domingo, 2 de dezembro de 2012

Contraponto 9898 - "Janio surpreende-se com prêmio do STF a chantagista"

247 - Roberto Jefferson recebeu R$ 4 milhões do valerioduto em 2003. Dois anos depois, exigia o cumprimento de um acordo de R$ 20 milhões. Ao mesmo tempo em que pressionava o PT, era também pressionado por denúncias de corrupção e decidiu colocar a boca no trombone com as duas entrevistas que concedeu à Folha em maio de 2005. Assim nasceu o mensalão. Na semana passada, ao ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal, teve sua pena reduzida porque Joaquim Barbosa o considerou colaborador da Justiça, ainda que Jefferson não se veja como delator, nem tenha pedido a delação premiada. Num texto de sua coluna deste domingo, o jornalista Janio de Freitas, da Folha, aborda a "intepretação original", do STF no caso. Leia:

SUPREMA

Os ministros do Supremo não se entenderam muito bem em torno de confissão e colaboração. Deu no mesmo: queriam conceder a Roberto Jefferson o benefício da delação premiada e o concederam. Nem um dia de cárcere.

Decisão interessante para os conceitos de Justiça. A acusação inaugural de Jefferson era, de fato, uma forma de cobrança dos milhões que queria receber do PT. Não os recebeu mesmo, e na CPI fez, em represália, as acusações que silenciara. Daí não admitir, com certa razão, que seja delator. Interpretação muito original, portanto, a de que fez por merecer o prêmio.

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