sábado, 6 de setembro de 2014

Contraponto 14.693 - "Doleiro detona Bláblá "

 

 06/09/2014

Doleiro detona Bláblá

“Nova política” tinha Caixa 2 ou eram 3 ?


Conversa Afiada - 06/09/2014




Empresa que pagou jatinho que levava Eduardo Campos teria recebido R$ 100 mil de doleiro


A empresa Câmara & Vasconcelos, que teria pago R$ 159,9 mil para custear parte da compra do jatinho de campanha do PSB que caiu matando o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos e outras seis pessoas, teria recebido R$ 100 mil reais da MO Consultoria; uma empresa que a Polícia Federal (PF) considera de fachada e que é controlada pelo doleiro Alberto Youssef, que foi preso durante a Operação Lava Jato.

As informações são do jornal Folha de S. Paulo que cruzou a lista de fornecedores da Lava Jato com a das empresas que teriam custeado o jatinho, segundo a AF Andrade; que aparece junto à Agência Nacional de Avião Civil (Anac) como dona do avião, mas que afirma ter vendido a aeronave para os empresários pernambucanos João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, Apolo Santana Vieira e Eduardo Ventola. Os dois documentos estão em posse da PF.

Ao todo, a AF Andrade diz ter recebido R$ 1,71 milhão pelo pagamento do avião, em 16 depósitos. A suspeita da polícia é que esse dinheiro seja proveniente de caixa dois.

Reportagem do Jornal Nacional mostrou que a Câmara & Vasconcelos tem como sede uma sala vazia em Nazaré da Mata. O dono é Paulo César de Barros Morato, que afirmou ao jornal paulista desconhecer tanto Youssef, quanto a MO Consultoria. Ele confirmou o empréstimo a João Carlos Lyra para o pagamento do jatinho.

A Folha de S. Paulo também procurou o PSB, que disse não saber da relação entre Youssef e a Câmara & Vasconcelos. O partido tem dito que não tem responsabilidade sobre o processo de compra do avião.


Da Folha, em abril:

Irmão de dirigente do PSB pediu dinheiro a doleiro, diz polícia



Mensagens indicam repasses a parente do ex-ministro Fernando Bezerra, aliado de Eduardo Campos em PE

Depósitos de Alberto Youssef alimentaram as contas do filho e da mulher do ex-presidente da Codevasf


Ex-presidente da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) e irmão do ex-ministro Fernando Bezerra, Clementino de Souza Coelho foi flagrado na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, pedindo dinheiro para o doleiro Alberto Youssef.

Clementino presidiu por um ano a Codevasf, uma empresa pública vinculada ao Ministério da Integração Nacional, comandado por Fernando Bezerra de 2011 a 2013. Bezerra, que escolheu o irmão para o cargo, chefiou o ministério por indicação do PSB e é homem de confiança do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, pré-candidato do PSB ao Planalto.

A PF interceptou trocas de e-mails de Clementino com o doleiro, preso desde março.

A polícia encontrou nas mensagens comprovantes de depósito em valores fracionados para “João”, além de pedidos de dinheiro para “Maria” e “Fábio”.

Números indicados por Youssef nas mensagens como os dos CPFs dos favorecidos correspondem aos documentos de João Clementino de Souza Coelho e Maria Cristina Navarro de Brito, respectivamente, filho e mulher de Clementino de Souza Coelho.

“Fábio” é descrito pela PF como Fábio Leivas, que a polícia não diz quem é. A Folha não conseguiu identificá-lo.

Em um dos e-mails, de 30 de janeiro deste ano, Clementino enviou a Youssef, a quem chama de primo”, dados de uma conta bancária com os dizeres: “assim sendo fica: Fabio 30, Maria aprx 35, joao 60″. A expressão “aprx” significa “aproximadamente”.

No dia seguinte, o ex-presidente da Codevasf cobrou por e-mail: por favor, assegure que as entregas serão feitas hoje ainda os 3 endereços fornecidos, sendo JOAO 60, FABIO 30 E MARIA OS 35…”.

No dia 4 de fevereiro, Youssef enviou os dados bancários de João Clementino e Maria para um contato que a PF suspeita auxiliar o doleiro no possível “cometimento do crime de evasão de divisas”.

O contato do doleiro escreveu “60.000,00” embaixo do nome de João e “35.289,00” embaixo de “Maria”. A PF apreendeu ainda comprovantes de depósitos em nome de João Clementino, em valores diversos, segundo o relatório: “R$ 500, R$ 10.000, R$ 9.900″.

A Folha tentou falar ontem diversas vezes com Clementino e Maria Cristina. Deixou recados com uma funcionária do casal, mas não obteve resposta. A Folha não conseguiu localizar João Clementino.

Procurado pela Folha, o ex-ministro Fernando Bezerra disse desconhecer o assunto e prometeu entrar em contato com o irmão para que ele desse mais esclarecimentos, mas não pôde localizá-lo.

Bezerra deixou o governo em 2013, após Eduardo Campos romper com o PT para se lançar candidato ao Planalto. Segundo Bezerra, Clementino não é filiado ao PSB.

Em janeiro de 2012, Clementino teve de deixar a presidência da Codevasf, após acusações de que Bezerra teria ignorado o decreto antinepotismo ao manter o irmão na estatal durante um ano. Ele foi nomeado após Bezerra tomar posse no Ministério da Integração Nacional.

A Codevasf possui um orçamento bilionário para investir em obras como a perfuração de poços para o combate à seca no Nordeste.



Clique aqui para ler “Nova política. Dudu e Paulo Roberto”

Aqui para “Se a lista é a do Noblat, pau neles !”



Fernando Bezerra, Paulo Roberto e Eduardo Campos


Novamente Fernando Bezerra, Paulo Roberto e Eduardo Campos


Na foto, Eduardo Campos, Marina Silva e Bezerra em campanha


Em campanha, Marina, Beto Albuquerque e Bezerra (Foto: Estadão)
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