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29/06/2015
Uma breve análise psicológica do fanático que gritou insultos para Mantega. Por Paulo Nogueira
Vamos a uma breve análise psicológica do fanático que gritou insultos para Mantega num restaurante em São Paulo.
Primeiro, examinemos o conteúdo de suas palavras.
Ele disse que o PT está destruindo o Brasil. E citou a Petrobras, especificamente.
Falou com ódio.
De onde vem esse tipo de afirmação?
Não dos fatos, não das estatísticas frias. O Brasil, econômica e socialmente, avançou nos últimos anos.
Virou um dos objetos de cobiça das grandes empresas internacionais, e de potências globais como a China, como se viu recentemente.
E a Petrobras, a despeito dos recentes acontecimentos, é maior do que jamais foi antes. Seu valor em dólar multiplicou-se desde 2003, quando Lula assumiu, e o pré-sal é uma realidade que atrai corporações como a Shell.
Não encontra amparo nos dados, portanto, a explosão do homem que agrediu Mantega.
Pensemos nele próprio.
Se está comendo num restaurante como aquele em que cruzou Mantega, é porque sua situação pessoal é boa.
Em apuros financeiros, uma das primeiras coisas que você corta é a ida a restaurantes, sobretudo os mais caros.
Se não são as coisas reais que alimentam a distopia em que vive e sofre o agressor de Mantega, o que é?
É a mídia, naturalmente.
Aquele é um homem atormentado não pela situação em si, mas pelo que chega a ele pelas grandes empresas de jornalismo.
Uma coincidência notável se deu ontem.
Faustão disse a Marieta Severo que este é o “país da desesperança”. Ela cortou. Replicou que este é o país da “inclusão social”.
A mensagem de Faustão – a desesperança, o sofrimento – jamais sofreu antes a correção feita por Marieta Severo.
É um símbolo do que acontece no Brasil.
As corporações de mídia bombardeiam cidadãos como o do caso Mantega com um noticiário que distorce torrencialmente a realidade.
É o extremo oposto do que acontecia na ditadura militar, quando as notícias dessas mesmas empresas pintavam uma ilha de prosperidade num mundo convulso.
O alvo mais fácil dessa manipulação são pessoas como o homem que insultou Mantega.
Eles acreditam que jornais e revistas publicam verdades. Se saiu no jornal, é fato. É essa a lógica.
Disso tudo nasceu a cultura do ódio cego, obtuso que vai dar em cenas como a do restaurante.
As administrações petistas têm sido inoperantes em se contrapor a esse mar de lama jornalística.
O paradoxo maior é que as empresas de mídia vivem do dinheiro público, derivado de anúncios, financiamentos e outras mamatas.
Nunca o governo se debruçou, com coragem, sobre a forma como financia uma mídia que é fundamentalmente antipovo.
Como em tantas outras coisas, o PT no poder não reformou isso – a brutal quantidade de dinheiro público que vai dar nas empresas jornalísticas.
Sobrou esperança e faltou coragem.
A esperança era que, como aconteceu sempre, o dinheiro comprasse, se não simpatia, ao menos alguma objetividade.
A coragem não se apresentou diante do medo da retaliação dos barões da mídia.
Foi neste quadro que surgiram absurdos como a “mídia técnica”, um eufemismo para o Planalto continuar a privilegiar nas suas decisões publicitárias companhias que sabotam incessantemente tudo que fuja do interesse da plutocracia.
A melhor defesa das administrações petistas acabou vindo de algo que nada tem a ver com o partido: a internet. Ali, você tem contrapontos à intoxicação pseudonoticiosa das empresas jornalísticas.
Nem Getúlio e nem Jango tiveram isso, e caíram.
O fanático que assediou Mantega é filho da mídia. É um analfabeto político, um midiota que pensa saber muito quando, na verdade, se contorce histérico num espetáculo de marionetes.
