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08/09/2015
O que está por trás da paixão dos jornais pelos bonecos de Lula e Dilma. Por Paulo Nogueira
por : Paulo Nogueira
E a Folha, em editorial, faz uma declaração de amor aos bonecos produzidos pela ultradireita.
Eles simbolizam, segundo a Folha, a “crescente ojeriza” dos brasileiros pelo PT.
Quer dizer: Dilma teve há seis meses 54 milhões de votos e se reelegeu para mais um mandato, o quarto consecutivo do PT.
Mas, segundo a Folha — que lutou tenazmente por Aécio ao lado dos demais jornais, rádios, tevês etc – o PT sofre de ojeriza aguda.
É uma maneira peculiar de ver as coisas.
Talvez a Folha devesse olhar para o espelho. Um jornal que foi admirado pelos brasileiros progressistas, dos quais era leitura obrigatória, é hoje abominado por esse público.
Os anos do PT no poder desmascararam a Folha. O jornal liberal mostrou ser tão conservador quanto o semimorto Estadão.
A cara da Folha, hoje, é uma mistura de seus colunistas Reinaldo Azevedo e Pondé.
Não surpreende, assim, o amor infinito pelos bonecos canalhas de grupelhos fascistas.
É uma paixão compartilhada pelos demais jornais. Os bonecos aparecem na primeira página com uma frequência extraordinária.
Não porque sejam notícia. Mas por ajudarem na fabricação da imagem do PT como um partido de bandidos, e de Lula e Dilma como chefes de bando.
Não que seja uma agremiação de anjos. Mas, numa escala de delinquência partidária, a supremacia definitivamente não é do PT.
FHC simplesmente comprou sua reeleição. Aécio colocou dinheiro público nas rádios da família, construiu um aeroporto particular com dinheiro público e foi citado por Youssef como beneficiário num esquema de propinas.
Mas é o PT que interessa aos jornais liquidar.
Não são boas as intenções por trás do movimento de destruição de imagem do PT.
O que as grandes empresas de mídia querem é o retorno de um presidente que perpetue os privilégios e as mamatas de que elas sempre gozaram.
Disse outro dia e repito: até um macaco teria feito a Globo crescer tamanha a quantidade de dinheiro do contribuinte que, por variados caminhos, foram dar nos cofres da empresa.
É um caso de extraordinária inépcia que, mesmo tão favorecidas pelo Estado, tenham tantas vezes ficado à beira do colapso.
Deve-se criticar duramente o PT por não ter feito nada para alterar esse quadro da ligação vergonhosa entre governo e mídia.
Se é verdade o que Requião disse, o PT pagou, nisso, o preço de um pragmatismo estupidamente delirante.
Requião disse que Dirceu afirmou, logo no início da gestão Lula, que o PT tinha um canal de televisão: a Globo.
Dirceu achava, segundo Requião, que o dinheiro da publicidade compraria a simpatia dos Marinhos, como sempre acontecera.
Tancredo dizia que a esperteza, quando é demais, come o dono, e foi este o caso.
Agora, enfim, os chefes petistas parecem haver acordado para a realidade de que a imprensa quer fazer com eles o que fez, no passado, com Getúlio e Jango.
O uso obsessivo das imagens dos bonecos de Lula e Dilma são apenas mais um capítulo na desesperada tentativa de varrer o petismo.
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E a Folha, em editorial, faz uma declaração de amor aos bonecos produzidos pela ultradireita.
Eles simbolizam, segundo a Folha, a “crescente ojeriza” dos brasileiros pelo PT.
Mas, segundo a Folha — que lutou tenazmente por Aécio ao lado dos demais jornais, rádios, tevês etc – o PT sofre de ojeriza aguda.
É uma maneira peculiar de ver as coisas.
Talvez a Folha devesse olhar para o espelho. Um jornal que foi admirado pelos brasileiros progressistas, dos quais era leitura obrigatória, é hoje abominado por esse público.
Os anos do PT no poder desmascararam a Folha. O jornal liberal mostrou ser tão conservador quanto o semimorto Estadão.
A cara da Folha, hoje, é uma mistura de seus colunistas Reinaldo Azevedo e Pondé.
Não surpreende, assim, o amor infinito pelos bonecos canalhas de grupelhos fascistas.
É uma paixão compartilhada pelos demais jornais. Os bonecos aparecem na primeira página com uma frequência extraordinária.
Não porque sejam notícia. Mas por ajudarem na fabricação da imagem do PT como um partido de bandidos, e de Lula e Dilma como chefes de bando.
Não que seja uma agremiação de anjos. Mas, numa escala de delinquência partidária, a supremacia definitivamente não é do PT.
FHC simplesmente comprou sua reeleição. Aécio colocou dinheiro público nas rádios da família, construiu um aeroporto particular com dinheiro público e foi citado por Youssef como beneficiário num esquema de propinas.
Mas é o PT que interessa aos jornais liquidar.
Não são boas as intenções por trás do movimento de destruição de imagem do PT.
O que as grandes empresas de mídia querem é o retorno de um presidente que perpetue os privilégios e as mamatas de que elas sempre gozaram.
Disse outro dia e repito: até um macaco teria feito a Globo crescer tamanha a quantidade de dinheiro do contribuinte que, por variados caminhos, foram dar nos cofres da empresa.
- Anúncios à base de 500 milhões de reais ao ano mesmo com a queda expressiva de audiência.
- Acesso aberto, ao longo dos tempos, ao BNDES.
- Como se não bastasse, os livros da editora Globo, se não foram nas últimas décadas um sucesso de público, encontraram nos governadores quem os comprasse em dose maciça.
É um caso de extraordinária inépcia que, mesmo tão favorecidas pelo Estado, tenham tantas vezes ficado à beira do colapso.
Deve-se criticar duramente o PT por não ter feito nada para alterar esse quadro da ligação vergonhosa entre governo e mídia.
Se é verdade o que Requião disse, o PT pagou, nisso, o preço de um pragmatismo estupidamente delirante.
Requião disse que Dirceu afirmou, logo no início da gestão Lula, que o PT tinha um canal de televisão: a Globo.
Dirceu achava, segundo Requião, que o dinheiro da publicidade compraria a simpatia dos Marinhos, como sempre acontecera.
Tancredo dizia que a esperteza, quando é demais, come o dono, e foi este o caso.
Agora, enfim, os chefes petistas parecem haver acordado para a realidade de que a imprensa quer fazer com eles o que fez, no passado, com Getúlio e Jango.
O uso obsessivo das imagens dos bonecos de Lula e Dilma são apenas mais um capítulo na desesperada tentativa de varrer o petismo.
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