sábado, 31 de outubro de 2009

Contraponto 594 - "Seguindo o exemplo do cara"


31/10/2009

"Seguindo o exemplo do cara"


Cristina apresenta seu ‘Bolsa-Família’
Jornal do Brasil - A presidente argentina, Cristina Kirchner, anunciou ontem um benefício de US$ 47 mensais para filhos menores de 18 anos com pais desempregados ou que trabalhem na informalidade. Para que os menores recebam o benefício, devem estar cumprindo o ciclo escolar obrigatório, caso tenham idade correspondente, e os pais devem garantir que as crianças até cinco anos estejam com sua vacinação em dia. O programa lembra o Bolsa-Família, do governo brasileiro.
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Contraponto 593 - Chico Buarque e as lutas sociais


31/10/2009
Chico Buarque assina manifesto contra a criminalização
das lutas sociais e a CPI do M
ST

Chico Buarque e Lula

Os amigos do Presidente - Por: Helena™ . Sexta-feira, Outubro 30, 2009

Chico Buarque de Hollanda, se juntou aos intelectuais do Brasil e do exterior, como, Eduardo Galeano, do Uruguai, Luiz Fernando Veríssimo,o crítico literário e professor Antonio Candido, o cientista político Chico de Oliveira e o filósofo Paulo Arantes, entre outras pessoas que já haviam assinado o manifesto, que está circulando por diversos países, inclusive Portugal onde ganhou a adesão do sociólogo Boaventura de Souza Santos, um dos ideólogos do Fórum Social Mundial, também assinou um manifesto "contra a violência do agronegócio e a criminalização das lutas sociais e contra a CPI do MST".

Vai dar em nada? É o que dizem

Difícil vingar a CPMI do MST em pleno mês de novembro em tempos de novas eleições. Até a ideia de investigar o outro lado, a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), foi ventilada para manter os trabalhos. Articulações para o controle da comissão com a presidência e relatoria na Câmara e no Senado podem não dar frutos.
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Contraponto 592 - Formadores de opinião


31/10/2009
Generosidade no dia de Finados

Viomundo - Atualizado e Publicado em 30 de outubro de 2009 às 21:30
por Jeferson Melo, jornalista

“E aí vocês vão compreender porque a figura do chamado formador de opinião pública, que antes decidia as coisas nesse país, já não decide mais”. A aguda simplicidade da frase do presidente Lula, dirigida aos jornalistas que cobriam um evento em São Paulo, guarda uma verdade complexa e diz respeito à série de mudanças que atingem e redefinem, numa velocidade espantosa, o modo como se opera a comunicação social nesse início de século.

A constatação que os ditos formadores de opinião perderam importância mexeu com os brios da “mídia” brasileira, principalmente por expor um fato amplamente comprovado. Os “formadores de opinião” alcançaram alguma importância no início da década de 90, mas hoje, quase 20 anos depois, se tornaram irrelevantes. O próprio presidente Lula e sua popularidade estratosférica são o melhor exemplo da verdade contida no enunciado.

Assim como estabilizou sua aprovação popular na casa dos 80%, o presidente alcançou a unanimidade entre os articulistas, editorialistas, colunistas, comentaristas, pauteiros e até entre editores e repórteres da chamada grande imprensa. Quase todos, diariamente, se dedicam a atacar, distorcer e criticar negativamente todos os atos e ações do governo. E quando isso não é possível, a solução recorrente é a omissão dos fatos. E, mesmo assim, não se altera a percepção dos brasileiros.

A estratégia das empresas de comunicação brasileiras é adotada no momento em que o acesso à internet se expande e se consolida no país. Nesse meio, um turbilhão de informações está disponível ao cidadão, que pode ter acesso à fonte primária da notícia, além de opiniões distintas e variadas sobre qualquer tema de interesse. Gratuitamente. Os jornais, ao contrário, editorializaram a notícia e eliminaram a diversidade de opinião. Nos veículos brasileiros, independente de quem assina, o conteúdo pertence à mesma matriz ideológica. Uma ladainha monótona, com conclusão previamente conhecida. Não comporta análises, nem reflexões. É dispensável.

A última pesquisa Ibope Nilesen On Line mostra que 64,8 milhões de brasileiros já acessam a internet. Concomitantemente, o país registra a maior mobilidade social de sua história, com mais de 30 milhões ingressando na classe média. Gente que passou a consumir bens e produtos, entre os quais, a informação. E não é informação de jornal, porque estes registram retrações históricas de vendas, chegam aos números de tiragens de jornal de bairro. Também não é a informação veiculada nos velhos telejornais, que perdem o monopólio da audiência.

A lenda em torno do poder dos formadores de opinião ganhou corpo na década de 90, quando ainda vigorava a chamada “teoria da pedra no lago”, que recorria à imagem para comprovar que uma opinião emitida por determinada pessoa ou veículo se difundia através de ondas concêntricas para atingir parcela significativa da população. Com os blogs, sites, portais, páginas de relacionamentos, grupos sociais pendurados na internet, a água do lago perdeu a serenidade.

Receptores se transformaram em emissores. O lago é apedrejado diuturnamente. É uma babel onde o editorial, artigo ou reportagem da última edição faz tanta onda quanto a postagem de alguns blogueiros. Com a força que a crítica da mídia ganhou na internet, opiniões ou notícias publicadas pelos veículos tradicionais alcançam alguma relevância quando são alvos da desconstrução por parte dos blogs dedicados ao tema. Esse processo, estimulado pela falta de compromisso com a verdade por parte de quem noticia, mina o maior patrimônio de um veículo de comunicação: a credibilidade.

A internet produziu outro fenômeno, que é a difusão da informação de maneira colaborativa. Determinado assunto é debatido por diversas pessoas, que oferecem detalhes, novidades, opiniões e abordagens distintas sobre a questão em pauta. Tece-se uma rede ou uma corrente de opinião, cujos elos são mais fortes e perenes que ondinhas no lago. São recorrentes os exemplos em que os navegantes interferiram no rumo dos veículos ou no curso da história.

Casos como a farsa em torno dos atentados de Madri, em 2004, cuja versão que atribuía a autoria ao ETA para favorecer a eleição de Jose Maria Asnar foi desmentida. E também a coleção de pseudo-fatos gerados pela Folha de São Paulo, que incluem a tentativa de amenizar a ditadura militar no Brasil, classificando-a como “ditabranda”, neologismo do ditador Pinochet; o spam com a ficha fajuta da ministra Dilma Rousseff; ou o mexerico sobre “agilizar” processos na Receita Federal. Todos provocaram correntes de protestos e também de chacotas tendo como alvo o próprio jornal.

Uma rápida observação na escalação do time dos formadores de opinião brasileiros endossa a observação do presidente. O grupo se reduz a figurinhas carentes de credibilidade e adestradas para repetir um discursinho ultrapassado. Alguém, além dos senadores do DEM ou do PSDB, leva a Veja e seus colunistas a sério? Qual a importância das “análises” de Miriam Leitão ou de Lúcia Hipolyto, inimigas da lógica e divorciadas da realidade. Arnaldo Jabor, macaqueando asneiras na tela da TV influencia algo além do discurso do Agripino Maia para um plenário vazio? Ou o formador de opinião é o Willian Bonner, interpretando uma expressão indignada após exibir mais uma reportagem com discurso do presidente Lula. Dora Kramer e Eliane Catanhede, quando muito, incomodam suas manicures com seus discursos.

Engana-se quem pensa que o presidente Lula jogou uma pá de cal no formador de opinião. Ao expor a irrelevância alcançada por essa turma, ele generosamente depositou flores em túmulos abandonados.
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Contraponto 591 - "Lula diz que Brasil fez bem em hospedar Zelaya em sua embaixada"


31/10/1009

Lula diz que Brasil fez bem em hospedar Zelaya em sua embaixada

Agência Brasil - Luciana Lima
Enviada Especial

Caracas (Venezuela) - Pouco antes de deixar a Venezuela de volta para o Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou o acordo proposto para pôr fim à crise política em Honduras. Lula ressaltou que o Brasil fez bem em hospedar o presidente deposto Manuel Zelaya em sua embaixada, em Tegucigalpa.

“Eu dizia que ele era nosso hóspede, estava em nossa casa e ninguém iria tirá-lo de lá. O Brasil fez bem em tomar essa posição e no fim prevaleceu a verdade. O Brasil fez o que qualquer país no mundo faria”, disse Lula ao deixar a região de El Tigre, a 450 quilômetros de Caracas, onde, junto com o presidente Hugo Chávez participou de primeira colheita de soja em território venezuelano.

O presidente brasileiro afirmou ainda que a “lição” que fica do episódio é que “ninguém aceita mais um golpe militar". Lula disse ainda que a expectativa agora é de que o acordo seja cumprido.

"Houve uma acordo e espero que seja cumprido. O Micheletti [Roberto Micheletti, chefe do governo golpista] descobriu que não é possível governar contra a vontade da maioria. Quando se tem a maioria já é difícil, agora quando está tudo contra é muito mais difícil”, disse.

De acordo com Lula, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, conversou ontem (29) com presidente deposto de Honduras Manuel Zelaya, que manifestou sua satisfação com o acordo.

