10/10/2015
O fim de Eduardo Cunha
Por Fernando Brito
Eduardo Cunha foi-se.
Não há mais cumplicidade do PSDB, não há mais pedido de impeachment, não há nada mais que possa salvar Eduardo Cunha.
Ele sempre foi uma abjeção, mas agora é só um molambo.
Vai ter sua vida familiar, com seus gastos pagos com cartões suíços, esquadrinhada e execrada nas manchetes.
Os detalhes sórdidos se sucederão, um pior que o outro.
Infelizmente, os dele, só os dele.
Porque Eduardo Cunha não chegou onde chegou sozinho.
Comprou apoios e os revendeu a muita e variada gente.
É o escroque profissional, do tipo que pulula em Brasília.
Do tipo que todo mundo sabe que é mas não tem jeito de se livrar numa política movida a dinheiro, que ele insiste em eternizar, enfiando até na Constituição o financiamento empresarial.
Cunha era o ponta-de-lança do impeachment e só por isso ganhava o “benefício da dúvida” do tucanato.
Agora, nem este mais.
Um milhão de dólares em contas de cartão de crédito para pagar os “alfinetes” da Senhora Cunha é dose para leão.
Eduardo Cunha não tem condições de fazer acordo com quer que seja.
Tornou-se um zumbi. Só o que pode fazer é contaminar.
Brasília inteiro sabe disso e não foi outra a razão que levou a maioria do PMDB a desembarcar de sua canoa.
Antes do PSDB, que comprou as “ações do Cunha” na alta e vai ter de vende-las na baixa.
Faro pior, só mesmo o de Veja, que dá capa para a “queda” da Presidenta.
Deveria, por jornalístico, ter dado para a queda, sem aspas, do presidente da Câmara.
Que não chega vivo politicamente ao final da semana.
O Governo volta a ter maioria na Câmara, se não fizer besteira.
Deixe Cunha afundar sozinho e jogue bóias para os náufragos do seu barco.
Quem vai ganhar o abraço do afogado de Cunha é o PSDB, que o mimava.
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