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04/04/2013
Marco Aurélio Mello
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Quando, em 2006, nos opusemos ao tipo de jornalismo praticado pela TV
Globo na campanha eleitoral não estávamos partidarizando o debate, como
querem fazer crer nossos detratores. Nosso argumento sempre foi o de que
tínhamos que dar tudo, não apenas um lado, como se convencionou a fazer
naquele então.
Exemplo: tínhamos o caso Barjas Negri, que como secretário-executivo do Ministério da Saúde de José Serra estava diretamente ligado aos Escândalo das Ambulâncias, ao Escândalo da Sanasa, ao Escândalo da Anvisa, ao Escândalo dos Genéricos, dos Hemocentros e a tantos outros. No entanto, por mais que sugeríssemos apurar os casos, pela relevância que tinham na campanha (a mesma que teve a compra do dossiê pelos aloprados ou o rescaldo do Mensalão), éramos impedidos de realizar o trabalho.
Na verdade, em alguns casos, tínhamos autorização, mas o material não era exibido, sempre com uma desculpa alheia ao debate, como dizer que o assunto era árido demais ou porque não cabia no telejornal até que engavetado ficasse velho ou fosse esquecido. Passou a ser comum levantar do arquivo material não exibido para demonstrar que o assunto foi coberto, quando na verdade, ficou pronto e não foi ao ar.
A iniciativa por parte dos parlamentares senador Roberto Requião e deputado Paulo Pimenta (nos vídeos ao lado, aqui no blog) (abaixo) vêm colocar foco sobre uma questão que estamos a debater, desde 2005 internamente na TV Glodo e, depois da caça às bruxas promovida em 2007, nos blogs ditos progressistas, apelidados por José Serra, não por acaso de "blogs sujos".
Faço votos e tenho esperança de que este debate ganhe corpo, mesmo sabendo que a bancada das teles seja enorme e a costura política dentro do governo estaja muito bem costurada. Percebo que há um espraiamento do tema e logo logo parte da opinião pública vai entender a importância do jornalismo na formação de uma democracia plural e mais justa.
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Exemplo: tínhamos o caso Barjas Negri, que como secretário-executivo do Ministério da Saúde de José Serra estava diretamente ligado aos Escândalo das Ambulâncias, ao Escândalo da Sanasa, ao Escândalo da Anvisa, ao Escândalo dos Genéricos, dos Hemocentros e a tantos outros. No entanto, por mais que sugeríssemos apurar os casos, pela relevância que tinham na campanha (a mesma que teve a compra do dossiê pelos aloprados ou o rescaldo do Mensalão), éramos impedidos de realizar o trabalho.
Na verdade, em alguns casos, tínhamos autorização, mas o material não era exibido, sempre com uma desculpa alheia ao debate, como dizer que o assunto era árido demais ou porque não cabia no telejornal até que engavetado ficasse velho ou fosse esquecido. Passou a ser comum levantar do arquivo material não exibido para demonstrar que o assunto foi coberto, quando na verdade, ficou pronto e não foi ao ar.
A iniciativa por parte dos parlamentares senador Roberto Requião e deputado Paulo Pimenta (nos vídeos ao lado, aqui no blog) (abaixo) vêm colocar foco sobre uma questão que estamos a debater, desde 2005 internamente na TV Glodo e, depois da caça às bruxas promovida em 2007, nos blogs ditos progressistas, apelidados por José Serra, não por acaso de "blogs sujos".
Faço votos e tenho esperança de que este debate ganhe corpo, mesmo sabendo que a bancada das teles seja enorme e a costura política dentro do governo estaja muito bem costurada. Percebo que há um espraiamento do tema e logo logo parte da opinião pública vai entender a importância do jornalismo na formação de uma democracia plural e mais justa.
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- Marco Aurélio Mello. Jornalista formado pela Metodista de SBC. Aluno convidado do curso de Comunicação de Massa e Sociedade Moderna da Universidade de La Crosse, Wisconsin, USA. Bolsista do 1º Curso de formação de Governantes da Fundação Escola de Governo. Há mais de 20 no ar.
- Marco Arélio Mello foi editor de economia da TV Globo de onde saiu em 2006 por se opor ao jornalismo ali praticado,
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