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18/10/2015
Núcleo duro de Dilma prevê queda de Cunha 'em dias'
Brasil 247 - 18 de Outubro de 2015 às 07:00
Avaliação de assessores da presidente Dilma, que a
acompanham em viagem à Suécia neste fim de semana, é de que a queda do
presidente da Câmara é iminente e se dará em questão de dias; na opinião
de um ministro, o agravamento das denúncias e o isolamento de Eduardo
Cunha (PMDB-RJ) na Câmara, que tem perdido o apoio de aliados, deixa a
situação do deputado insustentável; o peemedebista já perdeu também
apoio no Conselho de Ética na Câmara, onde o presidente, José Carlos
Araújo (PSD-BA), quer acelerar a investigação contra ele por quebra de
decoro parlamentar e, em caso de condenação, sua possível cassação
247 – O
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve cair em questão de
dias, avaliam assessores da presidente Dilma Rousseff que viajam com ela
para a Suécia neste fim de semana. Dilma desembarcou neste sábado em
Estocolmo por volta de 17h no horário local (12h em Brasília).
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A presidente está acompanhada de ministros – Mauro Vieira, das
Relações Exteriores, Armando Monteiro, do Desenvolvimento, Aldo Rebelo,
da Defesa, e Celso Pansera de Ciência e Tecnologia – e do secretário de
Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia. Até o momento, Dilma
evitou falar com a imprensa..
De acordo com relatos do jornalista Leandro Colon, que viaja com a comitiva, os ministros assistiram juntos, na noite de sexta-feira, à reportagem do Jornal Nacional que mostrou os documentos pessoais de Cunha ligados a contas secretas na Suíça, por onde teriam passado milhões em propina.
A reação ao noticiário, segundo o repórter, foi de "espanto", e a avaliação foi de que a situação ficou insustentável para Cunha. Entre os motivos para a conclusão, além do agravamento das denúncias, está o fato de que deputados que apoiaram o peemedebista até agora estão se afastando.
Cunha já perdeu, por exemplo, o apoio no Conselho de Ética da Câmara, onde será investigado a pedido dos partidos PSOL e Rede, e com apoio de metade da bancada do PT, por quebra de decoro parlamentar. O presidente do Conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA), quer acelerar o caso. "Quero fazer o mais rápido possível. Quanto mais rápido eu sair deste problema, melhor para mim", disse.
De acordo com um ministro, o desafio agora é encontrar um nome de consenso para substituir Cunha, a fim e acalmar o clima na Casa e possibilitar a aprovação de reformas propostas pelo governo pela arrumação da situação fiscal e contra a crise econômica, como a volta da CPMF. Durante a viagem, Dilma evitou falar de Cunha.
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