terça-feira, 4 de agosto de 2009

Contraponto 55 - Marolinha mesmo (2)

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Na crise, 503 mil brasileiros saíram da pobreza

Pedro Peduzzi Repórter da Agência Brasil

Elza Fiúza/ABr
Brasília - O presidente do Ipea, Márcio Pochmann,
divulga o estudo Desigualdade e Pobreza no Brasil
Metropolitano Durante a Crise Internacional:
Primeiros Resultados

Brasília - O presidente do Ipea, Márcio Pochmann, divulga o estudo Desigualdade e Pobreza no Brasil Metropolitano Durante a Crise Internacional: Primeiros Resultados
Brasília - O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) calculou que, apesar dos efeitos nocivos da crise mundial iniciada há um ano, 503 mil pessoas deixaram a condição de pobreza nas seis principais regiões metropolitanas do país. O levantamento do Ipea comparou o número de pobres existentes, no Brasil, antes e durante a crise financeira internacional.

“De 2002 para cá, temos 4 milhões de pessoas a menos vivendo em condições de pobreza no conjunto dessas seis regiões. Na comparação do período atual com o período anterior à crise, verificamos que 503 mil pessoas saíram da pobreza”, disse o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, no lançamento do estudo Desigualdade e Pobreza no Brasil Metropolitano Durante a Crise Internacional: Primeiros Resultados.

O estudo abrange as regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, do Rio de Janeiro, de São Paulo e Porto Alegre. Segundo Pochmann, parte da redução se deve às políticas nacionais que visaram proteger a base da pirâmide social.

“Houve uma série de decisões que ajudaram a criar uma rede de proteção social àqueles segmentos mais vulneráveis da população brasileira”, afirmou o presidente do Ipea. “Entre elas, houve a elevação do salário mínimo e a ampliação do programa Bolsa Família, que impediram que o Brasil aumentasse a pobreza, como havíamos observado em outros momentos de crise”, completou.

O estudo comparou o número de pobres entre outubro de 2007 e junho de 2008 com o do período entre outubro de 2008 e junho de 2009. Das 503 mil pessoas que saíram da condição de pobreza – cuja renda per capita da família é de meio salário mínimo –, quase 63% localizavam-se na região metropolitana de São Paulo.
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