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, também comentou o acordo e disse esperar que o presidente do Estados Unidos, Barack Obama, pressione para que o acordo seja realmente cumprido. Chávez falou ainda que Zelaya conversou com o vice-chanceler venezuelano Francisco Arias a quem disse acreditar que tudo estará resolvido em no máximo 48 horas.
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Contraponto 590 - Mensalão tucano no STF


31/10/2009
STF julga na quarta denúncia do 'Mensalão Tucano' de Azeredo

Vermelho - 30 de Outubro de 2009 - 17h41

STF julga na quarta denúncia do 'Mensalão Tucano' de Azeredo
O Supremo Tribunal Federal (STF) vai analisar na próxima quarta-feira (4) se aceita a denúncia apresentada pelo ex-procurador geral da República Antonio Fernando Souza contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). O procurador acusa Azeredo e outros investigados – entre eles o empresário Marcos Valério – dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro, no episódio conhecido como "Mensalão Tucano".
Ao analisar a denúncia, os ministros do Supremo deverão avaliar se de fato houve o crime apontado pelo ex-procurador e se há indícios das participação dos acusados no "Mensalão Mineiro", cabendo a eles a decisão de abrir ação penal contra os investigados ou arquivar o inquérito.

A denúncia foi apresentada em novembro de 2007, em consequência das investigações para apurar o chamado mensalão. Segundo o ex-procurador, Azeredo, Valério e outros investigados seriam os responsáveis por um esquema que superfaturava contratos publicitários assinados pelo governo de Minas Gerais à época.

Em 1998 Azeredo era governador e disputava a reeleição. Ele foi derrotado por Itamar Franco. Azeredo também já foi presidente nacional do PSDB, que mantém silêncio sobre o "Mensalão Tucano (ou "Mineiro"), precursor do que vitimou o PT em 2005.

Ainda de acordo com o ex-procurador, o dinheiro excedente que não era gasto em publicidade era destinado à campanha de Azeredo. O Ministério Público calcula que pelo menos R$ 3,5 milhões foram desviados dos cofres públicos mineiros para a campanha de Azeredo. Posteriormente, essa forma de caixa 2 teria sido usada em âmbito nacional em campanhas do PT, dando origem à crise enfrentada pelo governo federal em 2005.

Segundo o STF, vários documentos instruem a denúncia, como laudos e relatórios de análise, trechos do relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquéritodos Correios, além do depoimento de um dos acusados, o tesoureiro da campanha de Azeredo à reeleição, Cláudio Mourão.

Com informações da Agência Brasil
O Supremo Tribunal Federal (STF) vai analisar na próxima quarta-feira (4) se aceita a denúncia apresentada pelo ex-procurador geral da República Antonio Fernando Souza contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). O procurador acusa Azeredo e outros investigados – entre eles o empresário Marcos Valério – dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro, no episódio conhecido como "Mensalão Tucano".
Ao analisar a denúncia, os ministros do Supremo deverão avaliar se de fato houve o crime apontado pelo ex-procurador e se há indícios das participação dos acusados no "Mensalão Mineiro", cabendo a eles a decisão de abrir ação penal contra os investigados ou arquivar o inquérito.

A denúncia foi apresentada em novembro de 2007, em consequência das investigações para apurar o chamado mensalão. Segundo o ex-procurador, Azeredo, Valério e outros investigados seriam os responsáveis por um esquema que superfaturava contratos publicitários assinados pelo governo de Minas Gerais à época.

Em 1998 Azeredo era governador e disputava a reeleição. Ele foi derrotado por Itamar Franco. Azeredo também já foi presidente nacional do PSDB, que mantém silêncio sobre o "Mensalão Tucano (ou "Mineiro"), precursor do que vitimou o PT em 2005.

Ainda de acordo com o ex-procurador, o dinheiro excedente que não era gasto em publicidade era destinado à campanha de Azeredo. O Ministério Público calcula que pelo menos R$ 3,5 milhões foram desviados dos cofres públicos mineiros para a campanha de Azeredo. Posteriormente, essa forma de caixa 2 teria sido usada em âmbito nacional em campanhas do PT, dando origem à crise enfrentada pelo governo federal em 2005.

Segundo o STF, vários documentos instruem a denúncia, como laudos e relatórios de análise, trechos do relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquéritodos Correios, além do depoimento de um dos acusados, o tesoureiro da campanha de Azeredo à reeleição, Cláudio Mourão.

Com informações da Agência Brasil
STF julga na quarta denúncia do 'Mensalão Tucano' de Azeredo
O Supremo Tribunal Federal (STF) vai analisar na próxima quarta-feira (4) se aceita a denúncia apresentada pelo ex-procurador geral da República Antonio Fernando Souza contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). O procurador acusa Azeredo e outros investigados – entre eles o empresário Marcos Valério – dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro, no episódio conhecido como "Mensalão Tucano".
Ao analisar a denúncia, os ministros do Supremo deverão avaliar se de fato houve o crime apontado pelo ex-procurador e se há indícios das participação dos acusados no "Mensalão Mineiro", cabendo a eles a decisão de abrir ação penal contra os investigados ou arquivar o inquérito.

A denúncia foi apresentada em novembro de 2007, em consequência das investigações para apurar o chamado mensalão. Segundo o ex-procurador, Azeredo, Valério e outros investigados seriam os responsáveis por um esquema que superfaturava contratos publicitários assinados pelo governo de Minas Gerais à época.

Em 1998 Azeredo era governador e disputava a reeleição. Ele foi derrotado por Itamar Franco. Azeredo também já foi presidente nacional do PSDB, que mantém silêncio sobre o "Mensalão Tucano (ou "Mineiro"), precursor do que vitimou o PT em 2005.

Ainda de acordo com o ex-procurador, o dinheiro excedente que não era gasto em publicidade era destinado à campanha de Azeredo. O Ministério Público calcula que pelo menos R$ 3,5 milhões foram desviados dos cofres públicos mineiros para a campanha de Azeredo. Posteriormente, essa forma de caixa 2 teria sido usada em âmbito nacional em campanhas do PT, dando origem à crise enfrentada pelo governo federal em 2005.

Segundo o STF, vários documentos instruem a denúncia, como laudos e relatórios de análise, trechos do relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquéritodos Correios, além do depoimento de um dos acusados, o tesoureiro da campanha de Azeredo à reeleição, Cláudio Mourão.

Com informações da Agência Brasil
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Contraponto 589 - "Lula e Chávez festejam juntos acordo em Honduras"


31/10/2009

Lula e Chávez festejam juntos acordo em Honduras

Portal Vermelho - 30 de Outubro de 2009 - 20h59

"Chávez e eu temos a mesma posição. Somos favoráveis que seja o Congresso hondurenho, e o presidente Zelaya a presidir as eleições de 29 de novembro e que depois Honduras volte à normalidade", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em El Tigre, na Venezuela, onde reuniu-se com o presidente Hugo Chávez nesta sexta-feira (30). Chávez disse crer que "há horizonte aberto para a democracia em Honduras".
"Ontem à noite o ministro Celso Amorim falou com o presidente Zelayda que estava satisfeito com o acordo. Agora estamos torcendo para que o Congresso seja a favor do acordo e que o presidente Zelaya possa presidir as eleições. Terminou sendo bom o que ocorreu. Acabou sendo um aprendizado para todos nós que amamos a democracia", disse Lula em El Tigre.

Honduras, para Lula, "passou o que deveria passar, fechou um acordo, agora deve convocar eleições, e voltar à normalidade. Fica a lição que não se aceita golpe militar e todos defendem o fortalecimento da democracia", agregou.

Chávez também elogiou o acordo e até a atuação do governo dos Estados Unidos na negociação. "Com o acordo de quinta-feira em Tegucigalpa parece que há um horizonte aberto para a democracia e a volta do fio constitucional em Honduras", comentou.

"Não podemos permitir que a América Latina volte a Era das cavernas com gorilas e golpes militares. Viva a democracia. Abaixo a ditadura!", disse ainda o presidente bolivariano, apresentado durante quatro meses pelos golpistas hondurenhos como o seu principal inimigo.

O encontro em El Tigre fez parte de uma rotina trimestral de encontros entre os dois presidentes. Lula e Chávez empenharam-se pessoalmente na reversão da crise criada com o golpe de 28 de junho, no esforço para isolar a ditadura hondurenha diplomaticamente e abrir caminho para o retorno do presidente Miguel Zelaya.

Da redação, com agências
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Contraponto 588 - A li$ta da CUTRALE


31/10/2009

Deputados que assinaram CPI contra o MST receberam dinheiro Cutrale
Deputado Juthay, na lista da Cutrale

Deputado Juthay, na lista da Cutrale
Pátria Latina - 30/10/2009

Quatro deputados federais que assinaram a CPMI receberam doações da empresa que monopoliza o mercado de laranja do Brasil e acumula denúncias na Justiça.

