sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Contraponto 18.091 - "Ciro: risco de golpe existe, mas já viramos o jogo "

No entanto, Ciro não aliviou críticas à situação econômica atual. "O preço caro é que a esmagadora maioria da população mais pobre estava em ascensão social, melhorando de vida a cada dia há 12 anos, imaginando com segurança ser para sempre, prevendo seus filhos livres de suas humilhações e com condições que os pais jamais tiveram. E agora estão escorregando. Estamos em decadência", afirmou.

Ciro disse ainda que o Congresso deveria estar discutindo caminhos para a redução da taxa de juros. "O Congresso, em vez de enfrentar a despesa mais criminosa e imoral de todas, a despesa com os juros para o financiamento dos bancos, vem propor cortes no Bolsa Família. Isso é bem a cara da plutocracia escravagista brasileira. Eles perderam o pudor na medida em que nós, deste lado, estamos falhando na tarefa de administrar a economia, na tarefa de passar um sinal de decência no trato da coisa pública e na tarefa de sinalizar esperança para o futuro da sociedade brasileira."

Em relação ao impeachment, ele afirmou que o risco de golpe persiste, mas vem sendo afastado. "O risco é permanente. Mas neste momento nós estamos virando o jogo golpista. Estamos ganhando a parada. Apesar de todos os erros, fomos ajudados pelo Ministério Público da Suíça, que nos mandou essas contas espúrias do picareta-mor da República, Eduardo Cunha, o presidente da Câmara, representante de uma maioria de corruptos", afirmou.

"A elite brasileira percebeu que é absolutamente inexplicável você evoluir para impedir a Presidência da República, romper as instituições e introduzir uma instabilidade política de 20 anos no País, começando pela assinatura de um picareta processado como formador de quadrilha, ladrão do dinheiro público, manchete nos jornais do mundo inteiro. Esse ciclo (do golpe) estamos vencendo. Mas ele voltará muito rapidamente se não acertarmos a mão", alertou.

Mídia concentrada

Ciro também fez críticas à concentração dos meios de comunicação no Brasil. "Nossa grande mídia pertence basicamente a 5 famílias. Vamos ter essa clareza: a mídia brasileira é nepotista. São 5 famílias donas do que se chama mídia nacional. Qual a solução para isso? É uma bobajada a la PT, regular a mídia, fazer um despotismo esclarecido de cima para baixo? Ao fazermos isso, imediatamente entregamos para eles o discurso correto da censura, da intervenção indevida", afirmou.

"Por aqui temos de financiar alternativas. E já há essas alternativas, como as cooperativas de jornalistas. Temos que empoderá-las, mudar a distribuição da verba publicitária do governo. Distribuir progressivamente as verbas publicitárias ao invés de ficar em critério de audiência. Temos que fazer o esforço de toda sociedade sadia: reforçar as minorias, acreditar na inteligência do povo e enfrentar essa interdição [do debate sobre mídia]", finalizou.
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Contraponto 18.090 - "Juíza da Zelotes diz desconhecer pedido da PF para ouvir filho Lula "

A juíza Célia Regina Ody Bernardes, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, responsável pela investigação da Operação Zelotes, informou hoje (29) que desconhece pedido da Polícia Federal (PF) para tomar depoimento do filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Luiz Cláudio Lula da Silva.

A PF intimou Luiz Claudio na noite da última terça-feira (27), data na qual o ex-presidente Lula comemorou 70 anos.

A PF decidiu tomar o depoimento após a deflagração da quarta fase da Operação Zelotes, que fez busca e apreensão na sede das empresas LFT Marketing Esportivo e da Touchdown Promoção de Eventos Esportivos Ltda, cujo sócio é Luiz Claudio.

A juíza Célia Regina deferiu um pedido de busca no escritório do filho do ex-presidente, feito pela PF na segunda-feira (26), por entender ser "muito suspeito" que a LFT Marketing Esportivo tenha recebido R$ 1,5 milhão da empresa de consultoria Marcondes Mautoni, que têm contratos com a Administração Pública e é investigada na Operação Zelotes.

Em nota, a juíza esclareceu que não há processos relacionados à Zelotes, pelo fato de os investigados não terem sido denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF). "Sou a única juíza com atribuição para os procedimentos judicializados da Operação Zelotes. Digo procedimentos, e não processos, pois ainda não foi oferecida nenhuma denúncia por parte do MPF. Somente haverá processo penal propriamente dito se vier a ser recebida eventual denúncia oferecida pelo MPF", disse a juíza.

As primeiras fases da Zelotes investigaram a manipulação de julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), ligado ao Ministério da Fazenda. A PF estima que foram desviados mais de R$ 19 bilhões. No entanto, durante o desenrolar das investigações, a polícia e o Ministério Público Federal (MPF) encontraram indícios sobre a suposta negociação na edição de três medidas provisórias (MPs) que beneficiaram empresas do setor automobilístico.

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Contraponto 18.089 - "Relatório da Polícia Federal não incluía o nome do filho de Lula"

 

30/10/2015

 

Relatório da Polícia Federal não incluía o nome do filho de Lula

 

Autor dos pedidos de buscas não faz parte da operação Zelotes, da PF


 

 Do blog  Amigos do Presidente Lula - quinta-feira, 29 de outubro de 2015





 
A Polícia Federal fez um relatório de 164 páginas para justificar a última fase da Operação Zelotes, que incluía o pedido de prisão preventiva de cinco pessoas, a condução à força à delegacia de mais nove além do mandado de busca e apreensão em sete empresas.

Este relatório, que foi encaminhado à Justiça para que a PF fosse autorizada a colocar em prática a operação realizada na última segunda-feira (26), não incluía o nome de Luís Cláudio Lula da Silva nem os de suas empresas, a LFT Marketing Esportivo e a Touchdown Promoção de Eventos Esportivos.

Apesar disso, posteriormente ao pedido da PF à Justiça, o procurador Regional da República José Alfredo de Paula e Silva, que não faz parte das investigações, incluiu as empresas do filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre as que deveriam sofrer uma ação de busca e apreensão. 

A Zelotes investiga fraudes em julgamentos no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), ligado ao Ministério da Fazenda. A etapa da operação deflagrada na última segunda investiga um consórcio de empresas que negociaria incentivos fiscais irregulares em favor de companhias do setor automobilístico.

Ao receber o pedido da PF, a juíza federal Célia Regina Ody Bernardes autorizou a operação e também submeteu o pedido à apreciação do MPF (Ministério Público Federal), que é o responsável legal por fiscalizar as investigações policiais. Então, após analisar o documento da PF, o procurador José Alfredo de Paula e Silva encaminhou à Justiça um aditamento à operação, solicitando que as empresas de Luís Cláudio Lula da Silva fossem incluídas entre as que seriam submetidas a um mandado de busca e apreensão - o que foi acatado pela juíza federal.

O procurador baseou seu pedido em uma suspeita sobre um contrato de R$ 1,5 milhão firmado entre uma das empresas investigadas (Marcondes e Mautoni) e a LFT Marketing Esportivo, de propriedade de Luís Cláudio. Assim escreveu à Justiça o membro do MPF: "É muito suspeito que uma empresa de marketing esportivo receba valor tão expressivo de uma empresa especializada em manter contatos com a Administração Pública".

Foi baseado apenas nesta suspeição que o MPF incluiu a empresa do filho do ex-presidente Lula na Operação Zelotes, ainda que os delegados federais responsáveis pela investigação em nenhum momento tenham levantado qualquer suspeita sobre o contrato.

