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17/12/20215
No 1º round, Dilma vence batalha das ruas
Brasil 247 - 16 de Dezembro de 2015 às 21:48
As manifestações desta quarta (16) em defesa da
democracia, contra o golpe e pela deposição do presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que ocorreram em todo o país, foram mais fortes
e reuniram mais pessoas do que os atos pró-impeachment do último
domingo (13); para se ter uma ideia, em São Paulo, mais de 55 mil
pessoas se manifestaram contra o golpe, de acordo com o Datafolha; o
número supera os manifestantes do ato de domingo, que reuniu 40 mil,
segundo o mesmo instituto; um dos líderes do MST, Gilmar Mauro afirmou
que o ato deve "colocar uma pá de cal" no impeachment; o movimento
também uniu lideranças da esquerda: “Existem três bandeiras que unificam
a esquerda e estamos nas ruas por elas. Hoje marca o início de uma nova
situação no país. Os movimentos precisam se organizar para lutar”,
disse Jorge Paz, candidato a vice-presidente na última eleição na chapa
encabeçada por Luciana Genro, do PSOL; as três bandeiras a que ele se
refere são o “não vai ter golpe”, o “fora Cunha” e o “fim do ajuste
fiscal”; os protestos pró-Dilma ocorreram em 25 Estados e no Distrito
Federal
247 - O
primeiro round das ruas, após o pedido de impeachment ser aberto na
Câmara, foi de vitória para a presidente Dilma Rousseff. As
manifestações desta quarta-feira (16) em defesa da democracia, contra o
golpe e pela deposição do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
que ocorreram em todo o país, foram mais fortes e reuniram mais pessoas
do que os atos pró-impeachment que aconteceram no último domingo (13).
Para se ter uma ideia, em São Paulo, mais de 55 mil pessoas se
manifestaram contra o golpe, de acordo com o Datafolha. O número supera
os manifestantes do ato de domingo, que reuniu 40 mil, segundo o mesmo
instituto.
Um dos líderes do MST, Gilmar Mauro afirmou que o ato deve "colocar uma pá de cal" no impeachment e que o próximo passo será cobrar da presidente a discussão das "pautas dos trabalhadores".
Já o coordenador-geral da Central de Movimentos Sociais, Raimundo Bonfim disse que a reunião é uma oportunidade para Dilma "entender quem é que está com ela".
Coordenador do MTST, Guilherme Boulos afirmou que "esse impeachment é uma saída à direita para a crise" e também disparou contra o vice-presidente, Michel Temer: "Quer escrever carta, vai trabalhar nos Correios", atacou, em referência à carta enviada a Dilma no último dia 7.
O movimento também uniu a esquerda contra o golpe da oposição: “Existem três bandeiras que unificam a esquerda e estamos nas ruas por elas. Hoje marca o início de uma nova situação no país. Os movimentos precisam se organizar para lutar”, disse Jorge Paz, candidato a vice-presidente na última eleição na chapa encabeçada por Luciana Genro, do PSOL; as três bandeiras a que ele se refere são o “não vai ter golpe”, o “fora Cunha” e o “fim do ajuste fiscal”.
Os protestos pró-Dilma ocorreram em 25 Estados e no Distrito Federal.
Em outros Estados, os números também foram representativos:
No Rio, a CUT divulgou que por volta das 18h calculava em 6 mil os manifestantes reunidos na Cinelândia. A Polícia Militar não divulgou números em relação à presença de manifestantes. Na terça-feira da semana passada (8), cerca de cinco mil pessoas participaram de um protesto contra a proposta de impeachment no Rio. O movimento foi batizado de “Compromisso pelo desenvolvimento”.
Em Brasília, a Polícia Militar estimou a presença de 3 mil pessoas. Os organizadores falavam em 15 mil.
Em Manaus, a caminhada teve início por volta de 17h (19h Brasília) e encerrou às 19h (21h Brasília). Representantes de cerca de 20 entidades sindicais caminharam da Avenida Getúlio Vargas até a Avenida Eduardo Ribeiro, no Centro da capital. Os organizadores divulgaram um total de dois mil participantes, mas a PM-AM informou que o número foi de aproximadamente mil manifestantes.
Em Natal (RN), o ato a favor do governo Dilma Rousseff, segundo os organizadores do evento, reuniu 10 mil pessoas. A Polícia Militar estimou em 8 mil pessoas.
Em Aracaju (SE), cerca de 4 mil pessoas, segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), participaram do Dia de Mobilização Nacional Contra o Golpe e pelo Fora Cunha. No ato de domingo, foram cerca de 500 pessoas.
Em Vitória (ES), a manifestação contra o impeachment reunia 200 pessoas no centro no fim da tarde.
O número foi contabilizado pela Polícia Militar no início do ato, na Praça Oito. A PM não tinha os números finais da manifestação. Os organizadores falavam em 1,5 mil pessoas.
Em Fortaleza (CE), quatro mil manifestantes, segundo os organizadores, e 1,5 mil conforme a PM, saíram pelas ruas centrais no movimento "Fica Dilma e Fora Cunha".
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