06/09/2014
Dilma avança em Minas e Rio Grande do Sul
Tijolaço - 6 de setembro de 2014 | 17:12 Autor: Miguel do Rosário
As últimas pesquisas, revelando uma relativa acomodação do quadro eleitoral, abrem espaço para análises um pouco mais objetivas. Coisa que não parecia possível até algumas semanas, em função da reviravolta causada pela morte de Campos e a ascensão meteórica de Marina Silva, surfando numa onda midiático-emocional.
Conforme sondagens do Datafolha feitas em diversos estados importantes, cujos relatórios foram divulgados há pouco pelo instituto, indicam que a base eleitoral de Marina é o estado de São Paulo.
São Paulo, com 32 milhões de eleitores, ou 22% do total nacional, está puxando a média de Marina para cima.
Marina tem 42% em São Paulo, contra 23% de Marina e 18% de Aécio Neves.
A ex-ministra também tem um bom desempenho no Rio de Janeiro, que é o estado com maior população evangélica no país.
Em Minas Gerais, porém, Marina obtém um desempenho abaixo de sua média nacional, e Dilma vem avançando. A petista lidera no estado, com 35%.
O eleitorado mineiro de Dilma parece bastante consolidado, porque a aprovação da presidenta também cresceu bastante no estado, atingindo hoje 40% de Ótimo/Bom.
Os números mostram uma convergência entre as intenções de voto no primeiro turno em Dilma e a avaliação de Ótimo/Bom do governo.
Uma das consequências mais curiosas da reviravolta causada pela morte de Campos e a entrada de Marina no jogo foi a violenta derrocada de Aécio Neves em Minas Gerais. Em pesquisa feita ao final de agosto, pelo Ibope, Aécio tinha 34% das intenções de voto, Dilma 31% e Marina 20%.
Na sondagem Datafolha, mais recente, o tucano aparece com 22% em Minas. Seus eleitores migraram para Marina.
A performance ruim de Aécio não deve ajudar seu candidato, Pimenta da Veiga, a crescer nas pesquisas. Segundo o Datafolha, o petista Fernando Pimentel venceria Pimenta por 41% a 28%, no segundo turno.
O eleitorado de Pimentel tende a crescer, porque ele chega a 47% (no segundo turno) entre os homens, que costumam definir mais cedo seu voto.
Pimentel tem um eleitorado que pode ajudar Dilma: ele tem boa performance em segmentos nos quais a petista encontra certa dificuldade: mais jovens, renda mais alta e escolaridade média e superior.
E Dilma, por sua vez, pode também ajudar Pimentel onde ele precisa ainda crescer e se consolidar: entre os mais pobres.
Os quatro principais candidatos ao governo do Estado do Rio, contudo, apoiam Dilma e isso pode ajudar a petista, já que nenhum candidato atacará ou criticará a petista durante a campanha.
Outra performance positiva para Dilma, segundo o Datafolha, encontra-se no Rio Grande do Sul, onde a petista tem 38% das intenções de voto, que é mais ou menos o mesmo percentual do governador Tarso Genro, num provável segundo turno com Ana Amélia (PP).
Também aí pode haver uma complementaridade positiva entre Tarso e Dilma. O governador tem força sobretudo na capital e nas cidades mais populosas do estado.
Num eventual segundo turno no Rio Grande do Sul, Tarso perderia por 49% a 39% de Ana Amélia, mas ganharia por 45% a 36% na capital.
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