Por causa disso e de outras supostas "ilegalidades e excessos", a defesa de Luís Cláudio impetrou um mandado de segurança junto ao TRF (Tribunal Regional Federal) reivindicando a devolução imediata de todos os materiais apreendidos nas empresas do filho de Lula, bem como a anulação de todas as consequências jurídicas da busca e apreensão. A decisão deverá ser publicada nos próximos dias.
De acordo com o pedido da defesa do empresário, a LFT firmou um contrato legítimo com a Marcondes e Mautoni, para prestar serviço de consultoria em marketing esportivo para a contratante, conforme a própria Polícia Federal corroboraria no âmbito das investigações: "O relatório policial deixou claro que a empresa Marcondes e Maltoni, que realizou pagamentos à LFT, tinha projetos relacionados à área esportiva — o "Projeto Mostra Itinerante – Caminho da Copa". Tal situação justifica, à toda evidência, a prestação de serviços pela LFT".

Ainda segundo a defesa de Luís Cláudio, a simples suspeita de um procurador não é prova suficiente para autorizar uma medida tão gravosa como a de busca e apreensão, que prejudica atividade comercial da empresa buscada além de ferir sua imagem perante ao mercado.

Consta no mandado de segurança impetrado pela defesa, a que o UOL Esporte teve acesso: "O MPF apenas considerou 'muito suspeito' os pagamentos feitos em favor da Impetrante LFT, sem apontar qualquer situação concreta, sem descrever qualquer conduta com o mínimo de detalhamento em que ela possa ter participado de um ato criminoso".

De fato, é somente a suspeita do procurador o que levou a juíza federal Célia Bernardes a autorizar a operação de busca e apreensão, como se pode ler em sua decisão favorável à operação policial: "Tem razão o MPF ao afirmar ser 'muito suspeito' uma empresa de marketing esportivo receba valor tão expressivo de uma empresa especializada em manter contatos com a Administração Pública (Marcondes e Mautoni), o que justifica a execução de busca e apreensão na sede da empresa".

Agora, cabe ao Tribunal Regional Federal do DF decidir se a ação nas empresas do filho de Lula foram ou não realizadas respeitando a legislação brasileira. (A reportagem é da Uol)

Leia também: Diretoria de lobby da Globo tem mais a ver com Zelotes do que filho de Lula, mas não é incomodada 
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Contraponto 18.088 - " Intimação de filho de Lula, às 23 horas, é prova do 'país da meganhagem' "

 

30/10/2015

 

Intimação de filho de Lula, às 23 horas, é prova do “país da meganhagem”

 

meganha


Por

Tenho afirmado aqui que o Brasil virou o país da “meganhagem”.

A Polícia passou a servir para produzir espetáculos políticos.

A polícia ter ido  ao apartamento de Luis Cláudio Lula da Silva por volta das 23 horas da terça-feira, logo após ele ter chegado, com a mulher grávida, da festa de aniversário do pai é reveladora dos métodos que se empregam quando, em lugar de apurar, busca-se intimidar e humilhar.

Não é difícil acreditar que, até, os policiais estivessem de “campana” próximos ao Instituto Lula para segui-lo e intimá-lo assim que chegassem em casa.

Trata-se, é bom lembrar, de pessoa que não é acusada de nada, não está indiciada, tem endereço certo – aliás, apontado como suspeito por ter sido cedido por seu padrinho de batismo!

O tal depoimento seria hoje, quinta-feira, e havia óbvio tempo hábil para que fosse feita, por exemplo, na manhã seguinte.

De novo, não é por ser apenas em relação ao filho do ex-presidente, é em relação a qualquer pessoa que não tem uma ordem de condução judicial, que apenas é intimada a prestar esclarecimentos.
É que quando se faz o que é desnecessário, é claro, está se fazendo algo com deliberada intenção em algo.

E, neste caso, o de provocar constrangimento.

Havia “risco de fuga”? Indício de crime em flagrante? Qual o perigo que representava um rapaz com sua mulher grávida para ser perturbado neste horário? Onde estavam os policiais, “campanando” um ato particular onde se encontrava a Presidenta da República? Com que fim, já que havia endereço sabido e não era aquele?

Infelizmente, não há na Polícia Federal chefes com capacidade de convocar seus subordinados a explicarem porque de uma notificação feita nestas circunstâncias e não segundo os procedimentos de praxe.

E não há, no Ministério da Justiça quem chame a direção da Polícia Federal às falas.

Porque aquilo é uma instituição da República e não o playground da meganhagem para fazer a sua politicagem de cabecinhas de pitbull.



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PITACO DO ContrapontoPIG


Temos efetivamente uma policia política e um Ministro panaca.

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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Contraponto 18.077 - "Lehman patrocinou o curso em Harvard para Verônica e depois a fez sócia"

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29/10/2015 

 

E se Verônica Serra fosse filha de Lula? Por Paulo Nogueira



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Verônica Serra

Verônica Serra

Este texto está sendo republicado, dada sua atualidade.

por Paulo Nogueira


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Paulo Nogueira Um título do site Viomundo, trazido ao Diário pelo atilado leitor e comentarista Morus, merece reflexão.

E se o filho de Lula fosse sócio do homem mais rico do Brasil?

Antes do mais: certas perguntas têm mais força que mil repostas, e este é um caso.

Bem, o título se refere a Verônica Serra, filha de Serra. Ela foi notícia discreta nas seções de negócios recentemente quando foi publicado que uma empresa de investimentos da qual ela é sócia comprou por 100 milhões de reais 20% de uma sorveteria chamada Diletto.

Os sócios de Verônica são Jorge Paulo Lehman e Marcel Telles. Lehman é o homem mais rico do Brasil. Daí a pergunta do Viomundo, e Marcel é um velho amigo e parceiro dele.

Lehman e Marcel, essencialmente, fizeram fortuna com cerveja. Compraram a envelhecida Brahma, no começo da década de 1980, e depois não pararam mais de adquirir cervejarias no Brasil e no mundo.

Se um dia o consumo de cerveja for cerceado como o de cigarro, Lehman e Marcel não terão muitas razões para erguer brindes.

Verônica se colocou no caminho de Lehman quando conseguiu dele uma bolsa de estudos para Harvard.

Eu a conheci mais ou menos naquela época. Eu era redator chefe da Exame, e Verônica durante algum tempo trabalhou na revista numa posição secundária.

Não tenho elementos para julgar se ela tinha talento para fazer uma carreira tão milionária.

Ela não me chamou a atenção em nenhum momento, e portanto jamais conversei mais detidamente com ela.

Mas ali, na Exame, ela já era um pequeno exemplo das relações perigosas entre políticos e empresários de mídia. Foi a amizade de Serra com a Abril que a colocou na Exame.

Depois, Verônica ganhou de Lehman uma bolsa para Harvard. Lehman, lembro bem de conversas com ele, escolhia em geral gente humilde e brilhante para, como um mecenas, patrocinar mestrados em negócios na Harvard, onde estudara.

Todos os filhos são iguais, mas alguns são mais iguais que outros

Não sei se Verônica se encaixava na categoria dos humildes ou dos brilhantes, ou de nenhuma das duas, ou em ambas. Conhecendo o mundo como ele é, suponho que ela tenha entrado na cota de exceções por Serra ser quem é, ou melhor, era.