Nilton Viana
da Redação do Brasil de Fato

De tempos em tempos as elites mostram suas garras contra os pobres. E pobres que se organizam para lutar por justiça, melhores condições de vida e reforma agrária entram na mira furiosa da classe dominante. Os trabalhadores rurais sem terra têm sido sistematicamente atacados. Suas organizações e todos aqueles que lutam pela democratização da terra no país tem sido permanentemente criminalizados.
No episódio mais recente, no qual famílias que ocuparam uma área pública grilada pela empresa Cutrale – maior exportadora de sucos do país – destruíram pés de laranjas, os latifundiários, a mídia e todos os seus asseclas dispararam todos os seus canhões contra os sem terra. As cenas foram repetidas a exaustão para convencer a sociedade que os sem terra são vândalos, criminosos e terroristas. Por outro lado, a mídia fez questão de esconder que, de acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a fazenda da Cutrale em Iaras (SP) é uma área pública grilada.
Imediatamente, a chamada oposição reacionária endureceu seu discurso com a criação de uma nova CPI contra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e contra a atualização dos índices de produtividade rural prometida pelo governo Lula.

Mas o caso Cutrale foi apenas o mais recente pretexto das elites contrárias à reforma agrária. Desde que o governo Lula se comprometeu, em audiência com dirigentes do MST, a rever os índices de produtividade agrária, a mídia burguesa e seus jornalistas pré-pagos iniciaram sua ofensiva. A revista Veja aproveitou o caso e “requentou” informações para municiar o ataque. Logo após à audiência entre os sem terra e o governo, a Veja estampou em sua manchete: “Abrimos o cofre do M$T” com a chamada: “Como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra desvia dinheiro público e verbas estrangeiras para cometer seus crimes”. Ora, nada de novo havia para tal “reporcagem”, como bem definiu em artigo o jornalista Altamiro Borges.

O fato é que conseguiram aprovar a criação de uma nova CPI contra o MST.
Porém, assim como a mídia escondeu que a tal fazenda da Cutrale está numa terra grilada de propriedade do Estado, e que os pés de laranja foram plantados para evitar a desapropriação da área antes improdutiva, além de não informar para a sociedade que a Cutrale tem vários processos na justiça, inclusive por débitos trabalhistas; a mídia também omite da opinião pública que quatro deputados federais que assinaram o requerimento favorável à criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) contra o MST receberam doações da Cutrale, empresa que monopoliza o mercado de laranja do Brasil e acumula denúncias na Justiça.

Quanto vale um deputado?
Arnaldo Madeira (PSDB/SP) recebeu, em setembro de 2006, R$ 50.000,00 em doações da empresa. Carlos Henrique Focesi Sampaio, também do PSDB paulista, e Jutahy Magalhães Júnior (PSDB/BA), obtiveram cada um R$ 25.000,00 para suas respectivas campanhas. Nelson Marquezelli (PTB/SP) foi beneficiado com R$ 40.000,00 no mesmo período. Os quatro parlamentares que votaram favoravelmente à CPI integram a lista dos 55 candidatos beneficiados pela empresa em 2006.

“O episódio do laranjal entra numa situação de confronto dos ruralistas contra o governo, contra o Incra e contra o MST. É importante ter clareza que o caso, se houvesse acontecido em outra conjuntura, não teria a mesma repercussão como teve após o anúncio da atualização dos índices de produtividade rural”, aponta João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do MST.

“Apesar de o censo do IBGE [Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística] mostrar que os assentamentos são produtivos, os ruralistas não querem discutir modelos agrícolas e colocam uma CPI para alterar o debate. O MST não tem nenhum problema em debater com a sociedade”, completa.

A Cutrale possui 30 fazendas em São Paulo e Minas Gerais, totalizando 53.207 hectares. Destas, seis fazendas com 8.011 hectares são classificadas pelo Incra como improdutivas. A área grilada de Iaras nem entra nesta conta.

Por conta do monopólio da Cutrale no comércio de suco e da imposição dos preços, agricultores que plantam laranjas foram obrigados a destruir entre 1996 a 2006 cerca de 280 mil hectares de laranjais. A empresa já foi processada por formação de cartel e danos ambientais e seus donos acusados por porte ilegal de armas de fogo.

O professor Ariovaldo Umbelino, em artigo publicado no Brasil de Fato, relembra que, numa reportagem de 2003, a insuspeita revista Veja denunciou a empresa Cutrale de ter subsidiária nas ilhas Cayman como forma de aumentar seus lucros, ou quem sabe de evasão fiscal. E em editorial, o Brasil de Fato, edição 347, sintetiza o comportamento das nossas elites: “Independente das pacatas laranjas e das manipulações da Cutrale/Coca-Cola, detentora de 50 mil hectares distribuídos por mais de 30 fazendas, as duas semanas que se seguiram deram uma demonstração cruel, do vandalismo estrutural e ideológico que domina as mentes e a política da classe dominante”.
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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Contraponto 587 - Novo mascote do PIG nasce morto


30/10/2009

NOVO MASCOTE DO PIG NASCE MORTO NO CEARÁ


Portal Sobral de Notícias - 20/10/2009

... Um caso inusitado que chama a atenção e repercute no município de Icó, localizado na região jaguaribana cearense. Na Rua dos Amores no Distrito de Lima Campos, distante cerca de 10 quilômetros da sede, uma porca deu a luz no quintal de uma residência a seis porquinhos. Até aí tudo normal se um deles não tivesse chamado a atenção do proprietário do animal, Antonio Oto Amaro o qual comentou com outras pessoas que começaram a visitar a porca e seus filhotes.

Uma das porquinhas nasceu morta, porém com um formato totalmente diferente do comum. Ela possuía uma tromba e as orelhas assemelhadas as de um elefante. Ao mesmo tempo, nasceu com um olho no meio da testa dando a aparência de um rinoceronte. O dono do animal não sabe do que se trata e acrescentou que um homem falou que era uma anomalia congênita.(...)
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Contraponto 586 - "Agora é Guerra!"


30/10/2009
AGORA É GUERRA!


Desabafo País - 30/10/2009

Texto de Giovani Corrêa Ávila - Blumenau SC

É verdade, começou ontem, de fato a corrida presidencial. Pro lado da oposição não muda muita coisa, está atordoada, aliada com a Globo, escolheram um caminho confuso, estão sem bandeira.
A Record escolheu outro caminho, viável à meu ver, quer crescer e vai com Dilma, logo vai com Lula.
A globo escolheu agir como o time desfalcado psicologicamente, que joga em casa mas não faz o dever de casa, não sabe vencer. Esse staff da globo, escolheu não jogar, e no futebol, na vida e na política vale a máxima, quem não faz, leva! Lula mandou um recado, e vai de cabo eleitoral de Dilma e vai fazer, começou fazendo a transposição de telespectadores para a Record, para depois fazer a dos votos para Dilma.
É só uma questão de lógica: O telespectador difere apenas em parte do eleitor, tem muitas semelhanças, e hoje ele cada vez mais não se enxerga na tela da Globo. Se 80% está satisfeita com o governo Lula, não pode ficar confortável assistindo ataques diários à imagem daquele que estima. Porém, a sorte de Lula é que a globo não vai corrigir seu rumo agora, vai radicalizar. Os que assessoram o Lula, onde está incluído Franklim Martins, e certamente deve ser o arquiteto dessa nova postura, deve ser considerado um gênio:
Colou Fhc, Serra, Aécio, Psdb e Dem num movimento só! E polarizou a disputa. É Lula x os contra o Lula.
Fácil, não precisa queimar os neurônios.
Agora é guerra!
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Contraponto 585 - Democracia volta a Honduras


30/10/2009
A democracia volta a Honduras. Vitória da diplomacia brasileira


Conversa Afiada - Paulo Henrique Amorim30/outubro/2009 9:06

A diplomacia do Brasil salvou Zelaya e a democracia em Honduras

Saiu na Folhaonline (*):

Zelaya e Micheletti chegam a um acordo em Honduras
Do UOL Notícias
Em São Paulo*

Sob pressão internacional, a comissão de diálogo do presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, assinou nesta quinta-feira (sexta-feira no Brasil) um acordo com os representantes do presidente deposto, Manuel Zelaya, para dar ao Congresso a tarefa de decidir sobre a restituição do líder, destituído por um golpe militar há quatro meses.

Navalha Conversa Afiada

O governo golpista de Honduras perdeu.

Perderam o PiG(**) brasileiro e o PiG (**) de Honduras.

Perdeu o Zé Pedágio, que disse que o Brasil tinha feita uma “trapalhada” em Honduras

Perderam os ministros da relações exteriores da GloboNews, embaixadores aposentados, pagos pelo contribuinte brasileiro, que vão para a televisão falar mal do Brasil.

O governo golpista de Honduras – reconhecido pelo PiG(**) brasileiro e repudiado pelo mundo inteiro – cedeu.

E vai se submeter a uma decisão do Congresso.

Ou seja, o Congresso decide sobre a sorte de Zelaya.

E as eleições presidenciais de novembro valem.

O golpe perdeu para a democracia.

E isso só foi possível porque a diplomacia brasileira deu abrigo a Zelaya e criou um fato político incontornável: o golpe tinha que ceder.
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Contraponto 584 - Uma escritora holandesa disse que..


