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28/05/2016
STF não pode ser temer, nem cunha, nem jucá e muito menos gilmar – Impeachment é golpe!
Palavra Livre - 28/05/2016 06:28 AM PDT
Por Davis Sena Filho
Há
cerca de três anos, eu afirmo, categoricamente, por intermédio de
artigos em inúmeros sites e blogs, que após a derrota do senador tucano
Aécio Neves para Dilma Rousseff, em outubro de 2014, o golpe recrudesceu
e chegou à sua segunda etapa, pois a primeira começou a partir das
manifestações de junho de 2013, que perduraram com força até fevereiro
de 2015, quando tais movimentos, à frente os black blocs, como massa de
manobra, e a imprensa corrupta e sonegadora de impostos dos magnatas
bilionários, começaram a desconstruir o Governo Trabalhista e a
mandatária petista, eleita por 54,5 milhões de votos — ressalta-se.
Outrossim,
paralelamente a este processo golpista promovido por uma súcia de gangsters, que tomou a Presidência da República de assalto, como fazem
os assaltantes de bancos ou a ralé do crime que rouba pedestres,
passageiros de ônibus e residências, o consórcio formado pelo
Judiciário, Imprensa alienígena, Fiesp e PSDB/DEM se mobilizou com tal
força e organização, que o crime de conspiração para depor do poder
Dilma Rousseff se concretizou pelas mãos do ex-presidente da Câmara,
Eduardo Cunha, um político envolvido com todo tipo de falcatruas
comprovadas documentalmente e por meio de gravações.
O
golpe bananeiro de estado, que teve e tem a cumplicidade e o apoio de
setores do sistema Judiciário (STF, PGR e PF), que resolveu,
indevidamente, fazer política e ocupar a linha de frente no que tange a
combater o PT e a presidente eleita legitimamente pelo voto popular, a
efetivar uma oposição perniciosa, covarde e ilegítima, porque juízes,
promotores e policiais federais se aproveitaram da força da Lei e de
seus cargos públicos para escolherem lado partidário, além de tratarem
como idiotas milhões de brasileiros que perceberam que o golpe promovido
pela casa grande é um processo, indelevelmente, viciado.
A
faixa dos coxinhas que protestavam nas ruas de Copacabana dizia, sem o
mínimo de consciência política: "Somos todos Cunha"! Nada mais
esclarecedor e verdadeiro, além de estarrecedor. O consórcio do golpe
simbolizado na pessoa de Cunha, porque tem seu cheiro, alma, índole e
caráter. Tal miscelânea se resume em conspiração, na qual a quadrilha
que assaltou o Brasil e agora tenta, com toda força e perversidade
possíveis, impor e implementar, despoticamente e ilegalmente, um
programa neoliberal que foi derrotado pelas urnas em quatro eleições
consecutivas.
A
escumalha tomou posse do que não é seu constitucionalmente, como faz o
fora da lei, porque não é de seu direito o poder máximo da República,
quando percebemos que homens brancos, politicamente conservadores, muito
ricos e títeres da burguesia brasileira subalterna à plutocracia
internacional se movimentam contra os interesses do Brasil para não
serem presos, realidade esta que reitera que o projeto da escória de
políticos de direita é de ordem pessoal, porque tem por finalidade
livrá-los da prisão, bem como privilegiar o andar de cima, no que
compete à cobrança de impostos, à proteção às grandes fortunas e aos
pagamentos de juros à banca internacional e aos rentistas, que vivem da
jogatina do dinheiro fácil e improdutivo.
O
Golpista Traidor e Amigo da Onça, vulgo michel temer, não passa de um
fantoche que trabalha como testa de ferro dos interesses empresariais e
financeiros da direita brasileiro e estrangeira. Não apenas assevero e
apregoo, mas, sobretudo, está referendado a partir do momento que o
governo, usurpador e espúrio de temer, efetiva suas ações que são,
inquestionavelmente, antipopulares, porque todas elas, sem exceção, até
mesmo as que ainda não se concretizaram em um primeiro momento por causa
de pressões, porque se trata de um governo espúrio e provisório,
retiram benefícios e conquistas do povo brasileiro.
Ações
covardes e sectárias que têm por propósito privilegiar os ricos e os
muito ricos, como bem define o programa dos golpistas chamado,
debochadamente, de "Uma Ponte para o Futuro", que, na verdade, somente
trata dos interesses das classes dominantes em detrimento dos direitos
trabalhistas e dos avanços sociais e econômicos conquistados pelo povo
brasileiro nos últimos 12 anos.
temer
e seus aliados e cúmplices do golpe bananeiro apresentaram o programa
econômico mais violento e antissocial dos últimos quarenta anos, porque
extremamente conservador e dedicado às questões meramente de mercado, a
ter os bancos, a Fiesp, a Firjan e seus congêneres como os beneficiados,
pois são esses setores, juntamente com o sistema midiático privado, que
financiaram o golpe desditoso e que transformou o Brasil em uma
republiqueta diplomaticamente isolada, pois até agora nenhum presidente
ou primeiro ministro de países importantes não telefonaram para
cumprimentar os sediciosos, os traidores e golpistas, que se comportam
como bandidos, a fim de proteção contra a cadeia e privilegiar a quem já
é rico e estabelecido.