Serra pareceu, no passado, ter grandes possibilidades de se tornar presidente. Numa coluna antológica na Veja, Diogo Mainardi começou um texto em janeiro de 2001 mais ou menos assim: “Exatamente daqui a um ano Serra estará subindo a rampa do Planalto”. (Os jornalistas circularam durante muito tempo esta coluna, como fonte de piada e escárnio.)

Cotas para excluídos são contestadas pela mídia, mas cotas para amigos são consideradas absolutamente normais, e portanto não são notícia.
Todos os filhos e políticos são iguais para a mídia, mas alguns são mais iguais que outros.

Bem, Verônica agradou Lehman, a ponto de se tornar, depois de Harvard, sócia dele.

O nome dela apareceu em denúncias – cabalmente rechaçadas por ela – ligadas às privatizações da era tucana.

Tenho para mim que ela não precisaria fazer nada errado, uma vez que já caíra nas graças de Lehman, mas ainda assim, a vontade da mídia de investigar as denúncias, como tantas vezes se fez com o filho de Lula, foi nenhuma.

Verônica é da turma. Essa a explicação. Serra é amigo dos empresários de mídia. E mesmo Lehman, evidentemente, não ficaria muito feliz em ver a sócia exposta em denúncias.

Lehman é discreto, exemplarmente ausente dos holofotes. Mas sabe se movimentar quando interessa.

Uma vez, pedi aos editores da Época Negócios um perfil dele depois da compra de uma grande cervejaria estrangeira. Recomendei que os repórteres falassem com amigos, uma vez que ele não dá entrevistas.

Rapidamente recebi um telefonema de João Roberto Marinho, o Marinho que cuida de assuntos editoriais. João queria saber o que estávamos fazendo.

Lehman ligara a ele desgostoso. Também telefonara a seus amigos mais próximos recomendando que não falassem com os repórteres da revista. Ninguém falou, até mais tarde Lehman autorizá-los depois de ver os bons propósitos da reportagem.

Lehman patrocinou o curso em Harvard para Verônica e depois a fez sócia
     Lehman patrocinou o curso em Harvard para Verônica e depois a fez sócia
                             
A influência de Lehman sobre João Roberto se deve, é verdade, à admiração que Lehman e seu lendário Grupo Garantia despertavam na família Marinho.

Mas é óbvio que a verba publicitária das cervejarias de Lehman falam alto também. Um amigo me conta que em Avenida Brasil os personagens tomavam cerveja sob qualquer pretexto.

Isto porque as cervejarias de Lehman pagaram um dinheiro especial pelo chamado ‘product placement’, ou mercham, na linguagem mais vulgar.

O consumidor é submetido a uma propaganda sem saber, abertamente, que é propaganda. Era como se realmente os personagens tivessem sempre motivos para tomar uma gelada.

Verônica Serra, por tudo isso, esteve sempre sob uma proteção, na grande mídia, que é para poucos. É para aqueles que ligam e são atendidos pelos donos das empresas jornalísticas.

O filho de Lula não.

Daí a diferença de tratamento. E daí também a força incômoda, por mostrar quanto somos uma terra de privilégios, da pergunta do site Viomundo.

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Sobre o Autor
Paulo Nogueira. Jornalista,  fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.
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Contraponto 18.076 - "O pior já passou"

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29/10/2015

O pior já passou

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Análise Diária de Conjuntura - 29/10/2015

O Brasil vive hoje um período de ressaca da tentativa de golpe. Ainda viveremos alguns sobressaltos, como, por exemplo, quando as contas do TCU forem votadas no congresso, ou quando o TSE iniciar pra valer o julgamento da campanha de Dilma Rousseff.

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Contraponto 18.075 - "Os recordes da Petrobras, a “incompetente”. Vídeo mostra como foram alcançados"

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29/10/2015

 

Os recordes da Petrobras, a “incompetente”. Vídeo mostra como foram alcançados

 

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por Fernando Brito 

Da palestra da Diretora de Exploração e Produçao da Petrobras, Solange Guedes, em palestra na Offshore Technology Conference Brasil, que se realiza aqui no Rio de Janeiro:

– a produção de petróleo no pré-sal triplicou em 30 meses. Isso dá um crescimento médio de 3,73% a cada mês, dificilmente registrado em qualquer atividade econômica.


– O índice de eficiência da exploração naquela área atingiu um índice  de 92,4 %, ou seja: em ralação a metas definidas como 100 em custos e prazos, chegou-se a 92,4.


– Um destes indicadores: o tempo de perfuração dos poços – no total, entre água, rocha e camada de sal, alcançam 7 mil metros – diminui de 57$. Ou seja, se um poço gastava 100 dias para  ser perfurado e completado, hoje leva 43. E um dia, na perfuração de um poço em águas ultraprofundas, custa bem mais de meio milhão de dólares, entre aluguel da sonda (entre 400 e 500 mil dólares, em geral), pessoal e a caríssima logística de levar equipamentos  e suprimentos por mar e ar a torres situadas a 200 ou 300 km da costa.


– Isso, portanto, permitiu uma economia de US$ 1,77 bilhões (R$ 7,5 bi) na perfuração dos poços do pré-sal e,com a eficiência em sua operação, baixaram o custo de extração para US$ 9 dólares por barril, contra uma média de US$ 15 de outras grandes companhias petroleiras.

Este último dado é  essencial dentro do modelo de partilha.

É que o custo de produção é debitado do preço do barril extraído antes de partilhar quanto dele será  dividido entre o Governo Brasileiro e o concessionário, Menor custo, maior o valor restante a ser partilhado, maior a parcel do Governo.

Uma diferença de seis dólares, com o preço do barril em torno dos 50 dólares, significa um ganho de 12% com essa redução de custos.

Abaixo, posto um pequeno vídeo sobre as conquistas tecnológicas da Petrobras que permitiram este milagre de eficiência.




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Contraponto 18.074 - "Lula: até feto na barriga da minha nora é suspeito"

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29/10/2015 

 

Lula: até feto na barriga da minha nora é suspeito

"Eu sobreviverei. E eles?"


Conversa Afiada - publicado 29/10/2015
 

lula no diretorio nacional

"É importante manter as conquistas que tivemos", disse Lula (foto: Dida Sampaio / Estadão Conteúdo)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da reunião do Diretório Nacional do PT, nesta quinta-feira (29). No discurso de abertura, Lula criticou a perseguição que sofre por parte do PiG, em relação a ele e até aos seus familiares.

"Eu ainda tenho mais três filhos que não foram denunciados e tenho sete netos. Isso não vai terminar nunca. Ainda tenho uma nora grávida, não sei qual é o processo que virá contra o meu neto que vai nascer", ironizou o ex-presidente, após as recentes denúncias contra seu filho, Luis Cláudio Lula da Silva.

Lula garantiu que a campanha difamatória da mídia não irá afetá-lo. “Serão três anos de pancadaria, mas eu vou sobreviver. Tem uma coisa que aprendi: enfrentar a diversidade. Podem ficar certos: eu vou sobreviver. E eles, terão a credibilidade que imaginam?”, indagou.

No encontro, Lula defendeu que a prioridade do PT no Congresso deve ser a aprovação das medidas de ajuste fiscal enviadas pelo governo. "Não podemos ficar mais seis meses discutindo o ajuste e a CPMF. Ou a gente vota, ou não governa e não passa dessa fase", disse. Para o Nunca Dantes, a ação é necessária para a economia voltar a crescer. "Sem a conclusão desse ajuste, ficamos numa confusão política muito grande", ponderou.