30/10/2009


Li na internet e transcrevo:


O QUE UMA ESCRITORA HOLANDESA FALOU DO BRASIL

Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o Brasil, realmente parece que é um vício falar mal do Brasil. Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior eles maximizam os positivos, enquanto no Brasil se maximizam os negativos. Aqui na Holanda, os resultados das eleições demoram horrores porque não há nada automatizado.
Só existe uma companhia telefônica e pasmem!: Se você ligar reclamando do serviço, corre o risco de ter seu telefone temporariamente desconectado.

Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de enrolar o sanduíche em um guardanapo - ou de lavar as mãos antes de comer. Nas padarias, feiras e açougues europeus, os atendentes recebem o dinheiro e com mesma mão suja entregam o pão ou a carne.

Em Londres, existe um lugar famosíssimo que vende batatas fritas enroladas em folhas de jornal - e tem fila na porta.

Na Europa, não-fumante é minoria. Se pedir mesa de não-fumante, o garçom ri na sua cara, porque não existe. Fumam até em elevador.

Em Paris, os garçons são conhecidos por seu mau humor e grosseria e qualquer garçom de botequim no Brasil podia ir pra lá dar aulas de 'Como conquistar o Cliente'.

Você sabe como as grandes potências fazem para destruir um povo? Impõem suas crenças e cultura. Se você parar para observar, em todo filme dos EUA a bandeira nacional aparece, e geralmente na hora em que estamos emotivos.

Vocês têm uma língua que, apesar de não se parecer quase nada com a língua portuguesa, é chamada de língua portuguesa, enquanto que as empresas de software a chamam de português brasileiro, porque não conseguem se comunicar com os seus usuários brasileiros através da língua Portuguesa.

Os brasileiros são vitimas de vários crimes contra a pátria, crenças, cultura, língua, etc... Os brasileiros mais esclarecidos sabem que temos muitas razões para resgatar suas raízes culturais.

Os dados são da Antropos Consulting:

1. O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.

2. O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma.

3. Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária.

4. Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundiais: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo.

5.. Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautas brasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na América Latina.

6. No Brasil, há 14 fábricas de veículos instaladas e outras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma.

7. Das crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, 97,3% estão estudando.

8. O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês.

Na telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas.

10. Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISO- 9000, maior número entre os países em desenvolvimento. No México, são apenas 300 empresas e 265 na Argentina.

11. O Brasil é o segundo maior mercado de jatos e helicópteros executivos.

Por que vocês têm esse vício de só falar mal do Brasil?

1. Por que não se orgulham em dizer que o mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano?

2. Que têm o mais moderno sistema bancário do planeta?

3. Que suas agências de publicidade ganham os melhores e maiores prêmios mundiais?

4. Por que não falam que são o país mais empreendedor do mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários?

5. Por que não dizem que são hoje a terceira maior democracia do mundo?

6. Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados?

7. Por que não se lembram que o povo brasileiro é um povo hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para atendê-los bem?

Por que não se orgulham de ser um povo que faz piada da própria desgraça e que enfrenta os desgostos sambando.

É! O Brasil é um país abençoado de fato.
Bendito este povo, que possui a magia de unir todas as raças, de todos os credos.

Bendito este povo, que sabe entender todos os sotaques.
Bendito este povo, que oferece todos os tipos de climas para contentar toda gente.
Bendita seja, querida pátria chamada Brasil!!

Divulgue esta mensagem para o máximo de pessoas que você puder. Com essa atitude, talvez não consigamos mudar o modo de pensar de cada brasileiro, mas ao ler estas palavras irá, pelo menos, por alguns momentos, refletir e se orgulhar de ser BRASILEIRO!!!
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Contraponto 583 - "Desconto do IPI para produtos ecológicos"

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30/10/2009
Governo mantém desconto de IPI para produtos "ecológicos"

Blog do Alê - Quinta-feira, 29 de Outubro de 2009 - 12:47

Charge de Frank, de 'A Notícia' (SC)

UOL - O governo decidiu manter parcialmente os descontos de IPI para compra de eletrodomésticos, que terminaria no sábado. Os produtos que consomem menos energia vão continuar com descontos por mais três meses, mas os que gastam mais voltam a pagar os impostos integralmente, anunciou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista coletiva nesta quinta-feira.

"Vamos desonerar mais aqueles produtos que poupam energia, que têm o selo ambiental, concedido pelo Inmetro", disse Mantega.

Os fogões atualmente estão com IPI de 0% e voltariam a 4% na segunda-feira. Com a decisão do governo, os fogões com selo tipo A (os que menos consomem energia) passam a ter um IPI de 2%; os do tipo B, para 3%. Acima disso, voltam a 4%. A redução vale por três meses.

Para as máquinas de lavar, o IPI era de 20% antes do dewsconto e depois passou para 10%. A partir de segunda-feira, as máquinas com selo A permanecem com 10% de desconto por três meses. Os do tipo B ficam com 15%, e os com selo C voltam para 20%.

Ao anunciar mudanças na cobrança do IPI, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez questão de ressaltar que o setor se comprometeu a repassar para os preços cobrados dos produtos a redução do imposto. Também assumiram o compromisso de continuar ampliando o emprego. "Há um compromisso dos fabricantes e revendedores para que haja continuação do emprego. Haverá contratação maior de mão de obra, tanto no setor de comercialização quanto no de produção', afirmou o ministro.

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Contraponto 582 - Bom pro Brasil, mas a Globo não quer


30/10/2009

O Globo é um poço de ódio. E se lixa para o Brasil

Brizola Neto - quinta-feira, 29 outubro, 2009 às 12:04

Defensor da globalização, do livre mercado, do “dinheiro não tem pátria”, O Globo hoje dá um espetáculo de como é capaz de misturar interesses e ódios políticos e relações comerciais. Um editorial furioso (que pode ser lido no Blog do Noblat) tenta pressionar os senadores para rejeitarem o ingresso da Venezuela no Mercosul, pelo fato de , segundo o jornal dos Marinho, Hugo Chávez “não é confiável”. Ameaçam, com isso, comprometer as relações com o maior parceiro comercial do Brasil, responsável por um suparávit em nossas contas de mais de US$ 5 bilhões em favor de nosso país.


Não é novidade. A ditadura militar à qual O Globo serviu - ela era um exemplo de democracia, não acham: - já nos fez romper relações com a China e, com isso, nos impediu de termos relacionamentos sólidos com aquele país que “explodiu” como grande mercado comercial do mundo. A duras penas fomos construindo a parceria que temos hoje com eles e que é extraordinariamente importante para nossa economia.

Compara o governo venezuelano ao da Alemanha nazista e ao da Itáli de Mussolini. Diz que lá não é uma democracia, embora já se tenham feito, desde a eleição de Hugo Chávez, há 10 anos, nada menos que 14 eleições e plebiscitos nacionais, sob fiscalização internacional.

Mas Chávez, de fato, comete alguns “crimes imperdoáveis”. O primeiro, diz claramente o que pensa, e o diz para todos, usando os meios de comunicação. Não está disposto a deixar que o povo leia o que fala “interpretado” pelos donos da mídia. Depois, não aceita o império dos interesses estrangeiros sobre os interesses nacionais. Aceita os investimentos estrangeiros no país mas de acordo com regras. A Venezuela está cheia de empresas estrangeiras - muitas delas brasileiras - que aceitam trabalhar e lucrar nestas condições.Aliás, estes próprios empresários têm feito apelos para que não se faça uma loucura e se comprometam nossos negócios de exportação, nossa produção e os empregos gerados aqui pelas vendas à Venezuela.

Imperdoável mesmo, porém, para O Globo foi Chávez ter cumprido a lei. Concessões de rádio e televisão têm prazo contratual. Longo, por sinal, em média de 20 a 30 anos. Acabado o prazo, acaba a concessão. Está escrito, assinado e é legal. Mas a Globo acha que, depois de assinada uma concessão, mesmo com prazo determinado, este é um direito vitalício, a ser transmitido por gerações. Os Marinho não têm a menor dúvida de que suas concessões serão prorrogadas até que seu tataranetos estejam no comando das empresas, embora tenham assinado contratos com data para terminar.

O barões de nossa mídia acreditam piamente que têm direitos nobiliárquicos, como na Idade Média. Espero que o Senado, hoje, acabe com essa vergonha que nosso país está passando por iniciativa de gente medíocre, incapaz de colocar os interesses do Brasil e de sua economia acima de seus mesquinhos ódios pessoais.
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Contraponto 581 - Lula: recado à gente arrogante


30/10/2009

Recado de Lula a "essa gente arrogante": discriminação não

Portal Vermelho - 29 de Outubro de 2009 - 17h07



Os catadores de papel "estão ensinando a essa gente pedante, arrogante, que o ser humano não pode ser discriminado pela sua profissão", afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quinta-feira (29), em São Paulo. Lula fez um emocionado improviso na 1ª Expocatadores, que reúne catadores de papel e material reciclável do Brasil e até de outros países, com suas cooperativas.

Lula se emociona com a placa presenteada pelos catadores
O presidente da República não o disse, mas falou como o trabalhador que mais tem sido alvo de manifestações de discriminação e preconceito social. Ele bateu duro em "uma parte da sociedade que não tinha vergonha de passar de carro e jogar um lixo qualquer, achando que vocês eram de segunda categoria e que vocês tinham a obrigação de catar o lixo deles".

