07/09/2015
Dilma: Brasil ‘está de braços abertos’ para receber refugiados
Presidenta reafirma disposição em receber migrantes e refugiados. Sobre crise econômica, diz que "ninguém que seja honesto pode negar que vem de fora" e exige remédios "amargos mas indispensáveis"
Rede Brasil Atual - 07/09/2015 13:47
Recado: país deve ser firme na defesa da democracia e do voto como método de eleger governantes e representantes
por Mariana Branco, da Agência Brasil publicado 07/09/2015 13:47
Brasília – A presidenta Dilma
Rousseff disse hoje (7), em mensagem gravada para as redes sociais, que,
mesmo vivendo momento de dificuldades, o Brasil está “de braços
abertos” para receber refugiados. A presidenta mencionou o garoto sírio
Aylan Kurdi, 3 anos, que se afogou após tentar fazer a travessia por mar
para a Turquia com a família. Segundo Dilma, a imagem do menino morto
em uma praia “comoveu a todos e deixou um desafio para o mundo”.
“Mesmo em momentos de dificuldade, de crise como
estamos passando, teremos nossos braços abertos para acolher os
refugiados. Aproveito para reiterar a disposição do governo para receber
os que, expulsos de suas pátrias, para aqui queiram vir viver,
trabalhar e contribuir para a prosperidade e a paz do Brasil”, declarou a
presidenta em mensagem liberada pelo Palácio do Planalto, logo após o
desfile de 7 de Setembro. Dilma disse ainda que o Brasil foi formado por
povos de diversas origens.
A presidenta voltou a dizer que o país irá superar a
crise interna que atravessa. “Sei que é minha responsabilidade
apresentar caminhos e soluções para fazer a travessia que deve ser
feita”, declarou.
Para Dilma, as dificuldades e os desafios econômicos
“resultam de um longo período em que o governo entendeu que deveria
gastar o que fosse preciso para garantir o emprego e a renda do
trabalhador, a continuidade dos investimentos e dos programas sociais”.
A presidenta disse que os problemas também devem ser
atribuídos à crise econômica externa.
“Nossos problemas também vieram lá
de fora e ninguém que seja honesto pode negar isso. Está visível que a
situação em muitas partes do mundo voltou a se agravar”, afirmou. Dilma
disse que “países importantes, parceiros do Brasil, tiveram seu
crescimento reduzido”. Segundo a presidenta, alguns remédios para a
situação atual podem ser “amargos”, mas são “indispensáveis”. “As
medidas que estamos tomando são necessárias para pôr a casa em ordem e
reduzir a inflação, por exemplo", declarou.
Dilma Rousseff disse que se houve erros, o que,
segundo ela, “é possível”, é necessário superá-los e seguir em frente.
Ela pediu união e superação das diferenças pelo bem do país. “Devemos,
nessa hora, estar acima das diferenças menores, colocando em segundo
plano os interesses individuais ou partidários”, declarou.
Ela disse ainda que nenhuma dificuldade a fará abrir
mão da “alma e do caráter” de seu governo, que é a criação de
oportunidades iguais para a população.
Dilma defendeu seus governos e os do ex-presidente
Lula. “Fomos capazes de tirar milhões de pessoas da pobreza e elevar
outros milhões aos padrões de consumo da classe média”, afirmou a
presidenta. Ela disse também que o país precisa voltar a crescer para
garantir educação de qualidade, mas que o Brasil tem experiências
bem-sucedidas. “Acabamos de ganhar o primeiro lugar na Olimpíada Mundial
de Conhecimento Técnico, com a participação de mais de 59 países”.
Dilma encerrou a mensagem fazendo referência ao 7 de
Setembro que, segundo ela, é a data em que o Brasil honra seus heróis.
De acordo com a presidenta, o país deve ser firme “na defesa da maior
conquista alcançada e pela qual devemos zelar permanentemente: a
democracia e a adoção do voto popular como método único de eleger nossos
governantes e representantes”.
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