O ex-presidente criticou a onda de manobras que a oposição tenta emplacar para derrubar a presidenta Dilma. "Primeiro pediram recontagem de votos. Depois foram 19 pedidos de impeachment e quatro ações no TSE", enumerou o Nunca Dantes, que concluiu: "Se a moda pega, qualquer um que perca a eleição entra com pedido de impeachment".

Lula ressaltou que a crise econômica é mundial. "A economia internacional só vai se recuperar se o mundo voltar a consumir. É o único jeito. Apenas o Brasil no G-20 estimulou isso", disse.

Para o mercado interno, o ex-presidente vê duas soluções: aprovação de impostos ou políticas de crédito. "Por que a gente não faz um crédito consignado para o setor privado? A melhor forma de recuperar receita é voltar a crescer", sugeriu Lula. "O fortalecimento das políticas de crédito já acontece. O Banco do Brasil financia as cadeias produtivas", concluiu.

Apesar do pessimismo com o cenário atual, Lula declarou que é importante comparar os dados de hoje com os de 1999, no governo FHC. "O Brasil quebrou três vezes, teve que pedir socorro ao FMI e aceitou todas as políticas que o FMI mandou cumprir. Temos que mostrar o que foi o governo FHC e dizer a eles: parem de ser bestas", disse o ex-presidente, aplaudido pela plateia.

Além de Lula, participam do encontro o presidente do partido, Rui Falcão, os governadores Wellington Dias (PI) e Tião Viana (AC), o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), o líder do PT no Senado, Humberto Costa (CE) e o líder do PT na Câmara, Sibá Machado.


João de Andrade Neto, editor do Conversa Afiada
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Contraponto 18.073 - "Alunos de medicina dos EUA passarão período em Cuba como parte do currículo"

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29/10/2015


Alunos de medicina dos EUA passarão período em Cuba como parte do currículo

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Uol - 28/10/2015
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Washington, 28 Out 2015 (AFP) - Estudantes de medicina da Universidade Estadual de Michigan (MSU), no norte dos Estados Unidos, poderão fazer parte de seu programa acadêmico em hospitais de Cuba a partir de abril de 2016, afirmou nesta quarta-feira o centro de ensino superior.


"Após a restauração das relações diplomáticas (...) a Universidade de Michigan é a primeira a solidificar um acordo com as autoridades cubanas para desenvolver um novo curso para os nossos alunos, que conta para seu currículo acadêmico", anunciou em seu site oficial.

A intenção do programa é que os estudantes americanos "estejam expostos a um sistema de saúde que tem sido líder na identificação dos fatores sociais sobre as doenças e na prevenção quando se trata de saúde pública", afirmou a Universidade de Michigan (MSU).

Assim, os alunos "vão aprender sobre medicina comunitária", obstetrícia, ginecologia, pediatria e cuidados geriátricos, explicou.

Em Cuba, os estudantes poderão juntar-se ao Hospital Calixto Garcia, ao hospital do centro de Havana (especializado em pediatria) ou ao hospital Ramón González Coro (dedicado à obstetrícia e ginecologia).

William Cunningham, da faculdade de medicina da MSU, disse que "é a primeira vez que os estudantes de medicina dos Estados Unidos poderão atuar nos corredores de três grandes hospitais de Havana e fazer cumprir crédito acadêmico pela experiência".

O sistema médico cubano, lembrou Cunningham, é focado na atenção primária e na saúde pública.

A seleção do primeiro grupo de estudantes terá lugar nas duas primeiras semanas de abril e será reservada aos alunos do quarto ano de medicina convencional ou osteopatia.

De acordo com a MSU, até o momento 30 alunos já fizeram a inscrição.

Cuba e os Estados Unidos restaurado relações diplomáticas em julho, depois de meio século de ruptura, com a reabertura de suas embaixadas.
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Contraponto 18.072 - "O que o Jornal Nacional não está noticiando sobre a Operação Zelotes: quem pagou propina de R$ 11,7 milhões?"

 

29/10/2015

 

O que o Jornal Nacional não está noticiando sobre a Operação Zelotes: quem pagou propina de R$ 11,7 milhões?

 

Do Viomundo - publicado em 29 de outubro de 2015 às 12:30


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Sirotski, da RBS (esquerda) e Marinho: o que não interessa a gente esconde

  23/10/2015 –

RBS, afiliada da Globo, pagou R$ 11,7 milhões para conselheiro do CARF

A Operação Zelotes apura o envolvimento de funcionários públicos e empresas no esquema de fraude fiscal que pode ter causado um prejuízo de R$ 19,6 bilhões

Najla Passos, na Carta Maior

Documentos sigilosos vazados nesta quinta (22) comprovam que o Grupo RBS, o conglomerado de mídia líder no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, pagou R$ 11,7 milhões à SGR Consultoria Empresarial, uma das empresas de fachada apontadas pela Operação Zelotes como responsáveis por operar o esquema de tráfico de influência, manipulação de sentenças e corrupção no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), o órgão vinculado ao Ministério da Fazenda que julga administrativamente os recursos das empresas multadas pela Receita Federal.

A SCR Consultoria Empresarial é umas das empresas do advogado e ex-conselheiro do CARF, José Ricardo da Silva, indicado para compor o órgão pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) e apontado pela Polícia Federal (PF) como o principal mentor do esquema.

Os documentos integram o Inquérito 4150, admitido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na  última segunda (19), que corre em segredo de justiça, sob a relatoria da ministra Carmem Silva, vice-presidente da corte.

Conduzida em parceria pela PF, Ministério Público Federal (MPF), Corregedoria Geral do Ministério da Fazenda e Receita Federal, a Operação Zelotes, deflagrada em março, apurou o envolvimento de funcionários públicos e empresas no esquema de fraude fiscal e venda de decisões do CARF que pode ter causado um prejuízo de R$ 19,6 bilhões aos cofres públicos.

Segundo o MPF, 74 julgamentos realizados entre 2005 e 2013 estão sob suspeição.

As investigações apontam pelo menos doze empresas beneficiadas pelo esquema. Entre elas a RBS, que era devedora em processo que tramitava no CARF em 2009.

O então conselheiro José Ricardo da Silva se declarou impedido de participar do julgamento e, em junho de 2013, o conglomerado de mídia saiu vitorioso.

Antes disso, porém, a RBS transferiu de sua conta no Banco do Rio Grande do Sul, entre setembro de 2011 e janeiro de 2012, quatro parcelas de R$ 2.992.641,87 para a conta da SGR Consultoria Empresarial no Bradesco. 
 
Dentre os documentos que integram o Inquérito 4150 conta também a transcrição de uma conversa telefônica entre outro ex-conselheiro do Carf, Paulo Roberto Cortez, e o presidente do órgão entre 1999 e 2005, Edison Pereira Rodrigues, na qual o primeiro afirmava que José Ricardo da Silva recebeu R$ 13 milhões da RBS.

“Ele me prometeu uma migalha no êxito. Só da RBS ele recebeu R$ 13 milhões. Me prometeu R$ 150 mil”, reclamou Cortez com o então presidente do Carf.
 
Suspeitos ilustres
 
Os resultados das investigações feitas no âmbito da Operação Zelotes foram remetidos ao STF devido às suspeitas de participação de duas autoridades públicas com direito a foro privilegiado: o deputado federal Afonso Motta (PDT-RS) e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes.