"Vocês estão fazendo hoje muito mais do que catar material. Vocês estão ensinando a essa gente pedante, a essa gente arrogante, que o ser humano não pode ser discriminado pela sua profissão, ou pelo trabalho que faz. Essa é a conquista maior de vocês", disse Lula. Ele relatou várias histórias de sucesso e amor à profissão, na categoria que cresceu com a urbanização e a demanda de coleta reciclável de materiais.

Formador de opinião pública já era

O discurso presidencial também tratou de outra ferida exposta da elite dominante: o crepúsculo do estamento dos "formadores de opinião", hoje atropelado pela revolução comunicacional e a afluência das camadas da base da pirâmide social.

"A figura do chamado formador de opinião pública, que antes decidia as coisas neste país, já não decide mais. É porque este povo já não quer mais intermediário, este povo tem pensamento próprio, este povo anda pelas suas pernas, trabalha pelos seus braços, enxerga pelos seus olhos e fala pela sua boca. E o que é mais importante, este povo, gente, adquiriu o gosto, o gosto de uma palavra chamada cidadania. Este povo aprendeu a andar de cabeça erguida, este povo aprendeu a ser dono do seu nariz", afirmou o presidente.

Lula destacou "o impulso que a atividade dos catadores recebeu nos últimos cinco anos, sobretudo, por conta da visibilidade da categoria, propiciada pelas políticas de apoio de 13 ministros, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica e do BNDES". Anunciou créditos num total de R$ 225 milhões para as cooperativas de catadores. E apresentou até um triciclo elétrico, projetado pela Itaipu Binacional e com guincho para cargas pesadas, que as cooperativas venderão aos catadores.

Jornalistas, "façam a matéria da vida de vocês"

Atento aos movimentos próprios do capitalismo, o presidente fez um apelo aos prefeitos – como o paulistano, Gilberto Kassab, presente no evento: "Agora que a coisa começou a dar lucro, pode começar a aparecer algumas empresas querendo se apoderar da reciclagem, e as pessoas que até agora trabalharam na reciclagem podem ser jogadas para fora, para atender aos interesses de um grande empresário. Eu queria pedir a todos os prefeitos: é muito melhor a gente ter muitos ganhando pouco do que ter apenas um ganhando muito."

Lula expôs sua emoção também em um pouco usual apelo aos "companheiros jornalistas" que cobriram o evento: "Vocês têm a oportunidade de fazer a matéria da vida de vocês. Se vocês esquecerem a pauta do editor de vocês e se embrenharem no meio desta gente, escolher um, qualquer um, para vocês conversarem sobre a vida deles. Não tem importância que eles falem bem do governo ou falem mal do governo. Publique apenas o que eles falarem, não tentem interpretar. E vocês vão perceber que vocês poderão fazer a grande matéria da vida de vocês."

Da redação, com Presidência da República
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Contraponto 580 - Senado aprova Venezuela no Mercosul


30/10/2009
Entrada da Venezuela no Mercosul é aprovada com folga no Senado

Portal Vermelho - 29 de Outubro de 2009 - 14h59


Márcia Xavier
Da sucursal de Brasíl
Direita troglodita com raivinha
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Os governistas venceram e aprovaram, por 12 votos a favor e cinco contra, o ingresso da Venezuela no Mercosul. A votação da matéria, nesta quinta-feira (29), na Comissão de Relações Exteriores do Senado foi precedida de um longo debate, em que a oposição tentou mais uma vez adiar a decisão. O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) apresentou um requerimento que previa visita de uma delegação de senadores à Venezuela, para averiguar denúncias do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma.

O debate sobre o requerimento consumiu a primeira hora de reunião, e a rejeição da proposta apontava para a vitória da base do governo. Os argumentos contrários e favoráveis à adesão fo
ram os mesmos apresentados ao longo de todo o ano – a matéria chegou ao Senado, após aprovação na Câmara, em março deste ano – e em sete audiências públicas.

Ao final, prevaleceram os argumentos favoráveis de forte comércio entre o Brasil e a Venezuela e a importância da integração sul-americana dos governistas. A alegativa da oposição de votar contra em função das atitudes políticas do Presidente Chavéz, que consideram autoritárias, foi derrotada.

Para evita
r o desgaste do relator, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), voltar atrás em seu voto contrário à adesão da Venezuela ao bloco eocnômico depois que o prefeito de Caracas, principal opositor de Chavéz, defendeu a aprovação da matéria, o senador Mozarildo apresentou um segundo voto em separado sugerindo a aprovação com condicionantes. Perderam os dois.


Tasso Jereissati,
duas vezes perdedor


Venceu o voto em separado do líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR) e mais nove senadores, que defendeu a aprovação sem restrições. Para isso, ele usou o raciocínio de que não se amplia a democracia isolando a Venezuela e que a entrada do País no Mercosul vai permitir um acompanhamento e fiscalização dos países do bloco para que todos os membros respeitem os princípios democráticos e os direitos humanos.

“Ninguém amplia democracia isolando ninguém, se existe problemas e disputas, o remédio é abertura, mediação internacional e o Brasil ajudar nos entendimentos políticos”, afirmou. Até a oposição quer o Mercosul como garantia de democracia institucional, porque a oposição brasileira não quer? indagou, finalizando com uma frase de efeito: “Pela paz, pela democracia e pela integração é que peço o voto pela adesão.”

Encontro de vencedores

A aprovação da matéria coincidiu com a viagem do presidente Lula a Caracas para uma reunião com Chávez, para revisão da agenda bilateral e regional. A coincidência irritou a oposição. O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) disse que o encontro dos dois representava um desrespeito aos senadores.

Jucá esclareceu que a reunião bilateral entre os dois países é corriqueira, ocorre a cada três meses e já estava marcada. Disse ainda, para acalmar o oposicionista, que a data para votação da matéria na Comissão foi marcada pelos próprios senadores.

O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) acrescentou que a data para votação da matéria foi sugerida pelo senador oposicionista Demóstenes Torres (DEM-PI). E, em meio à insistência da oposição em repisar os argumentos, lembrou que a Comissão já havia feito uma discussão aprofundada sobre o assunto, tendo ouvido inclusive a oposição à Hugo Chavéz, e pediu o início da votação do relatório.

O presidente Lula está nesta quinta-feira em Caracas para o sétimo encontro com Chavéz dentro da programação de encontros trimestrais entre os dois presidentes. Segundo o Itamaraty, o comércio entre os dois países tem crescido de maneira significativa nos últimos anos, e em 2008 ultrapassou a cifra de US$5 bilhões.

O porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach, afirmou que Lula estava confiante na aprovação da matéria pelo Congresso e que o tema será abordado no encontro bilateral.

Último obstáculo

A Comissão de Relações Exteriores do Senado é um dos últimos obstáculos do protocolo de adesão da Venezuela ao bloco no Congresso. Agora o texto será votado no plenário do Senado em uma data ainda a ser definida.

O Tratado de Adesão da Venezuela ao Mercosul foi aprovado pelos Governos de Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai em julho de 2006, mas até agora só foi referendado pelos congressos argentino e uruguaio.
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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Contraponto 579 - Alguém se lembra dele?


29/10/2009
Quem se lembra dele?



Será que vir
ou anjo?
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Contraponto 578 - Da série faz de conta


29/10/2009
Vocês pediram, então aí vai mais uma da série faz de conta.

Marco Aurélio Mello - Doladodelá 28.10.09

Era uma reportagem de fôlego. O ponto de partida: uma pesquisa, obtida com exclusividade, em 2004. Estabelecia uma relação direta entre abuso de álcool, sobretudo de cerveja, e índices de violência, criminalidade e saúde pública. Produtores foram a campo e coletaram flagrantes de ameaças, brigas e confusões, principalmente em bares que funcionam à noite nas regiões mais violentas de São Paulo, à época: Jardim Ângela, Capão Redondo, Parque Santo Antônio e alguns bairros da Zona Leste. Depois de editada, era o tipo de matéria que serviria para abrir o telejornal antes da novela, com o apresentador dizendo, de voz cheia: - Exclusivo! Nossos repórteres mostram como o abuso de álcool se transformou na maior doença do país. Mas o vídeo tape foi vetado para a exibição, foi para o freezer, no jargão. No diálogo que um dos produtores travou com o Guardião da Doutrina da Fé, ouviu o seguinte argumento: - Não podemos exibir uma reportagem assim, sabendo que a indústria de bebidas é a maior anunciante da casa e dona de cotas de patrocínio dos principais eventos esportivos que transmitimos. É um tiro no pé! E vai que algum deputado 'maluco' resolva propor uma lei que proíba a propaganda de bebida na TV? Já não basta o que eles fizeram com a indústria de cigarros... Um exemplo cristalino de como um interesse público pode dar lugar a interese comerciais de certas organizações, e pior, de como a imprensa pode deixar de atender às exigências de uma sociedade que clama por paz. Agora, mesmo que fosse ficção, que falta faz um deputado 'maluco', desses que legislam de olho nos interesses da nação, e não nos de um grupo econômico qualquer? O álcool é hoje a principal causa de violência doméstica (disse, ouviu rainha? violência do-més-ti-ca), pedofilia e outros crimes violentos, como assassinatos. Mas acho que nossa sociedade ainda não está preparada para 'Apreciar com Moderação' a concessão de serviço público. Que pena...


