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09/12/2015
O golpe morreu! Fachin acabou com a farra dos ratos
Palavra Livre - 09/12/2015
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Por Davis Sena Filho
O impeachment morreu! O ministro do
STF, Luiz Edson Fachin, suspendeu a criação da Comissão "Especial" do
Golpe Parlamentar, à frente do golpismo o cadáver político, deputado Eduardo
Cunha, com o apoio, irrestrito, do senador playboy, Aécio Neves e Cia, a ter
seu guru, Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I —, a tagarelar na imprensa
alienígena e a apagar a fogueira da crise política com gasolina. Para resumir,
o juiz Fachin acabou com a farra dos ratos.
Somente esqueceram de avisar aos
golpistas de direita, que vão entrar na história como moleques irresponsáveis,
independente do cargo que ocupam e a função que exercem, tanto no sistema
Judiciário quanto no Legislativo, bem como na imprensa mediocremente de mercado
dos magnatas bilionários, que odeiam o Brasil e desejam ver o povo brasileiro
cativo para sempre, porque longe de sua emancipação econômica e social.
O golpe morreu! Porém, principalmente,
esqueceram de avisar ao presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, que,
mesmo a se transformar em um cadáver político e moral, insiste na ousadia de
dar continuidade ao golpe, intenção esta que ele já anunciava ainda quando era apenas
um deputado da bancada do PMDB, mas que há anos se aliava à oposição liderada
pelo PSDB e o DEM, que vem a ser o pior partido do mundo, como já disse
anteriormente.
O pior do planeta por se tratar de uma
agremiação política que ainda se encontra nas fazendas de escravos dos senhores
de gado e engenho do século XIX. A resumir: violência, atraso e retrocesso.
Este é o DEM, o aliado do igualmente predador do Brasil, o PSDB, que, maus
perdedores de veias golpistas, lutam, incessantemente, há mais de um ano para
que a presidente Dilma Rousseff, eleita em outubro de 2014 pelo voto do povo,
seja derrubada por um golpe paraguaio ou seja lá o que for ou valha.
Somente no Brasil, e com a aquiescência
de uma classe média coxinha e de uma casa grande de caráteres predominantemente
e historicamente golpistas, que um político da estirpe do Cunha, envolvido com
inúmeras falcatruas, crimes e corrupções tem a liberdade de aceitar e dar
celeridade a um processo de impeachment contra uma mandatária que, não me canso
de repetir, não cometeu crimes comuns e de responsabilidade. Este é o cerne da
questão. Ponto.
A derrubada de uma presidente
constitucional e eleita legalmente por motivos torpes e sórdidos é um fato
gravíssimo e pode terminar com muita violência nas ruas e com rupturas
institucionais e constitucionais por se tratar de perfídia, que já teve
precedentes ainda mais trágicos para o povo brasileiro, como o golpe
civil-militar de 1964, que se transformou na ditadura mais longa e violenta da
história do Brasil, que durou 21 anos. E ainda, cinicamente e hipocritamente,
foi apelidada por seus apoiadores de "A Redentora".
A militância da mentira e do ódio não
vai vicejar no Brasil, porque as forças legalistas e progressistas não vão
permitir que tal militância ou milícia, totalmente descomprometida com a Nação,
a transforme, mais uma vez, em uma republiqueta das bananas, tal qual as almas
e os espíritos de golpistas do passado e do presente, que nunca respeitaram o
povo e sempre acondicionaram o Brasil em uma situação de País subdesenvolvido,
dependente, dominado e à mercê de roubalheiras e de piratarias praticadas por
países ricos e imperialistas.
Países e seus governos colonialistas,
que tem como aliada, fiel e inconteste, a burguesia e a pequena burguesia
brasileiras, subalternas, subservientes, portadoras de inenarráveis e
incomensuráveis complexos de vira-latas, pois, indelevelmente, inimigas
históricas do Brasil. Combater o golpe significa impedir que forças
"ocultas", digo as que estão ainda invisíveis, mas a apoiar os
golpistas de linha de frente, a exemplo do juiz e político de direita, Gilmar
Mendes, do deputado Eduardo Cunha, do senador Aécio Neves, do juiz e político
também de direita, Sérgio Moro, bem como em geral os aliados do PSDB, como os
magnatas bilionários de imprensa, além dos grandes capitães da indústria e do
mercado financeiro nacional e internacional.