O deputado foi vice-presidente jurídico e institucional da RBS, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul. Os termos de sua participação no esquema ainda são desconhecidos.
 
Nardes, mais conhecido por ter sido o relator do parecer que rejeitou a prestação de contas da presidenta Dilma Rousseff relativa ao ano de 2014, por conta das polêmicas “pedaladas fiscais”, é suspeito de receber R$ 2,6 milhões da mesma SGR Consultoria, por meio da empresa Planalto Soluções e Negócios, da qual foi sócio até 2005 e que ainda hoje permanece registrada em nome de um sobrinho dele.

Processo disciplinar

Nesta quinta (22), a Corregedoria Geral do Ministério da Fazenda anunciou a instalação do primeiro processo disciplinar suscitado pelas investigações da Operação Zelotes. Em nota, o órgão informou que o caso se refere a uma negociações para que um conselheiro do CARF pedisse vistas de um processo, sob promessa de vantagem econômica indevida, em processo cujo crédito tributário soma cerca de R$ 113 milhões em valores atualizados até setembro.


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Leia também:
Paulo Pimenta: Globo mente descaradamente sobre Zelotes

Contraponto 18.071 - " Pimenta ao 247: 'Zelotes não pode ser manipulada' "



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29/10/2015

 

Pimenta ao 247: 'Zelotes não pode ser manipulada'

 





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Mais votado deputado do PT gaúcho em 2010 e 2014, o jornalista Paulo Pimenta acompanha a Operação Zelotes desde o início. Relator da Subcomissão de Acompanhamento das Operações da Polícia Federal, Pimenta garantiu que o debate sobre a mais ampla investigação sobre corrupção da história da Receita Federal chegasse a Câmara de Deputados, em vez de limitar-se a uma CPI formada exclusivamente por senadores, cujo presidente é Roberto Atayde (PSDB-TO). Em junho o deputado bateu às portas da Corregedoria Nacional de Justiças para pedir providências contra o juiz Ricardo Leite, titular da 10a. Vara de Brasília, acusado por delegados e integrantes do Ministério Público de rejeitar várias medidas -- como prorrogar escutas telefônicas, efetivar prisões preventivas -- que poderiam auxiliar nas investigações. O juiz acabou substituído por Celia Regina Oly Bernardes, magistrada que tem atendido as principais solicitações das autoridades envolvidas com as investigações.

Numa decisão que deu um novo conteúdo político a um trabalho que até agora envolvia empresários, escritórios de lobistas e altos funcionários da Receita, responsáveis por desvios de R$ 20 bilhões -- onde caberiam várias Lava Jato --, anteontem a juíza tomou medidas que apontam na direção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Atendendo a uma solicitação feita por um dos procuradores que integram a força-tarefa da Zelotes, ela autorizou uma operação de busca e apreensão nas empresas de Luiz Claudio Lula da Silva, filho de Lula, empresário de marketing esportivo, sem nenhuma ligação visível com o foco da Zelotes. No mesmo dia, Gilberto Carvalho, que foi ministro de Estado entre 2003 e 2015, também foi chamado para prestar depoimento. Na época em que os fatos sob investigação ocorriam, Luiz Claudio era auxiliar do técnico Wanderley Luxemburgo no Palmeiras. Quando a Gilberto Carvalho, encontrava-se em viagem pela Itália no dia dia em que compareceu a um encontro colocado sob suspeita.

No fim da tarde de hoje, Paulo Pimenta deu a seguinte entrevista ao 247:

De março a outubro, a Operação Zelotes investigava corrupção no CARF. Na terça-feira passada, foi feita uma ação de busca e apreensão numa empresa de um dos filhos do ex-presidente Lula. O ex-ministro Gilberto Carvalho também foi chamado a depor. O alvo agora é Lula? 

O ex-presidente Lula não é investigado nem nunca foi alvo da Zelotes, operação que investiga sonegação fiscal, corrupção, tráfico de influência e lavagem de dinheiro envolvendo grandes empresas, escritórios de advocacia, empresas de consultoria e conselheiros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. A força-tarefa do Ministério Público Federal e da Polícia Federal apura a manipulação de resultados que teriam ocorrido no Carf, órgão ligado ao Ministério da Fazenda que julga litígios tributários, entre o Fisco e os contribuintes.A Zelotes, desde que foi deflagrada em março desse ano, sempre foi abafada pela mídia, pois não se tratava de um escândalo que envolvesse políticos. E também porque as principais empresas envolvidas nesta Operação são grandes anunciantes da própria mídia.Agora, a imprensa, de forma criminosa, tenta construir uma nova narrativa para a Zelotes, buscando envolver o filho do ex-Presidente Lula. Essa ação tem dois objetivos claros: esconder quem são os verdadeiros atores desse que é um dos maiores escândalos de corrupção do Brasil, que desviou cerca de R$ 20 bilhões dos cofres públicos; e o segundo, pois faz parte de uma ação que busca inviabilizar o Lula para 2018, mesmo que para isso sejam rasgados todos princípios legais do nosso país.

Os jornais sempre falaram de grandes grupos econômicos acusados em participar do esquema de corrupção. Seus acionistas foram chamados para depor? Foram feitas ações de busca em seus escritórios?  

Nenhuma das iniciativas da Operação Zelotes teve a espetacularização midiática nem rendeu capas dos principais jornais do país, como no caso das empresas do filho ex-Presidente Lula. Não temos conhecimento de ações de busca e apreensão da Polícia Federal nas empresas investigadas, como CAOA, Ford, Mitsubishi, Bradesco, Santander, Safra, Bank Boston, Bradesco Seguros, etc, que são, de acordo com o MPF, algumas das investigadas.


Há quem diga que uma Medida Provisória não pode ser apurada pela Justiça de primeira instância pois, por sua própria natureza, precisaria ser examinada pelo Supremo. A denúncia contra o ministro do TCU, Augusto Nardes, encontra-se no STF por causa disso. O que você acha disso? 

Em primeiro lugar, cabe dizer que o alvo da Zelotes é investigar corrupção no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. A Medida Provisória apareceu no caso como uma estratégia da mídia para construir uma nova versão para o que verdadeiramente se trata essa Operação. De acordo com especialistas da área criminal, há um entendimento de que uma Medida Provisória, que é um ato do Presidente da República, aprovada pelo Congresso Nacional. Toda investigação referente aos atos do Presidente da República devem ser conduzidos pelo Supremo Tribunal Federal. Dessa forma, seriam ilegais as ações que foram feitas nas empresas do filho do ex-Presidente Lula.


O que podemos dizer do juiz Ricardo Leite, que foi criticado e afastado por decisão da Corregedoria Nacional de Justiça. 

O juiz Ricardo Augusto Soares Leite foi criticado pelo MPF e pela Polícia Federal por ter negado pedidos de busca e apreensão e por ter negado todos os 26 pedidos de prisão temporária dos investigados. Ele também foi alvo de uma denúncia do Ministério Público Federal no Tribunal Regional Federal, e nosso mandato representou contra o magistrado no Conselho Nacional de Justiça.

Ele acabou sendo afastado da Operação Zelotes no âmbito do Poder Judiciário. Com a substituição do juiz, os pedidos do MPF passaram a ser deferidos e medidas foram reconsideradas, levando, inclusive, às primeiras prisões.

Como avaliar as investigações da Zelotes, de março até agora? Qual o futuro da Zelotes, nesta nova fase?

