sexta-feira, 19 de junho de 2015

Contraponto 17.034 - "Izaías Almada: Brancaleone brasileiro expôs o país ao ridículo para tentar criar problema para Dilma"


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19/06/2015

Izaías Almada: Brancaleone brasileiro expôs o país ao ridículo para tentar criar problema para Dilma


Do Viomundo - publicado em 19 de junho de 2015 às 18:30


Aécio e a turma-001

PREFIRO OS ORIGINAIS


Izaías Almada, especial para o Viomundo



O artigo 4º dos Princípios Fundamentais da Constituição da República Federativa do Brasil diz exatamente o seguinte:

A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
I – independência nacional;
II – prevalência dos direitos humanos;
III – autodeterminação dos povos;
IV – não intervenção;
V – igualdade entre os Estados;
VI – defesa da paz;
VII – solução pacífica dos conflitos;
VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX – cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X – concessão de asilo político.

Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino americana de nações.


Qualquer pessoa minimamente esclarecida que saiba ler e escrever, além de colorir livros (agora na moda), entenderá o significado dos princípios acima enumerados. O que se dirá, então, de um grupelho de senadores, de políticos brasileiros, que por iniciativa própria se dirigem a um país vizinho para criar um conflito, no mínimo, diplomático?

Arrogantes, irresponsáveis, provocadores será o mínimo a dizer sobre esses cidadãos, a quem o escritor Fernando Morais, chamou de “Os Três Patetas”, muito embora sejam cinco ou seis, todos representantes da já velha e ensebada direita brasileira.

Convidados pelas esposas de dois dirigentes políticos da oposição venezuelana que se encontram detidos por atentarem contra a legalidade democrática da Venezuela (sua pregação golpista e os atentados já praticados levaram à morte dezenas de cidadãos daquele país irmão) e pela derrubada do presidente Maduro.

Internamente, a Venezuela já enfrenta esse tipo de oposição desde que o presidente Hugo Chávez foi eleito pela primeira vez. Oposição, diga-se de passagem, monitorada e orientada pela CIA e o Departamento de Estado dos Estados Unidos. Quem quiser saber a respeito, procure pelos livros e documentos publicados pela advogada Eva Golinger, venezuelana que vive nos EUA. Alguns diplomatas norte americanos já foram expulsos da Venezuela e os dois países ficaram um bom tempo sem embaixadores.

O jogo é pesado, para profissionais e não para amadores, verdadeiros capiaus da política internacional, que perderam o rumo de Caracas tão logo saíram do aeroporto e retornaram ao Brasil em vinte a quatro horas. Papelão, indigno dos brasileiros que, por acaso, representam no senado.

A palhaçada, em nome de “princípios democráticos”, vejam só, abrilhantou o convescote dos irresponsáveis que deixaram Brasília num jato da FAB e regressaram com o rabo entre as pernas. 

Aliás, bem ao estilo dos nossos vira latas. Machões, impulsivos, alguns até gostam de bater em mulheres e “otras cositas mas”, o exército de Brancaleone brasileiro, expôs o país ao ridículo, na torpe tentativa de criar mais um problema para a presidente Dilma Rousseff.

Voltam ao país exatamente no dia em que a república separatista do Paraná anuncia novas prisões preventivas e a rua do humorista Jô Soares é pichada com ameaças de morte a ele. Uma coisa tem exatamente a ver com outra: perguntem à CIA.

Esse filme é repetido há anos em vários países do mundo. O que muda, por vezes, é a qualidade das marionetes empregada para as tentativas (muitas conseguidas) de desestabilização, sempre em nome da democracia.

Em matéria de patetas, prefiro dos originais: Moe, Larry e Curly.


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