora'. Proposta é considerada retrógrada e
senadores avaliam que deverá ser rejeitada
por Eunice Pinheiro
A decisão sobre quando será votado o PLS
131/2015, que retira da Petrobras a participação mínima de 30% na
exploração do petróleo e gás da camada do pré-sal, está agora nas mãos
do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A comissão especial
criada para discutir o projeto de autoria do senador José Serra
(PSDB-SP) foi extinta, na semana passada, porque não conseguiu reunir os
senadores para debater a matéria. Visivelmente irritado, o senador Otto
Alencar (PSB-BA), presidente da comissão, reclamou do quórum esvaziado.
"É constrangedor", resumiu. Agora, o projeto será votado no plenário,
assim que Calheiros marcar a data.
"Desde o início, esta comissão se
mostrava desarticulada e desorganizada. Nem mesmo o senador Serra, autor
da proposta, aparecia nas reuniões. No dia em que o presidente
dissolveu a comissão, Serra chegou atrasado, perdido, perguntando o que
tinha acontecido", contou o coordenador da Federação Única dos
Petroleiros, José Maria Rangel. Para ele, os próximos dias serão
cruciais para a formação da estratégia de atuação dos trabalhadores, que
estão fazendo um corpo a corpo com os senadores para que rejeitem a
proposta de Serra.
No meio de tantas idas e vindas do
PLS131/2015, que já esteve prestes a ser votado no plenário do Senado,
"esvaziar a Comissão Especial foi a estratégia encontrada pelos
senadores que querem a rejeição do projeto", segundo o senador Roberto
Requião (PMDB-PR). "A Comissão já foi criada de forma errada. O
presidente Renan não poderia indicar o presidente, nós que teríamos de
escolhê-lo pelo voto. Depois, impuseram o relator. Estava tudo errado",
explica Requião, que chegou a entrar com uma ação no Supremo Tribunal
Federal para cancelar a comissão.
O senador acredita que o projeto pode
ser derrubado no plenário. "Querem voltar com a política do FHC. Não vão
conseguir isso", afirmou, referindo-se à tentativa do ex-presidente de
privatizar a estatal brasileira do petróleo.
Requião, porém, crê que o projeto não
entrará na pauta de votações imediatamente. Ainda segundo o senador,
Renan Calheiros teria se comprometido a segurar a proposta, ou seja,
colocar o projeto na "gaveta do esquecimento". Até quando, é
imprevisível.
Se for à votação, o senador Randolfe
Rodrigues (PSOL-AP) também duvida que ele seja aprovado. Para ele, o
projeto é inadequado e significa um retrocesso às conquistas que o país
já fez. " É um projeto contrário aos interesses do Brasil. É tão danoso,
que é impossível melhorá-lo. Tem de ser derrubado", afirmou.
Para o coordenador da FUP, o momento é
de manter a atenção sobre os movimentos do autor da proposta, senador
José Serra. Rangel não acredita que a extinção da Comissão Especial
tenha sido uma estratégia, mas um reflexo da fragilidade da proposta.
Mesmo assim, vai continuar com o movimento de pressão sobre o
Parlamento.
O Palácio do Planalto também monitora o
caminho que o PLS 131/2015 trilhará a partir de agora.
Sem o status de
urgência, ele não terá mais prioridade na pauta de votação e dependerá
da decisão do presidente Renan em incluí-lo na agenda. Na reunião com os
movimentos sociais, em agosto, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que
trabalharia para manter a Lei do Pré-sal, o que significa enterrar de
vez a proposta de Serra.
________________________________
PITACO DO ContrapontoPIG
Impressionante a ideia fixa do Serra para entregar o pré-sal.
Este pulha entreguista e vendilhão não pensa e não faz outra coisa.
________________________________
.
Nenhum comentário :
Postar um comentário
Veja aqui o que não aparece no PIG - Partido da Imprensa Golpista