E então aparece um nome graúdo do PSDB no caso das propinas da Alstom: Andrea Matarazzo.
A Polícia Federal indiciou Matarazzo, segundo a Folha.
Andrea Matarazzo, hoje vereador pelo PSDB de São Paulo, ocupou posições importantes sob a presidência de FHC e nos governos de Serra e Alckmin.
Ele nega, e seria de estranhar que admitisse.
Agora finalmente a mamata parece que chegou ao fim, e também a impunidade abjeta que a marcou.
Depois de anos de corrupção milionária admitida pelos corruptores de multinacionais como Siemens e Alston, e não investigada nem pela justiça e nem pela mídia brasileira, os fatos emergem, sob a pressão da opinião pública que encontrou na internet uma forma de se manifestar.
Como, diante de tantas evidências fornecidas pelas próprias empresas, nada foi feito?
As primeiras denúncias fundamentadas são de 2008. Cinco anos depois, não fosse a própria Siemens admitir a formação de um cartel para ganhar licitações do metrô, tudo estaria do mesmo jeito.
Serra chegou a dizer que as denúncias eram “coisa do PT”, e a imprensa se limitou a publicar isso em vez de fazer a lição de casa.
É horripilante que Robson Marinho – uma espécie de braço direito de Covas – esteja ainda hoje no Tribunal de Contas do Estado, pelo qual é pago (20 000 reais por mês) para, pausa para risada, fiscalizar contas.
Onde estava a defesa do interesse público pela mídia?
Há uma lógica estranha nas redações das grandes corporações: corrupção é nada se envolve os amigos e tudo se diz respeito aos outros.
Quanto o caso pode minar a candidatura de Alckmin a um novo mandato em 2014 está em aberto.
Mas os paulistas terão uma excelente chance de mostrar que querem uma forma nova de fazer política.
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