Mas, até lá, seremos obrigados a engolir cenas como a do restaurante em que Mantega foi insultado.
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Primeiro, examinemos o conteúdo de suas palavras.
Falou com ódio.
De onde vem esse tipo de afirmação?
Não dos fatos, não das estatísticas frias. O Brasil, econômica e socialmente, avançou nos últimos anos.
Virou um dos objetos de cobiça das grandes empresas internacionais, e de potências globais como a China, como se viu recentemente.
E a Petrobras, a despeito dos recentes acontecimentos, é maior do que jamais foi antes. Seu valor em dólar multiplicou-se desde 2003, quando Lula assumiu, e o pré-sal é uma realidade que atrai corporações como a Shell.
Não encontra amparo nos dados, portanto, a explosão do homem que agrediu Mantega.
Pensemos nele próprio.
Se está comendo num restaurante como aquele em que cruzou Mantega, é porque sua situação pessoal é boa.
Em apuros financeiros, uma das primeiras coisas que você corta é a ida a restaurantes, sobretudo os mais caros.
Se não são as coisas reais que alimentam a distopia em que vive e sofre o agressor de Mantega, o que é?
É a mídia, naturalmente.
Aquele é um homem atormentado não pela situação em si, mas pelo que chega a ele pelas grandes empresas de jornalismo.
Uma coincidência notável se deu ontem.
Faustão disse a Marieta Severo que este é o “país da desesperança”. Ela cortou. Replicou que este é o país da “inclusão social”.
A mensagem de Faustão – a desesperança, o sofrimento – jamais sofreu antes a correção feita por Marieta Severo.
É um símbolo do que acontece no Brasil.
As corporações de mídia bombardeiam cidadãos como o do caso Mantega com um noticiário que distorce torrencialmente a realidade.
É o extremo oposto do que acontecia na ditadura militar, quando as notícias dessas mesmas empresas pintavam uma ilha de prosperidade num mundo convulso.
O alvo mais fácil dessa manipulação são pessoas como o homem que insultou Mantega.
Eles acreditam que jornais e revistas publicam verdades. Se saiu no jornal, é fato. É essa a lógica.
Disso tudo nasceu a cultura do ódio cego, obtuso que vai dar em cenas como a do restaurante.
As administrações petistas têm sido inoperantes em se contrapor a esse mar de lama jornalística.
O paradoxo maior é que as empresas de mídia vivem do dinheiro público, derivado de anúncios, financiamentos e outras mamatas.
Nunca o governo se debruçou, com coragem, sobre a forma como financia uma mídia que é fundamentalmente antipovo.
Como em tantas outras coisas, o PT no poder não reformou isso – a brutal quantidade de dinheiro público que vai dar nas empresas jornalísticas.
Sobrou esperança e faltou coragem.
A esperança era que, como aconteceu sempre, o dinheiro comprasse, se não simpatia, ao menos alguma objetividade.
A coragem não se apresentou diante do medo da retaliação dos barões da mídia.
Foi neste quadro que surgiram absurdos como a “mídia técnica”, um eufemismo para o Planalto continuar a privilegiar nas suas decisões publicitárias companhias que sabotam incessantemente tudo que fuja do interesse da plutocracia.
A melhor defesa das administrações petistas acabou vindo de algo que nada tem a ver com o partido: a internet. Ali, você tem contrapontos à intoxicação pseudonoticiosa das empresas jornalísticas.
Nem Getúlio e nem Jango tiveram isso, e caíram.
O fanático que assediou Mantega é filho da mídia. É um analfabeto político, um midiota que pensa saber muito quando, na verdade, se contorce histérico num espetáculo de marionetes.
Manobram-no quando ele imagina andar com as próprias pernas.
O rápido avanço da internet vai acabar minando o poder boicotador da imprensa. A manipulação será, a cada dia, mais difícil.
Mas, até lá, seremos obrigados a engolir cenas como a do restaurante em que Mantega foi insultado.
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