É preciso reconhecer a força-tarefa do Ministério Público e da Polícia Federal, que está enfrentando interesses de confrarias muito poderosas, com ramificações em setores da mídia e do alto escalão econômico do país. Temo, neste momento, que a Zelotes seja usada e manipulada - especialmente pela imprensa – para acobertar quem são os verdadeiros investigados desta Operação. Isso ficou evidente nesses últimos dias, com a tentativa da mídia de envolver o filho do ex-Presidente Lula e de criar uma versão de que o foco da Zelotes é investigar medidas provisórias editadas pelo Governo Federal. Isso é uma farsa! Estão forçando a barra para dizer que houve pagamento a uma empresa do filho do Lula, mas se esquecem de um detalhe importante: a MP 471 foi editada em 2009, e empresa do filho do Lula só foi criada em 2011. E não dá para vincular a MP a contrato que só iria ocorrer em 2014 e um pagamento realizado em 2015, seis anos depois. A esta altura, em que o MPF tem as denúncias prontas contra essas grandes multinacionais, bancos e as gigantes do setor automotivo, a mídia demonstra estar aparelhada para atuar como uma rede de proteção para essas que, segundo o MPF e a PF, desviaram bilhões dos cofres públicos. Ou seja, para proteger seus grandes anunciantes.

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Contraponto 18.070 - "Cunha é fruto de um sistema político podre, por Luiz Ruffato"

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29/10/2015

Cunha é fruto de um sistema político podre, por Luiz Ruffato

 

Do Jornal GGN  - qui, 29/10/2015 - 09:34



Jornal GGN - O escritor mineiro Luiz Ruffato fala sobre a "situação bastante inusitada", mas ao mesmo tempo confortável, vivida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Ele diz que, apesar das evidências concretas das contas na Suíça do deputado, "alimentadas por propinas amealhadas no esquema de corrupção da Petrobras", não há interesse do governo e nem da oposição em impedir o mandato do parlamentar.

Para Ruffato, Eduardo Cunha é fruto de um sistema políco podre, "engendrado pela mentalidade nacional cínica", da qual todos nós  compartilhamos todos, seja por ignorância, interesse ou omissão. O escritor também ressalta as pautas conservadores defendidas pelo deputado, contra direitos elementares dos homossexuais e das mulheres e a favor dos fabricantes de armas, assinalando que elas representam a opinião média do brasileiro.

Enviado por Odonir Oliveira

Do El País

 
Cunha é fruto de um sistema político podre, engendrado pela mentalidade nacional cínica
 
Luiz Ruffato
 
O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), vive uma situação bastante inusitada – e estranhamente confortável. Embora existam evidências concretas de que mantém contas secretas na Suíça, alimentadas por propinas amealhadas no esquema de corrupção da Petrobras, a ninguém interessa seu impedimento – nem ao governo, que passando por cima de questões éticas e morais, negocia de forma escandalosa a sobrevivência da presidente Dilma Rousseff, nem à oposição, que da mesma maneira, mas por razões contrárias, imagina-o um aliado contra o PT. A este ponto chegamos no Brasil: não há mais amigos, parentes, companheiros, seguidores, correligionários, apenas cúmplices.

O mais assustador é constatar que Eduardo Cunha é fruto de um sistema político podre, engendrado pela mentalidade nacional cínica, predatória e egoísta, da qual compartilhamos todos, por ignorância, omissão ou interesse. Hipocritamente conservador, Cunha, falando em nome de Deus, ergue bandeiras contra direitos elementares dos homossexuais e das mulheres e a favor dos fabricantes de armas. Discurso que repetem mesmo aqueles que torcem o nariz para o deputado, pois a maior parte da população refuta o aborto, odeia os gays e acredita que a solução para a violência urbana é cada um possuir seu próprio equipamento de defesa pessoal. Portanto, Cunha representa a opinião média do brasileiro e não só, como apontam alguns, mergulhados no preconceito, a visão de gente pobre e evangélica, responsável nas últimas eleições pela maioria dos 230.000 votos obtidos por ele em um dos estados mais progressistas da nação, o Rio de Janeiro.

Vale a pena repassar a carreira política de Eduardo Cunha, pois trata-se de uma trajetória emblemática. Economista, o jovem executivo tornou-se, em 1989, tesoureiro estadual da campanha de Fernando Collor à Presidência da República, a convite de Paulo César Farias, de triste memória. 

Como recompensa pelo seu desempenho, ganhou a presidência da Telerj, estatal de telecomunicações, onde teve seu nome envolvido em um escândalo durante o processo de implementação da telefonia celular no estado. No exercício do cargo, prestou um favor a Francisco Silva, dono da rádio Melodia, líder de audiência entre os evangélicos, arrumando-lhe uma linha telefônica, coisa raríssima na época.

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Contraponto 18.069 - "Lessa: Cerra é a gosma que nos devora"

 

29/10/2015

Lessa: Cerra é a gosma que nos devora

 

Ele não precisava se diminuir tanto

 
Conversa Afiada - publicado 28/10/2015
 

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O Conversa Afiada reproduz, da Carta Maior, entrevista de Carlos Lessa a Saul Leblon:

Carlos Lessa: Serra e a gosma que nos devora

 

'Se existe um déficit você tem que equacioná-lo buscando recursos onde há superávit. Quem tem sobra, as famílias assalariadas ou os bancos e rentistas?'

O que faz um intelectual apaixonado pelo Brasil que aos 80 anos, financeiramente resolvidos, convence-se de que seu caso de amor mergulhou em ‘uma gosma’, como ele classifica a situação atual do país?

Talvez jogasse a toalha para desfrutar o conforto privado e merecido.

Talvez, se o seu nome não fosse Carlos Francisco Theodoro Machado Ribeiro de Lessa, ou Carlos Lessa, como é conhecido e respeitado o economista em quem, mesmo adversários de ideias, reconhecem uma das inteligências mais provocantes do país, ademais de um frasista demolidor.

Lessa está angustiado, aflito com o Brasil. ’Eu e as torcidas de todos os brasões da nação’, começa.

Signatário de um manifesto encampado por alguns dos principais intelectuais brasileiroscontrários ao projeto do senador José Serra, de engessamento fiscal do Estado, Lessa, a exemplo de Maria da Conceição Tavares, foi tratado com desdém pelo tucano.

Entre outros vitupérios, o ex-governador de São Paulo, classificou seus críticos de ‘desinformados e pseudo-marxistas’.

‘Mas foram seus professores’, protestou inutilmente o senador petista Lindberg Farias, no dia 20/10, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado  --que voltará a examinar o assunto dia 3 de novembro, em sessão decisiva e ainda mais tensa.

‘Serra não precisava se diminuir tanto’, fuzila o professor emérito da UFRJ e ex-presidente do BNDES.

’Ofender pessoas com as quais ele teve reconhecida proximidade intelectual no passado, é ofender a si próprio. Lamento que tenha chegado a isso’.

No exílio chileno, nos anos 70, Serra conviveu intimamente com a família Lessa. A residência do economista, agora fustigado por ele, era um espaço da rotina do tucano, que então atribuía ao dono da casa seu aprendizado em economia.

‘Elogio em boca própria é vitupério’, desconversa o autor de ‘Quinze anos de política econômica’ (a industrialização do pós-guerra aos anos 60)’, obra apontada como uma continuação proposital de outro clássico –‘Formação Econômica do Brasil’, de Celso Furtado.