27.10.09

Marco Aurélio Mello

Nós, gestores do blog DoLaDoDeLá, vimos por meio desta, na figura de Marco Aurélio Mello, 43 anos, brasileiro, jornalista, casado, com residência fixa em Vinhedo, no estado de São Paulo, outorgar direito amplo e irrestrito de resposta a todo brasileiro ou estrangeiro, residente no país, que tenha se sentido alcançado por calúnia, injúria, ou difamação pelas postagens publicadas pelo autor, ainda que por reiteradas vezes houvesse este, por bem, ressaltado o caráter ficcional da obra. Mas, caso o texto guarde alguma correspondência com fatos verdadeiros, e passíveis portanto de comprovação por confrontação, está consagrada a concessão do mesmo direito. Basta apenas que o requerente envie a solicitação por e-mail, em que conste: nome completo, idade, profissão, estado civil, local de residência, telefone para contato e fotografia digital, em arquivo anexo (livre de vírus ou spyware). Não se exige limites de caracteres. Os gestores se reservam no direito de não publicar ofensas, nem ao autor, nem a pessoas com as quais mantém relacionamento, pessoal ou profissional. O prazo para a publicação será de até 72 duas horas a partir do recebimento da solicitação. Sem mais, subscrevemo-nos, Atenciosamente, DoLaDoDeLá.

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PITACO DO ContrapontoPIG


Numa série de posts, com a necessária cautela, Marco Aurélio Mello do Blog DoLaDoDeLá mostra as entranhas da Globo. Veja o Contraponto 559 - "As ameaças e as entranhas da Globo", e acompanhe o Blog DoLaDoDeLá
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Contraponto 577 - "Educação: devagar, mas avançamos"


29/10/2009
Educação: devagar, mas avançamos

Oferta de vagas para o 2° grau agora é obrigatória na rede pública

Brizola Neto - quinta-feira, 29 outubro, 2009 às 7:17

Oferta de vagas para o 2° grau agora é obrigatória na rede pública

Ontem foi um dia importante para a educação brasileira. À noite, o Senado aprovou ao fim da Desvinculação das Receitas da União (DRU) para os recursos destinados à educação. O ideal era que fosse imediata, mas só será plena em 2011. Ainda assim, em 2010 serão mais R$ 7 bilhões para nossas crianças e jovens estudarem. Mas tivemos algo ainda mais importante. O Presidente Lula sancionou o projeto do Senador Cristovam Buarque que torna obrigatória a oferta de vagas nas escolas públicas para todos que desejarem cursar o ensino médio. A medida foi fortalevida na mesma votação que marcou o fim da DRU, que tornou a oferta de ensino médio obrigação constititucional.

Cristovam está em Budapeste, na Hungria, participando de uma Conferência, mass de lá comemorou, em seu blog: “O projeto resolve um dos três problemas que que fazem com que boa parte dos alunso não complete o ensino médio, que é a falta de oferta de vagas. Resta atacar os demais problemas, que são a evasão por necessidade de trabalho e a baixa qualidade mesmo do ensino. Mas um primeiro passo importante foi dado”.
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Contraponto 576 - "Classes D e E puxaram consumo na crise"


29/10/2009

Classes D e E puxaram consumo na crise

Amigos do Presidente - Por: Helena™ . Quinta-feira, Outubro 29, 2009

A base da pirâmide social, as classes D e E, de menor renda, foi responsável pela metade do crescimento das vendas de alimentos e artigos de higiene e limpeza vendidos nos supermercados no primeiro semestre deste ano, revela um estudo da consultoria Nielsen.

As 44 categorias de produtos pesquisadas em 8.400 domicílios brasileiros tiveram um acréscimo no volume de vendas de 3% no primeiro semestre deste ano em relação aos mesmos meses de 2008. E as classes D e E contribuíram com 50% dessa variação no período.

"Ao contrário do que se previa, o desemprego se manteve controlado, a confiança do consumidor foi aos poucos retomada e a população de baixa renda voltou às compras", afirma o executivo de atendimento da consultoria, Sergio Pupo.

Apesar do medo da crise, as classes D e E, que são 36% dos lares brasileiros, ampliaram em 4% a frequência ao supermercado no primeiro semestre deste ano e gastaram 1% a mais a cada compra, mostra a pesquisa. Com isso, aumentaram em 5% o desembolso total com as compras de supermercado no primeiro semestre de 2009 ante igual período de 2008, superando a média do mercado como um todo, que foi 3%.

Já as famílias de classe C reduziram em 1% a compra média, apesar de terem aumentado em 5% a frequência de compras. O que resultou num acréscimo de apenas 1% do gasto total nos supermercados para esse estrato social no período.

Segundo Pupo, o padrão de consumo dos itens vendidos nos supermercados já retomou os níveis pré-crise. De acordo com a pesquisa, 42% das categorias apresentaram crescimento no primeiro semestre deste ano e 31%, estabilidade, ante os mesmos meses de 2008. No primeiro semestre de 2007 na comparação com igual período de 2006, 41% dos itens apresentavam crescimento e 42%, estabilidade. O quadro mudou completamente no primeiro semestre de 2008, quando só 21% dos itens vendidos nos supermercados tiveram acréscimo ante o mesmo período de 2007 e 47% estabilidade, nas mesmas bases de comparação.

A consultoria, que também pesquisa a confiança do consumidor em 50 países, detectou melhora do humor do brasileiro em geral. No segundo trimestre deste ano, o Brasil subiu três posições no ranking mundial da confiança do consumidor. No primeiro trimestre deste ano, o País ocupava a sétima posição, com 88 pontos, e no segundo trimestre passou para a quarta posição, com 96 pontos. Esse resultado supera a média global de 82 pontos. Entre os Brics, grupo de países emergentes que inclui Brasil, Rússia, Índia e China, o índice de confiança do brasileiro só perdeu no segundo trimestre deste ano para a do indiano (112 pontos). Tanto o chinês, com 94 pontos, e o russo, com 82 pontos, foram superados pelos brasileiros.

Na análise de Pupo, esse otimismo pode ser considerado como tendência. De acordo com uma enquete feita no segundo trimestre, 46% dos brasileiros consideram excelentes e boas as perspectivas para o emprego nos próximos 12 meses.
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Contraponto 575 - 187 nações contra bloqueio a Cuba


29/10/2009

ONU: 187 nações votam pelo fim do bloqueio econômico contra Cuba

Portal Vermelho - 28 de Outubro de 2009 - 20h18Mais uma vez a Assembleia Geral das
Nações Unidas discute a resolução que pede o fim do bloqueio econômico e financeiro dos Estados Unidos contra Cuba. Numa votação recorde, dos 192 países membros do organismo, 187 foram favoráveis ao fim do bloqueio à ilha. O resultado — embora previsível — volta a afetar e questionar diretamente o posicionamento do governo estadunidense em relação ao tema.
Somente os Estados Unidos, Israel e Palau mantiveram-se a favor e as Ilhas Marchall e Micronesia se abstiveram. A votação mostra que o número de nações contrárias ao embargo, que em 1992 chegava a apenas 59, já é quase unânime hoje.

O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, esteve presente na reunião em que, pelo 18º ano consecutivo, apresentou-se o projeto de resolução "Necessidade de colocar fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba".

Há 18 anos, Cuba pede, na ONU, o fim do embargo que já lhe provocou 93 bilhões de dólares em prejuízo, segundo análises de economistas cubanos. Em 1992, eram 59 países a favor do fim do bloqueio a Cuba, enquanto três votaram contra e 71 se abstiveram. Desde então, o número de países favoráveis só aumentou. Em 2008, já eram 185 a favor, três contra e duas abstenções.

Os prejuízos econômicos também são grandes para os Estados Unidos. De janeiro a setembro deste ano, o país aplicou 23 multas contra empresas do país que violaram o embargo, totalizando 2,3 bilhões de dólares em multa. Em contrapartida, no entanto, o governo gastou 1,2 bilhões de dólares para aplicá-las.

Se os danos fossem calculados no valor atual do dólar, os danos causados à economia cubana até dezembro de 2008 podem chegar a 236.221 bilhões.

Apesar de comunidade internacional se manter esperançosa sobre uma mudança de postura dos Estados Unidos, o presidente Barack Obama tem demonstrado sua intenção de manter o embargo a Cuba. Em entrevistas recentes, seu vice-presidente, Joseph Biden, declarou que o país manterá o bloqueio como forma de pressão contra Cuba.

As primeiras regulações do bloqueio contra Cuba, iniciado em 1962, apareceram na Lei de Comércio com o Inimigo (TWEA, por sua sigla em inglês), de 1917. Ela já restringia o comércio estadunidense com países considerados "hostis". Já em 1961, surgiu a Lei de Assistência Exterior, através da qual o Congresso federal permitiu que o presidente dos EUA embargasse o comércio com Cuba.