Enfrentar essas forças reacionárias não
é brincadeira; não é fácil. Tem de ter disposição, porque as tentativas de se
concretizar o golpe são intermitentes. O golpista não cansa e não pára, porque
derrubar do poder uma mandatária que não incorreu em crimes de responsabilidade
se tornou uma obsessão, de forma que o PSDB e seus cúmplices e conspiradores
não apresentam soluções, programas de governo e projeto de País, porque
simplesmente a demotucanada não tem e nunca teve. Essa gente se recusa a pensar
o Brasil há 515 anos.
Contudo e apesar de tudo, a farra dos
ratos acabou pelas mãos e sensatez do magistrado Fachin, bem como não adianta
mais o vice-traidor-chorão, Michel Temer, afirmar que a comissão
"especial" do golpe parlamentar é legítima e foi efetivada em pleno
processo democrático, quando a verdade é que Temer, como constitucionalista que
é, sabe muito bem que Eduardo Cunha e seus adjuntos burlaram o regimento
interno da Câmara, golpearam as regras e normas para que a bancada governista
não tivesse maioria nesse colegiado.
Acabou a patuscada, a pândega, a
bagunça e a molecagem da oposição demotucana e de seus aliados de partidos
menores. O País é sério. Quem não quer ser séria é a oposição. Quem não são e
nunca foram sérias são as casas grandes deste País. Seus inquilinos de poses e
modos "aristocráticos" nunca se sujeitaram ao jogo democrático,
porque são politicamente antidemocráticos, apesar do discurso a favor da
democracia, que, todavia, contrapõe-se às rotinas de suas ações e realidades
históricas.
O STF, apesar de ter ministros com a
estatura menor de Gilmar Mendes, percebeu rapidamente que o impeachment estava
a vir a galope, a despeito de Eduardo Cunha ser brevemente denunciado pela
Procuradoria Geral da República, Rodrigo Janot, bem como a Comissão de Ética
prometeu analisar ainda hoje o relatório que pede a cassação do presidente da
Câmara.
Eduardo Cunha, Aécio Neves, Gilmar
Mendes, dentre muitos outros, mostram-se perigosos para a estabilidade
politico-institucional do País. Essas pessoas são perigosas, porque não são
políticos e servidores públicos compromissados com os interesses do Brasil. Já
deixaram isto claro a vida toda, pois é desta forma que a direita age, porque é
uma questão ideológica, de valores e princípios. A direita é entreguista, olha
para o povo de forma imperialista, como os países imperialistas olham para as
nossas "elites" subalternas e colonizadas em termos sociais,
políticos e econômicos. É o que acontece. É fato e realidade. Pode acreditar.
Considero inacreditável que o Brasil,
depois de quase 30 anos da redemocratização, além dos 33 anos das primeiras
eleições livres para governadores, em 1982, tenha de se submeter aos ditames e
caprichos de uma direita irresponsável que luta, de todas as formas e maneiras,
para conquistar o poder, mesmo ao preço de um golpe contra uma presidente
constitucional, eleita pelo povo, sem se preocupar, inclusive, com a economia
do País e com os empregos dos trabalhadores brasileiros. Os golpistas são
realmente irresponsáveis.
A verdade é que o PT, os movimentos
sociais e de trabalhadores e o sistema legalista, nos âmbitos privado e
público, tem de ir para cima dos golpistas. O Brasil não pode retroceder ao
ponto de voltar aos anos terríveis e sombrios de 1954 e 1964, quando o
estadista gaúcho, Getúlio Vargas, matou-se e adiou o golpe por dez anos, quando
o grande presidente e igualmente gaúcho, João Goulart, foi derrubado por uma
quartelada apoiada por grandes empresários, com o apoio logístico e financeiro
dos Estados Unidos — a terra do Tio Sam, aquele que bombardeia países para
invadi-los e depois roubar suas riquezas. O ministro Fachin acabou com a farra
dos ratos. O golpe morreu! É isso aí.
NADA É MAIS PARECIDO COM O CARLOS LACERDA. | . |
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