‘Mas desmerecer Conceição?’, indigna-se Lessa.

Uma das principais referências dos economistas heterodoxos, ‘Conceição’ deu a Serra, inclusive  --lembra Lessa-- a parceria em um texto famoso. ‘Além da estagnação’, obra de 1972, tornou-se um clássico, ao decifrar a perversidade intrínseca à acumulação capitalista no Brasil, harmoniosamente integrada à concentração de renda, contratada em 1964 à ditadura militar pelas elites golpistas de então.

‘Desfazer de Conceição?’, escande Lessa, como se dissesse: ‘quanta indignidade’.

‘Ver o destino do país jogado nessa goma da qual o projeto de Serra é um espessante, me aflige’, diz a voz grave.

O denominador comum da ‘gosma’, na visão do economista, é a panaceia do ‘corte’.

‘Cortar é tudo o que o discurso pantanoso tem a dizer sobre o nosso futuro, que assim deixa de existir’, desacorçoa.

Serra propõe 15 anos de retalhamentos.

‘O mais risível’, detona, ‘é que a esperteza quer sempre cortar do outro, nunca de si mesmo. Chegamos a essa situação pegajosa, na qual a nação chafurda e pode se perder’.

Cortar o quê, de quem, como e para quê?

Carlos Lessa cobra coerência nas respostas que não enxerga em nenhuma das tesouras mobilizadas para esquartejar e salgar as chances do desenvolvimento brasileiro.

‘Claro que eu também quero equilíbrio fiscal’, fustiga em direção a Serra. ‘Ninguém quer ver o Brasil caminhar para o encilhamento. Mas o que falta a Serra, e outros, é coragem para admitir o óbvio’, observa agora de forma pausada e pedagógica.

‘Se existe um déficit você terá que equacioná-lo buscando recursos onde há superávit. Estou certo?’, pede ajuda antes de uma pausa para respirar.

Em seguida metralha sem piedade: ‘Quem, afinal,  é superavitário hoje no Brasil; quem?’, esgrime a pergunta com repetidas estocadas. ‘Diga-me quem?’

Por certo não é a família assalariada, responde o economista agora de forma compassiva. ‘Tampouco o investimento, que há anos sequer resvala a mínima necessária ao crescimento sustentável, uma taxa da ordem de 20% do PIB, pelo menos’.

Depois de descartar o arrocho sobre a dívida pública – ‘uma ferramenta necessária, mas que no Brasil só cresce para pagar juro, ‘não para investir’, Lessa chega ao ponto do qual acusa Serra e outros de se afastarem covardemente.

‘Quem é superavitário nesta sociedade hoje, e há muito, são os bancos e os rentistas. Essa gente precisa ter brio e admitir um pacto, na forma de uma taxa,  para ajustar as contas fiscais, sem esmagar o emprego, o investimento público e os direitos sociais. Ou então afundaremos na gosma’, arremata o conferencista experiente, cujas frases hipnotizaram centenas de plateias acadêmicas e não acadêmicas por todo o Brasil.

Nascido em uma família da elite carioca, mas num tempo em que o futebol de rua conectava o berço rico à infância pobre da favela, Carlos Lessa não se dispensa do que cobra dos endinheirados institucionais.

‘Eu também acho que devo ter meus investimentos cortados para que se possa baixar a despesa do Estado com juros; hoje elas só servem para engordar a minoria e esmagar a capacidade fiscal do país’, sentencia sem concessão à hipocrisia.

O professor emérito da UFRJ, porém, não é ingênuo.

Lessa sabe que a repactuação política para a retomada do desenvolvimento não virá da generosidade dos detentores da riqueza financeira.

‘Falta bom senso para o Brasil sair da gosma. A legião do ajuste, na verdade, não se interessa pelo Brasil’, desfere para em seguida adotar um tom grave: ‘Dilma sabe onde está o problema. Já demonstrou isso. O que lhe falta é coragem. Um presidente precisa saber tomar paulada e persistir: existem condições para cortar os juros. Mas é forçoso ir além da esfera técnica’, observa agora em um tom de confidência: ’Um presidente precisa abraçar a discussão política do problema, e assim abrir espaço ao protagonismo da sociedade’.

O professor Carlos Lessa discorda dos que enxergam no mercado mundial uma atalho para o Brasil voltar a crescer, à margem dos seus interditos e impasses domésticos.

‘A globalização jaz em estado pantanoso’, avalia. Disputas e pendências históricas, no seu entender, estão sendo acirradas pela crise mundial. As tensões geopolíticas se avolumam. ‘O que vejo é a antessala de acirramentos bélicos, em uma palavra: guerra’, pontua com palpável angústia na voz.

O economista enxerga dois blocos em rota conflitiva: de um lado, os EUA e seus acordos transpacífico e transatlântico; de outro a China e sua diáspora de desembarques estratégicos em diferentes pontos do planeta. ‘A recuperação norte-americana fraqueja e a Europa definha’, acrescenta Lessa agregando peças ao seu painel de formações em marcha conflitiva pelo globo. ‘A Rússia está viva e quer ser o elo entre a eurásia e a Europa. Há um cheiro de pólvora no ar. Imigrantes são cerceados nas fronteiras; a extrema direita acaba de vencer na Polônia, a sexta economia da Europa... O Brasil pode se dar ao luxo de desperdiçar o mercado interno para se ancorar nessa areia movediça traiçoeira e carregada de minas?’, argui com gravidade.

A voz grave evidencia cansaço; a conversa precisa acabar. Não, porém, antes que esse brasileiro apaixonado pelo seu país, possa sinalizar linhas de passagem que, no seu entender, ainda resgatariam a economia da gosma espessada por ideias como as de Serra. ‘Nosso padrão de consumo melhorou inequivocamente’, pondera, ‘mas a qualidade de vida se deteriora. O país tem condições de escapar da gosma sufocante erguendo casas dignas para milhões de famílias, civilizando uma urbanização que concentrou 50% da população em 11 regiões metropolitanas conflagradas, erradicando de vez a fome na vida de nossa gente’, lista com realismo para fincar a estaca de esperança no meio da pasta disforme que desfigura seu sonho de Brasil: ‘Nada disso pressiona as contas externas. Estou falando de melhorar a qualidade de vida, gerar empregos e renda, mobilizando a única indústria realmente nacional que restou: a da construção. É isso ou a gosma; eu prefiro apostar nas possibilidades nacionais’, conclui e se despede agradecido, como se tivesse cumprido um dever: ’Obrigado’.
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Contraponto 18.068 - "Quem é o delegado Reinaldo Sobrinho da Zelotes?"

 

29/10/2015

 

Quem é o delegado Reinaldo Sobrinho da Zelotes?

 

O que ele fazia com os investigados?

Conversa Afiada - publicado 29/10/2015
 
 
delegado reinaldo
O delegado Reinaldo trabalhou com Richa e os delegados grampeadores


O Conversa Afiada reproduz o item #37 do documento em que a Juíza Bernardes aceitou o jabuti para vasculhar a empresa do filho do Lula:

DETERMINO que a autoridade policial providencie vista dos autos ao MPF (17.1) para que possa acompanhar as medidas ora deferidas e também (17.2) para que informe o juízo acerca das providências tomadas para esclarecer: (17.2.1) em que circunstâncias ocorreu a visita realizada por Reinaldo de Almeida Cesar Sobrinho, Delegado de Polícia Federal que já atuou no Núcleo de Inteligência Policial, ao investigado FERNANDO CESAR DE MOREIRA MESQUITA; (17.2.2) o fato de ter sido encontrado, na residência do investigado ALEXANDRE PAES DOS SANTOS, Relatório de Inteligência Policial da Polícia Federal (fls. 541/545);

A Juíza manda aí o Ministério Público Federal investigar o contato do delegado Reinaldo Sobrinho com investigado na casa de outro investigado.

