segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Contraponto 14.784 - "Banco Central: Candidata do PSB rema contra a maré mundial"

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15/09/2014


Banco Central: Candidata do PSB rema contra a maré mundial


Do Viomundo - publicado em 15 de setembro de 2014 às 10:13


joseph-stiglitz


Stiglitz: Independência do Banco Central é desnecessária e impossível


de 3 de janeiro de 2013

Joseph Stiglitz, duas vezes vencedor do Prêmio Nobel e um dos economistas mais famosos de nossa época, disparou uma barragem verbal contra a independência do Banco Central hoje na C D Deshmukh Memorial Lecture, na Índia,  segundo o The Times of India.

Ironicamente, ele falou logo depois de Duvvuri Subbaro, que governa o Reserve Bank, que apresentou Stiglitz depois de argumentar pelo aumento da autonomia do banco central da Índia.

De acordo com Stiglitz, a autonomia do banco central é superestimada — já que não se correlaciona necessariamente com melhor performance econômica — e impraticável:
“[A crise] demonstrou que um dos princípios centrais defendidos pelos banqueiros ocidentais — o desejo de independência do banco central — é no mínimo questionável. Na crise, países com menor independência do banco central — China, Índia e Brasil — se deram muito, muito melhor que países com bancos centrais independentes, na Europa e nos Estados Unidos. Não existem instituições verdadeiramente independentes. Todas as instituições públicas respondem a alguém e a verdadeira pergunta é a quem”.

Ele acredita que, antes da crise financeira [de 2008], o Federal Reserve [Banco Central dos Estados Unidos] respondia apenas a Wall Street, e reservou ao presidente do Fed em Nova York, William Dudley, críticas especialmente duras. Stiglitz alega que Dudley foi “um modelo de governança ruim” por causa de um conflito de interesses inerente: ele salvou os mesmos bancos que deveria ter regulamentado e fiscalizado — os mesmos bancos que permitiram a Dudley conquistar seu cargo.

Segundo a agência de notícias Reuters, a ideia de independência do banco central está sob cerco em todo o mundo. A tendência é sem dúvida liderada pelo recém-eleito primeiro ministro do Japão, Shinzo Abe, que tem pressionado fortemente o Banco do Japão no sentido de promover  o chamado Quantitative Easing para combater a deflação, desvalorizar o yen e acelerar o crescimento econômico.

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