Em seguida, outras leis acentuaram o bloqueio comercial. Em 1992, o presidente George Bush (pai) reforçou o embargo, através da Lei para a Democracia Cubana. A medida proibiu que companhias subsidiárias do país realizassem transações com Cuba. Em 1996, o presidente Bill Clinton internacionalizou o bloqueio a Cuba através da Lei para a Solidariedade Democrática e a Liberdade Cubana.

Em 1979, a Lei de Administração das Exportações outorgou ao presidente o controle das exportações e reexportações de bens e tecnologias para restringir as exportações que contribuíram para o potencial militar de qualquer país, em detrimento da segurança dos EUA.

Fonte: Adital, com informações de Cubadebate e TeleSu.
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Contraponto 574 - Oposição abandona CPI da Petrobras


29/10/2009

Prevendo derrotas, oposição abandona CPI da Petrobras

Portal Vermelho - 28 de Outubro de 2009 - 19h27

A oposição retirou-se da reunião desta quarta-feira (28) da Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras. A debandada ocorre em função da análise dos oposicionistas de que dificilmente conseguirão influenciar na condução da CPI. A oposição esperava usar a CPI como palco de disputa política para desgastar o governo.
A versão oficial dos oposicionistas é que se tratou de um "protesto" ao comportamento da base do governo. A oposição prometeu não participar da comissão até que seja convocada uma reunião administrativa.

No começo da reunião, marcada para ouvir o depoimento do gerente-executivo de serviços da Área de Exploração e Produção da Petrobras, Erardo Gomes Barbosa Filho, os senadores tucanos Sérgio Guerra (PE) e Álvaro Dias (PR) saíram da audiência. Em seguida, foi a vez do senador Antônio Carlos Magalhães Junior (DEM-BA).

“Eles estão passando o trator de forma impiedosa em cima da gente”, reclamou ACM Junior. “Enquanto não for realizada uma reunião administrativa não vamos mais participar”, completou o democrata. Ele disse que a oposição pretende apresentar novos requerimentos de convocação e discutir os rumos da CPI na reunião.

Os governistas têm ampla maioria na comissão, além dos dois cargos de comando (presidência e relatoria). Com isso, conseguem aprovar ou derrubar os requerimentos propostos pela oposição.

O presidente da CPI, senador João Pedro (PT-AM), negou que a comissão esteja favorecendo a Petrobras. “Não há combinação [com a Petrobras]. O [José Sergio] Gabrielli é presidente da Petrobras e o João Pedro é o presidente da CPI”, afirmou o petista.

A líder do governo no Congresso, senadora Ideli Salvatti (PT-SC), ponderou que a oposição ajudou a aprovar o cronograma de trabalho proposto pelo líder do governo no Senado e relator da comissão, Romero Jucá (PMDB-RR). “O cronograma, aprovado por unanimidade, estabelece como será desenvolvido o trabalho da comissão”, disse Ideli.

Para amenizar os ânimos da oposição, o presidente da CPI marcou para a próxima terça-feira (3), um dia depois do feriado do Dia de Finados, uma reunião administrativa. Ele também marcou audiência com o presidente da Petrobras para o dia 10 de novembro.

Fonte: Agência Brasil
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Contraponto 573 - Lula espinafra a Globo


29/10/2009

Lula vai à Record e espinafra a Globo:
chega de monopólio !

Conversa Afiada - 28/outubro/2009 22:09


Lula partiu para o ataque

Na inauguração de estúdios do RecNov, a central de novelas da Record no Rio, o presidente Lula espinafrou a Globo.

Disse que não faz sentido o Brasil depender de uma única emissora para ver novela.

Diz que não faz sentido depender de uma única emissora para ter informação.

O Presidente Lula foi mais longe e partiu para cima dos colonistas (*) da Globo (você, amigo navegante, sabe quem são …).

Lula disse que não podemos ser vítimas de formadores de opinião que querem que você tenha uma única opinião.

A deles.

Querem que você compartilhe de um pensamento único.

O Conversa Afiada, modestamente, considera que o Presidente Lula lê este modesto site e gostou do nosso PUM – o Pensamento Único da Midia (golpista) !

Ontem, o Presidente Lula tinha peitado o Supremo Presidente do Supremo e o tratou como o que ele é: um de onze ministros do Supremo, que, breve, será reduzido à sua insignificância ministerial.

Clique aqui para ler Lula peita Gilmar.


O Presidente Lula resolveu ir para o ataque.

Paulo Henrique Amorim

Em tempo: o Ali Camel (*) pensa que o espectador é burro e vai acreditar no que ele diz …

Clique aqui para ler sobre a defesa que o jornal nacional (via Gilmar Dantas (**) fez do calote nos velhinhos que Zé Pedágio quer aprovar na Câmara.

Paulo Henrique Amorim

(*) Ali Camel é aquele que se utiliza da Globo para povoar mentes desérticas e disseminar idéias conservadoras e golpistas (sem muito sucesso).

(**) Acompanhe aqui, amigo navegante, como um ilustre jornalista do Globo, do Globo !, se refere a Ele (**)
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Contraponto 572 - Mais um campeão de audiência


29/10/2009

MAIS UM CAMPEÃO DE AUDIÊNCIA
Eliakim Araújo

Onipresente - terça-feira, 27 de outubro de 2009


Queiram ou não seus adversários, Lula continua um campeão de audiência em matéria de frases de retórica que se transformam em debates nacionais. Verdadeiras parábolas que trazem embutidas críticas a adversários ou explicações sobre posições polêmicas que teve que adotar no exercício da presidência.

Esta semana, foram duas tiradas sensacionais. A primeira delas, em relação à governabilidade, quando disse que “se Jesus viesse para cá, ele não governaria se não se aliasse a Judas”. De uma só tacada ele colocou em seus devidos lugares políticos como Sarney, Collor, Renan e outros menos votados, e a mídia e os políticos de oposição que o criticaram por não endurecer o jogo quando o Senado absolveu Sarney. Todos judas, deixou claro o presidente.

Mas judas existem em outras categorias profissionais, muitos assinam colunas e blogs em jornais ou fazem comentários no rádio e na TV. Um deles, fazendo-se de bobo, fingindo que não entendeu a simbologia usada pelo presidente, emitiu conceitos religiosos para criticar a frase presidencial ao dizer que Lula “perdeu a aula” em que foi ensinado que “Jesus morreu porque não se coligou com as autoridades romanas nem com os sacerdotes judeus”.

Esse comentário pueril partiu do mesmo blogueiro que denunciou, sem apurar a veracidade, no início deste ano, o caso da brasileira que se automutilou na Suiça e mentiu para as autoridades ao afirmar que foi atacada por um grupo de neonazistas. Ele nunca pediu desculpas pelo grave erro que quase levou o Brasil a declarar guerra à Suiça.

Outra tirada de mestre do presidente, foi a que mexeu com a categoria dos jornalistas. Para Lula, “o papel da imprensa não é o de fiscalizar, e sim o de informar”.

A partir daí, discute-se exaustivamente a diferença (ou semelhança) entre informar e fiscalizar. Ora, tecnicamente – e por definição - o presidente está certo. São funções inteiramente distintas. À imprensa cabe o papel de noticiar com isenção, depois de criteriosa apuração. Isso é pacífico, é regra básica de quem tem a responsabilidade de levar a informação correta ao consumidor de notícias.

Uma informação precisa e de qualidade pode levar as autoridades a fiscalizar ou investigar determinada denúncia, isso sim. Mas não cabe ao jornalista o papel de investigador, até porque ele não tem o poder de polícia. Por isso mesmo, essa história de “repórter investigativo” é uma balela criada pela nossa mídia para enganar o telespectador/leitor. Nos Estados Unidos há os repórteres “seniors”, profissionais tarimbados que fazem matérias especiais.

A meu ver, com essa história de "informação" e "fiscalização", Lula simplesmente mandou um recado àquela meia dúzia de jornalistas/colunistas que, apesar da sistemática campanha de oposição ao governo e a todas as suas iniciativas, são obrigados a admitir que fracassaram e têm que conviver com o sucesso e a popularidade do presidente.

Durante sete anos, usaram o espaço jornalístico de que dispõem para tentar desmoralizar o presidente, quase sempre de maneira ofensiva. Falharam duplamente. Na função verdadeira de “ informar”, e na função traiçoeira a de “fiscalizar”.

Obs: O "jornalista" citado no texto é NOBLAT!

(grifo do Onipresente)
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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Contraponto 571 - Mediocridade da "Fossa de São Paulo"


28/10/2009

Uma lição perdida na Folha

Carta Maior 28/10/2009

A Folha de S.Paulo é um exemplo de como ensinamentos decisivos - como os deixados por Cláudio Abramo - podem ser apagados por interesses conjunturais, ódios de classe e jornalismo de campanha. O mergulho na mediocridade parece não ter fim.

Gilson Caroni Filho*

Em 14 de agosto de 1987, o jornalismo brasileiro perdeu um de seus profissionais mais íntegros e combativos. Vítima de um infarto fulminante, morreu na manhã de uma sexta-feira o jornalista Cláudio Abramo. Onze dias depois, em editorial na revista Senhor, Mino Carta lhe dedicaria um artigo de rara beleza. Convém destacar um trecho:

"Em patrão, diria Claudio, não convém confiar em demasia. Talvez não pensasse o mesmo dos jornalistas, aos quais tentou ensinar, além do verdadeiro jornalismo, dignidade profissional e consciência de classe. Mas os jornalistas brasileiros não estão atentos às melhores lições. Quase sempre preferem inclinar-se à vontade do dono, diretor por direito divino, em lugar de acompanhar alguns raros colegas dispostos a professar sua fé em um tipo de imprensa que transcende os interesses de uma família e de uma casta."