Como é que é que?

Quem é o desatento delegado, que foi convocado para a força tarefa para investigar a Zelotes e que, em vez de vasculhar a Globo (RBS), vai atrás do auxiliar do Vanderlei Luxemburgo?

E se mete com investigado na casa de investigado?

Pra tratar de futebol americano?

Comentar o Super Bowl?

O desatento delegado foi o primeiro Secretário de Segurança do governador Richa, o patrono dos professores do Paraná.

Depois foi sucedido por notável delegado da PF, aquele que corre de professor, o impoluto Franceschini.

O delegado servia na Superintendência da PF do Paraná, onde a turma grampeia mictório de preso!

Viva a PF republicana do zé da Justiça.

De lá foi para a Zelotes.

O desatento delegado Sobrinho aparece também numa gravação da turma do notável empresário Carlinhos Cachoeira.

A Zelotes não encana empresário.

Mas se prepara para prender o filho do Lula e destituir a Dilma.

Com a notável contribuição do delegado Reinaldo Sobrinho.

O que o MPF fará para cumprir essa determinação da Juíza?

Provavelmente nada.

O MPF se afogou nas águas turvas de Furnas!

Veja os documentos:

Atualmente o delegado Dobrinho está lotado na Superintendência da PF em Curitiba.

Reinaldo de Almeida Cesar Sobrinho - De Abr/2010 a Fev/2011

Reinaldo de Almeida Cesar é bacharel em Direito pela Universidade Federal do Paraná. Ingressou na Policia Federal como delegado, em 1997 e está na ativa, posicionado na Classe Especial. Entre outras atividades, chefiou a Divisão de Cooperação Policial Internacional (Interpol) e foi instrutor de Policia Judiciária, na Academia da PF. Foi chefe da Assessoria Parlamentar da Policia Federal na gestão Agilio Monteiro Filho e atuou como porta-voz da Polícia Federal durante a gestão Armando Possa. Integrou o Gabinete de Crises da Presidência, no primeiro governo Lula e coordenou a missão de segurança prevista pela lei eleitoral, para o candidato do PSDB à presidência da República, nas eleições de 2006. Atuou como presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) de abril de 2010 até abril de 2012.

Leia na Gazeta do Povo:

Futuro secretário de segurança responde por desvio de verba

E na Folha de Maringá:

Revista Época insinua que Carlinhos Cachoeira indicou o secretário da Segurança do PR
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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Contraponto 18.067 - " Gilberto: 'quem vai lavar a honra dos meus filhos?' "

"Reajo hoje com a indignação de quem serve ao país há 19 anos com a honestidade que recebi dos meus pais e com o desejo central de mudar a vida dos pobres deste País. Reajo com a dor de um pai que vê seus filhos expostos à execração pública sem que nenhum fato, nenhuma acusação formal tenha sido contra eles apresentada", afirmou o petista.

Segundo ele, "a quebra dos sigilos fiscal e bancário apenas atestará de maneira definitiva o que afirmo": "Meu patrimônio pessoal se restringe à posse de uma chácara de 3 hectares na região do Entorno (Goiás), a um apartamento financiado por 19 anos no Banco do Brasil e um veículo que tem o valor de R$45.000,00. Minha filha era proprietária de uma empresa que infelizmente quebrou e tem uma dívida a pagar com bancos de pouco mais de um milhão de reais. Meus dois filhos são funcionários públicos com rendimentos em torno de R$5.000,00. Não tenho nada a esconder. E me orgulho de não ter acumulado bens".

"Não tenho medo de ser investigado e considero dever da Polícia Federal, da Receita Federal e de qualquer órgão de controle realizar a investigação que julgar necessária. Faz parte do ônus e dos deveres inerentes da vida pública. O que não vale e não pode é de maneira fantasiosa e leviana fazer interpretações ridículas de material apreendido com pessoas suspeitas e transformá-las em acusação, sem prova alguma, contra pessoas honradas e dar publicidade a tais interpretações como se verdades fossem. Quem vai lavar a honra de meus filhos enxovalhada por tal irresponsabilidade? Basta ter acesso ao relatório da Receita Federal e da Polícia Federal colocados ontem a público para constatar o que afirmo", complementa.

Na nota, ele repete o que afirmou em depoimento à Polícia Federal. "Desafio que provem o contrário: recebi o Sr. Mauro Marcondes, na condição de vice-presidente da Anfavea, que estava em busca de audiência com o Presidente Lula. As mensagens eletrônicas trocadas foram sempre por meio do e-mail oficial. Nunca o encontrei fora do meu gabinete. Nunca tratei com ele do mérito da MP 471, ou da MP 512, aprovadas por unanimidade no congresso com elogios de vários próceres da oposição, porque beneficiavam o desenvolvimento do setor automotivo no País e particularmente no Nordeste e Centro Oeste. Jamais o Gabinete do Presidente Lula teve em qualquer momento participação em negociatas desta natureza. E não há nenhuma acusação sustentável a respeito disso. Estou tomando as providências jurídicas cabíveis para não apenas fazer a defesa de minha família como para responsabilizar a todos que de maneira leviana e irresponsável atacam a honra de quem sempre lutou pela justiça", diz.
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Contraponto 18.066 - "Moro escreveu texto de juíza que determinou buscas na empresa de Lulinha?"

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28/10/2015 

 

Moro escreveu texto de juíza que determinou buscas na empresa de Lulinha?

 
Do Cafezinho -
Moro03

É o fundo do poço do golpismo judicial, o herdeiro do golpismo militar de 64.


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Do Facebook de Laerte Braga.

Os advogados de defesa dos réus na Operação Lava Jato notaram que a decisão da juíza Célia Regina Ody Bernardes, que determinou as buscas na empresa do filho de Lula, traz trechos idênticos aos usados pelo juiz Sérgio Moro em suas decisões. São várias as cópias de partes das decisões de Moro. Isso significa com clareza que o texto da juíza foi feito por Moro e assinado por ela.

É um golpe que joga o Judiciário mais ainda no fundo do poço da corrupção, desqualifica juízes, no caso juíza e explica os elogios de Moro à sua “colega”, feitos publicamente. Onde está o CNJ (Conselho Nacional de Justiça)? E onde fica o Supremo Tribunal Federal (STF)? Uma juíza que se presta a esse tipo de papel, além de ser parte do golpe, se mostra incompetente para uma decisão de natureza simples.

O caso é grave, gravíssimo, não pode passar em branco sob pena de cumplicidade dos tribunais superiores e do CNJ com esse tipo de prática. O Judiciário refém de um juiz corrupto, ligado a um partido político e em franca atividade golpista. Por que acusados tucanos são tratados de forma diferenciada? Por que o nome de Aécio, citado várias vezes pelo doleiro Youssef não aparece? O Brasil, em todas as manobras golpistas, no Judiciário e no Legislativo, respaldadas pela mídia e pelas elites interessadas em recolonizar o País, está mergulhando numa crise sem tamanho e nem faço juízo de mérito do governo Dilma, do qual discordo, da qual a saída será dolorosa se não houver reação.

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