22/12/2015
Resposta ao editorial de o Globo que chama o pré-sal de “patrimônio inútil”
Blog Gilson Sampaio - terça-feira, 22 de dezembro de 2015
Via Emanuel Cancella.
Emanuel Cancella
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A Globo, em seu editorial de
domingo, 20, destila ódio contra a
Petrobrás. “O pré sal pode ser patrimônio inútil”. Entendo a ira global contra
a Petrobrás, mãe do seu filho mais pródigo, o pré-sal. Já na década de 90, a
Globo comparava a Petrobrás a um “paquiderme” e chamava os petroleiros de
“marajás”, numa campanha que visava manchar a imagem da empresa. Na ocasião, os
petroleiros reagiram a essa farsa global e fomos, em passeata, até o Jardim
Botânico, sede da Globo, para protestar contra Roberto Marinho, mas eles não
desistiram.
A mais contundente resposta a
essas difamações foi o pré-sal que já produz mais de hum milhão de barris por
dia, o suficiente para abastecer juntos todos os países do MERCOSUL. Essa é uma
resposta muito dura para a empresa dos marinhos a Globo, sendo uma empresa
decadente que vive a perder audiência e a demitir jornalistas, sua principal
mão de obra.
Um deles, talvez o mais
brilhante, com certeza o mais probo, Sidney Resende, que foi demitido pelo todo
poderoso, Ali Kamel, chefe do jornalismo da empresa, por postar em seu facebook
a seguinte frase: “Se pesquisarmos a quantidade de boçalidades escritas por
jornalistas e ‘soluções’ que, quando adotadas, deram errado, daria para
construir um monumento maior do que as pirâmides do Egito. Nós erramos. E não é
pouco. Erramos muito.” Rezende continuou: “O Governo acumula trapalhadas e elas
precisam ser noticiadas na dimensão precisa. Da mesma forma que os acertos
também devem ser publicados. E não são. Eles são escondidos. Para nós,
jornalistas, não nos cabe juízo de valor do que seria o certo no cumprimento do
dever”.
A fama da Globo vai longe. Deu no
New York Times: “Rede Globo, a ‘TV irrealidade’ que ilude o Brasil”
A Petrobrás tem sido a principal
vítima da Globo e seus erros mostram uma incompetência que vai muito além da
região do pré-sal, ela é abissal, onde a luz do sol jamais chega, talvez essa
escuridão dificulte o entendimento da
Globo. O Custo de produção do pré-sal é de US$ 9/barril, dito em 2015 pela
diretora da Petrobrás, Solange Guedes, em Houston, na palestra para as
multinacionais de petróleo e diante dos maiores especialistas do mundo. Esse é um dos menores custos de produção no
mundo, só conseguido graças à alta produção dos poços do pré-sal.
Se a Globo faz campanha
diuturnamente desclassificando a Petrobrás, o mundo a exalta quando lhe
concede, pela terceira vez, o principal prêmio da indústria do petróleo, o OCT.
Além de premiada, a Petrobrás foi a empresa que conseguiu a maior capitalização
da história do capitalismo, em 2010. E para que não falem que isso é coisa do
passado, a Petrobrás, em 2015, conseguiu vender, de forma relâmpago, US$ 2,5
Bi, em Nova York, com títulos que só serão resgatados depois de cem anos.
Esse sucesso incomoda! Além disso, a
Petrobrás, depois de abastecer de derivados de petróleo o Brasil há 62 anos, ininterruptamente, participa em 13%
do nosso PIB. E o pré-sal, que a Globo de forma irresponsável chama de
“patrimônio inútil”, vai garantir nosso abastecimento no mínimo nos próximos 50
anos. E o petróleo continua a ser a principal matriz energética no planeta.
Também é o petróleo, que a Globo
trata como inútil, o centro da maioria das guerras contemporâneas como no
Iraque e Afeganistão. Além de guerras, os EUA fazem todo tipo de artimanha como
a tentativa de derrubada de governos na Venezuela, onde se localiza a maior
reserva de petróleo do planeta, ultrapassando a Arábia Saudita, já que os
últimos presidentes do país não têm sido subservientes aos interesses yankees;
como também no Brasil, onde está havendo uma gigantesca conspiração contra o
governo federal e a Petrobrás, e para isso usam pessoas chamadas de “brasileiras”, como parte da mídia e alguns
deputados e senadores entreguistas. Isso tudo é porque o EUA, para quem não
sabe, é o maior consumidor de hidrocarboneto da terra, entretanto só possui
petróleo para apenas os próximos três anos conspirando assim, em outros países,
para abocanhar o petróleo alheio.
A mídia, e principalmente a
Globo, tenta fazer agora com a Petrobrás
o que fez com a Vale do Rio Doce, maior mineradora de ferro do mundo, no
governo de Fernando Henrique Cardoso, depreciando-a através de campanhas
sórdidas na mídia, para facilitar a sua
venda, a Vale foi vendida a preço irrisório. Com a Petrobrás, a campanha de
privatização de FHC e da mídia, principalmente da Globo, falhou! Conseguimos
barrar a privatização da Petrobrás, nessa ocasião, década de 90, graças a maior
greve de petroleiros da história, de 32 dias, e o ato na porta da Globo. Será
que teremos que voltar à porta da Globo?
Rio de Janeiro, 20 de dezembro de 2015
OAB/RJ 75 300
Emanuel Cancella é coordenador do
Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da
Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).
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OBS.: Artigo enviado para
possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre
outros órgãos de comunicação
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