Abramo esteve no comando do Estado de S.Paulo e da Folha de S.Paulo. No jornal da família Frias foi chefe de reportagem, secretário e diretor de Redação. Sempre se bateu pelo rigor da apuração, pela edição correta, ignorando angulações demarcadas pelos proprietários dos veículos. Seus critérios de escolha nunca colocaram interesses empresarias acima da ética. Não fez concessões ao jornalismo declaratório. Nunca obedeceu aos cânones que estabelecem a primazia da opinião sobre a informação. Foi, sem dúvida, um professor com poucos discípulos. Um iconoclasta que aceitou viver o sacrifício dos que não se alinham incondicionalmente. Um sacerdote a agir como mediador entre o noticiário e o leitor. A expressão exata de uma deontologia que não separa o profissional do cidadão. Pelo contrário, reforça, por ação recíproca, as duas dimensões de quem age a descoberto.

Procedimento curioso
São homens desse porte que fazem a diferença e mostram, pela ausência, uma imprensa que se perdeu de si mesma. Que ignora a relevante função social que deveria desempenhar, vinculando-se ao princípio das responsabilidades mútuas em uma estrutura democrática para melhor revitalizar o espaço público.

A Folha de S.Paulo é exemplo de como ensinamentos decisivos podem ser apagados por interesses conjunturais, ódios de classe e jornalismo de campanha. O mergulho na mediocridade parece não ter fim e, a julgar pelas últimas edições, o patético parece dar o tom de uma Redação onde patrões e jornalistas partilham o mesmo imaginário, não se dando conta que jamais deixarão suas condições de origem. Nem os patrões virarão jornalistas, nem os escribas, por mais que se esforcem, participarão como membros efetivos das famílias para as quais trabalham com afinco.

Mas se a tarefa é desconstruir governos, candidaturas, não há problemas. As folhas do aquário se vergam ao menor sopro, apostando na cumplicidade ou estultice do leitor. Vejamos as façanhas mais recentes dos aguerridos funcionários do diário paulista. Nada resulta de incompetência, mas de cumprir com afinco o papel de oposição terceirizada que lhe foi imposto pelas forças políticas conservadoras.

Na edição de quarta-feira (21/10), tivemos na dobra superior da primeira página a seguinte manchete: "Bolsa de SP prevê queda de negócios pós-taxação". No mesmo dia, o índice Bovespa voltou a subir, e o dólar voltou a se desvalorizar frente ao real. O que esperar de uma Redação comprometida com um mínimo de decência? O mesmo destaque na edição seguinte. Não deu sequer chamada na primeira página de quinta (22/10), apenas uma nota na página B3 (mas sem informar o volume negociado na véspera).

O que mereceu chamada de capa nesse dia? "Beluzzo critica medidas do BC para segurar o câmbio no país". Na verdade, como o texto esclarece, Luiz Gonzaga Beluzzo elogiou a taxação dos capitais especulativos estrangeiros (apenas opinou que as medidas foram tardias e ainda tímidas); mas quem só ler o título terá a impressão diametralmente oposta.

Textualmente:

"O ministro Guido Mantega [Fazenda] usou corretamente o único instrumento do qual dispunha para lidar com o problema, que é o IOF. Medidas adicionais deveriam ter sido tomadas pelo Banco Central."

Isso, voltamos a insistir, não revela despreparo, mas um projeto editorial que requer de todos os envolvidos o exercício de canhestros "editores de opinião".

Desnecessário revelar que a manchete principal da quinta-feira (22) foi para a frase de Lula, cuidadosamente pinçada em sua longa entrevista ao jornal como a mais "polêmica", matéria-prima para a enxurrada de cartas indignadas de cristãos, cristãos novos e agnósticos. Do ponto de vista ecumênico um procedimento curioso. Como técnica jornalística, uma opção rasteira, lamentável e autofágica.

Vegetação rasteira
Na verdade, a Folha não chegou ao fundo do poço somente na semana passada. Na anterior, havia requentado uma farsa: o suposto encontro que Lina Vieira teve com a ministra Dilma, em que a petista teria pedido para acelerar a investigação contra as empresas da família Sarney.

Há cerca de dois meses, Lina tinha "lembrado" (mas sem apresentar provas) que a alegada reunião a sós com Dilma Rousseff teria ocorrido em 19 de dezembro de 2008 (quando a ex-secretária estava em Natal e ministra, no Rio). Agora, a tal agenda teria sido encontrada (mas não mostrada), indicando data bem diversa: 9 de outubro de 2008, dia em que o próprio Planalto já havia confirmado a presença de Lina em suas dependências.

Uma discrepância de mais de dois meses tira do "relato" original de Lina Vieira, e de suas posteriores alegações, qualquer credibilidade. É inverossímil que, em agosto último, alguém em pleno gozo, supõe-se, das faculdades mentais confundisse dezembro e outubro anteriores. E desmascara mais ainda a leviandade da nova musa da oposição, ao aventar (estimulada pela reportagem?) que a suposta interferência da ministra estaria ligada à eleição de José Sarney para a presidência do Senado – assunto que, um ano atrás, sequer estava em cogitação.

Mas nada disso açula o animus investigandi jornalistas da Folha, clara e entusiasticamente empenhada em "fazer escada" para ex-secretária da Receita Federal. Resta saber o que fará esse jornal se o Planalto provar documentalmente que, em 9 de outubro de 2008, Lina Vieira esteve na presença da ministra Dilma Rousseff juntamente com outras pessoas – e que, portanto, o tal encontro a sós não ocorreu. Dará primeira página? Noticiará o que seja?

O "delenda Dilma" da casa está a cada dia mais pelúcido. Mas não somos tão tolos como pode parecer. Começamos a ler a Folha nos tempos de Cláudio Abramo. Aquele que ensinava o bom jornalismo. Bem diferente da vegetação rasteira que prevalece nas páginas do jornal atualmente.

Artigo publicado originalmente no Observatório da Imprensa

*Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do Brasil
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Contraponto 570 - "Imprensa livre é imprensa privada?"

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28/10/2009
Imprensa livre é imprensa privada?

Carta Maior - Emir Sader* 28/10/2009 5:24

A ideologia liberal – dominante nestes tempos – costuma caracterizar se um país é democrático, pelo seu regime político, fazendo suas perguntas clássicas: se há pluralismo partidário, separação de poderes no Estado, eleições periódicas e imprensa livre. Não contempla a natureza social do país, se há universalização de direitos básicos, se se trata de uma democracia social ou apenas do sistema político.

Um dos problemas dessa visão redutiva que marca o liberalismo, seccionando a esfera político-institucional do resto da formação social, é que vai buscar a resposta no lugar errado. Saber se um país é democrático é saber se sua sociedade é democrática. O sistema político é uma parte dela e deveria estar em função não de si mesmo, mas de criar uma sociedade democrática.

Mas o pior desses critérios é tentar fazer passar que imprensa privada é critério de democracia. Imprensa privada (isto é, fundada na propriedade privada, na empresa privada) como sinônimo de imprensa livre é uma contradição nos termos. Imprensa centrada na empresa privada significa a subordinação do jornalismo a critérios de empresa – lucro, custo-benefício, etc. . etc., a ser financiado por um dos agentes sociais mais importantes – as grandes empresas. O que faz com que a chamada imprensa “livre” seja, ao contrário, uma imprensa caudatária dos setores mais ricos da sociedade, presa a seus interesses, de rabo preso com as elites dominantes.

A chamada imprensa “livre” representa os interesses do mercado, dos setores que anunciam nos veículos produzidos por essas empresas, que são mercadorias, que transformam as noticias e as colunas que publicam em mercadorias, que são compradas e vendidas, como toda mercadoria.

Antes de serem vendidos aos leitores, os jornais – assim como os outros veículos – são primeiro vendidos às agencias de publicidade, que são os instrumentos fundamentais de financiamento da imprensa “livre”. “Um anúncio de uma página em Les Echos (publicação econômica francesa), com tarifa normal, rende mais do que a totalidade de suas vendas nas bancas” – diz Serge Halimi, em artigo no Le Monde Diplomatique de outubro.

São então “livres” de quê? Do controle social, da transparência do seu financiamento, da construção democrática da opinião pública. Prisioneiros do mercado, dos anúncios, das agências de publicidade, das grandes empresas privadas, do dinheiro.


Uma imprensa livre, democrática, transparente, não pode ser uma imprensa privada, isto é, mercantil. Tem que ser uma imprensa pública, de propriedade social e não privada (e familiar, como é o caso das empresas jornalísticas brasileiras).

A Conferência Nacional de Comunicação, a ser realizada em novembro, é um momento único para redefinir as leis brasileiras, promovendo a construção e o fortalecimento de uma imprensa realmente livre, democrática, transparente, pública.

*Emir Sader, sociólogo e cientista político.
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