segunda-feira, 9 de março de 2015

Contraponto 16.236 - "Altamiro Borges: Envenenada pela mídia, direita está excitada com a possibilidade de derrubar o governo"

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09/03/2015


Altamiro Borges: Envenenada pela mídia, direita está excitada com a possibilidade de derrubar o governo


Viomundo - publicado em 08 de março de 2015 às 23:31


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A revolução das varandas

As vaias golpistas. Acorda Dilma!

Por Altamiro Borges, em seu blog

Durante o pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff em rede nacional de rádio e televisão, neste domingo (8), vaias e panelaços foram ouvidos em alguns bairros da capital paulista.
Pelas internet foi foi possível notar que os protestos, aos berros de “Fora Dilma”, “Fora PT” e de alguns adjetivos mais raivosos, partiram de regiões da chamada classe média paulistana.
De qualquer forma, o barulho deve servir para acordar a presidenta recém-eleita pela maioria do povo brasileiro.

Envenenada pela mídia tucana, a direita está excitada com a possibilidade de derrubar governo. Ou Dilma parte para ofensiva política ou o seu mandato poderá ser encurtado pelas manobras golpistas.
A jornalista Barbara Gancia, que participa de um programa da GloboNews e não pode ser acusada de governista, ficou impressionada com a reação de alguns bairros “nobres” de São Paulo.

Na sua conta no Twitter, ela registrou: “Barulho de bate panela e vaia ensurdecedores no Itaim Bibi. Discurso de Dilma estará sendo recebido com o mesmo ‘entusiasmo’ no Itaim Paulista [periferia]?”.
De imediato, vários de seus seguidores descreveram a situação dos seus locais de moradia, o que confirma que as vaias, panelaços e apitaços foram “classistas”, da elite alienada e hidrófoba da capital paulista.

Marco Barretto postou: “Aqui nos Jardins foi o maior barulho!”. Mari Andrade relatou: “Morumbi fez barulho”. E Luciana Vozza acrescentou: “Acabei de ver um vídeo de Moema. Muitos gritos. Aqui em Pinheiros, divisa com Vila Madalena, começando barulhinhos”.

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Já Marcos Alves, da região operária do ABC paulista, brincou: “Em Santo André só barulho da chuva, que delícia”. Rovilson de Freitas também deu seu relato da periferia. “Pirituba, silêncio…”. Ju Oliveira completou: “O bom de morar na perifa é isso. Não ouço nada”. E outro internauta ainda deu uma alfinetada nos tucanos aloprados: “Aqui tá normal! Mas avisa o povo para não suar muito porque não tem água para tomar banho”.

Apesar das diferenças geográficas e de classe, as vaias orquestradas neste domingo a partir das redes sociais indicam que a polarização social se aprofunda no país.


O discurso do ódio está nas ruas e na internet. Em seu pronunciamento em rede nacional de rádio e tevê, Dilma Rousseff até reconheceu que a situação do país é delicada.

Há uma crise mundial que afeta a economia brasileira e prevalece a desinformação que irrita a sociedade.

Conforme enfatizou, “o Brasil passa por um momento diferente do que vivemos nos últimos anos, mas nem de longe está vivendo uma crise na dimensão que dizem alguns”.
s crises do passado que quebravam e paralisavam o país”, relembrando o triste reinado tucano de FHC.

A presidenta ainda justificou as medidas de ajuste fiscal adotadas no início do seu segundo mandato, mas garantiu que elas não prejudicarão “as conquistas dos trabalhadores e da classe média” — o que é bem difícil de acreditar.

Seu discurso foi sincero, mas insuficiente para conter o ódio dos golpistas e para animar os setores sociais que garantiram sua reeleição em outubro passado.

Para derrotar a onda direitistas em curso — que terá um teste decisivo nas marchas golpistas marcadas para 15 de março –, Dilma Rousseff precisará de muito mais.

De imediato, ela precisará deixar o ‘bolha’ do Palácio de Planalto e voltar às ruas, em especial nas regiões brasileiras que manifestaram maior esperança no seu segundo mandato; deverá apresentar uma agenda positiva, com propostas que correspondem ao clamor de mudanças expresso nas urnas; e precisará reforçar a “batalha de comunicação” que polemize com as elites golpistas.

Sem uma agenda mais aguerrida e radical, Dilma Rousseff terá dificuldades para concluir o seu segundo governo ou será “sangrada” e emparedada durante todo o seu mandato. A conferir!

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