Tanto
é verdade que o ministro golpista da Fazenda, Henrique Meirelles, está a
ocupar o Ministério da Fazenda, quando no Governo Lula ele presidiu o
Banco Central, com o objetivo de fazer a interface com os banqueiros, a
permitir que o ministro da Fazenda de Lula, o economista Guido Mantega,
de perfil estruturalista e desenvolvimentista, pudesse trabalhar com
mais tranquilidade e, com efeito, pôr a mão na massa, no que diz
respeito a cooperar para que o Brasil efetivasse seus programas de
inclusão social e projetos de infraestrutura, com acordos comerciais a
exigir conteúdo nacional, juntamente com a proteção do poderoso mercado
interno deste País, além de promover a recuperação de setores
importantes da economia, a exemplo da indústria naval, da construção de
hidrelétricas e a transposição do Rio São Francisco, com atenção
especial também para o setor nuclear.
O
motivo principal para a pressa em desmantelar o mais rápido possível a
estrutura social e econômica construída pelos governos trabalhistas é
porque os políticos que tomaram de assalto o Palácio do Planalto estão
envolvidos até a medula com a corrupção, o tráfico de influência e o
abuso de poder, no que é relativo à Lava Jato, inclusive o golpista e
traidor -- vulgo michel temer. O Amigo da Onça é exatamente aquele que
os coxinhas despolitizados e levianos elogiaram porque ele fala o
português "muito bem", enquanto efetiva um programa econômico que fará
com que os coxinhas analfabetos políticos, mas de direita chorem
lágrimas de sangue. Quem viver verá...
As
gravações dos diálogos entre Sérgio Machado, ex-senador e ex-presidente
da Transpetro, o senador Romero Jucá, o ex-presidente José Sarney e o
presidente da Câmara, Renan Calheiros, todos do PMDB, envolvem,
indelevelmente, outros caciques de tal partido, bem como do PSDB, a
exemplo de Aécio Neves, do DEM, do PP e do Solidariedade. Não há mais
como tergiversar sobre as realidades e nem mesmo a imprensa comercial e
privada, acostumada a manipular e distorcer as notícias com a finalidade
de favorecer seus aliados políticos terá condições de manter a mesma
toada, o mesmo ritmo, como se apenas o PT e algumas de suas lideranças
estivessem envolvidos com as denúncias, as acusações e as punições
provenientes da Lava Jato do juiz de província, Sérgio Morto.
Trata-se
de um magistrado que também cometeu crimes e que algum dia terá de
responder por eles, de forma que a Justiça brasileira não perca sua
credibilidade, coisa que já acontece no que concerne ao pensamento e ao
julgamento de grande parte da sociedade deste País em relação às
atividades e às ações de juízes, principalmente os dos tribunais
superiores, que, evidentemente, envolveram-se partidariamente,
interviram nefastamente na política e agem, arbitrariamente e
inadvertidamente, como políticos sem mandato.
Os
togados escolheram lado e se alinharam aos interesses da oposição de
direita para sacramentar o golpe à revelia da vontade e da soberania das
urnas que deram à Dilma Rousseff 54,5 milhões de votos. Os golpistas
derrotados eleitoralmente conseguiram chegar ao poder por intermédio de
um golpe criminoso e criticado duramente pela sociedade organizada e
pela imprensa estrangeira, que, em peso, consideram os políticos que ora
estão no poder e a imprensa tupiniquim corruptos e golpistas, que,
ressalto mais uma vez, deram um golpe descarado para se livrarem da
prisão. O governo michel temer, além de bárbaro é também bastardo. Fato!
Em
qualquer país sério, a Corte Suprema invalidaria o impeachment depois
de uma gravação escandalosa e esclarecedora como a divulgada pela Folha
de S. Paulo nesta semana. O STF, o tribunal mais poderoso do Poder
Judiciário isolou a presidente Dilma, recusou-se a ouvi-la, bem como o
AGU José Eduardo Cardozo também não conseguiu ser ouvido em sua defesa,
mesmo a apresentar provas irrefutáveis, muitas delas lidas em público
por meio das televisões. Um absurdo lamentável praticado pelos príncipes
togados e a usar capas de Batman.
Não
se importaram com as provas que motivaram o golpe criminoso, pelo
simples fato de que tais juízes do Supremo criminalizaram a política
porque envolvidos com a trama política, sendo que partes fundamentais do
consórcio golpista, como demonstram, irrefutavelmente, as gravações de
Romero Jucá, que, ao contrário de Delcídio Amaral, ainda não foi preso,
porque o procurador-geral-contra a República, Rodrigo Não Devo Nada a
Ninguém Janot está, como a Carolina da música, a ver o tempo passar na
janela...
De
forma igual procede também o juiz de primeira instância, Sérgio Moro,
do PSDB do Paraná. O magistrado e seus pupilos do MPF, a exemplo de
Carlos Fernando e Deltan Dallagnol, não "conseguem" prender os
demotucanos corruptos. E por quê? Porque, como o herói Moro da Globo que
"Faz Diferença" afirma: "Não vem ao caso". Para ele, um dos precursores
da Justiça seletiva, só vem ao caso quando está envolvido algum
político do PT e de preferência o Lula.
O
político trabalhista e liderança popular de grandeza internacional
poderá ser candidato a presidente em 2018, sendo que por ser um dos
favoritos está a sofrer, juntamente com sua família, amigos e assessores
próximos, a mais cruel e infame perseguição midiática, política e
judicial dos últimos 50 anos. Inacreditavelmente, o Brasil é vítima de
mais um golpe bananeiro, mas violento, a ter o sistema Judiciário como
um de seus principais alicerces. Surreal! A que ponto chega uma Corte
burguesa cujos inquilinos se comportam como príncipes de punhos rendados
completamente dissociados das duras realidades do povo brasileiro.
O
STF está a matar de vergonha a sociedade brasileira. Importa-se apenas,
a excetuar-se a política, com aumento salarial da monta de quase 80%,
como fez o presidente Ricardo Lewandowski em plena deposição de Dilma
Rousseff, que jamais foi considerada por esses caras que se vestem de
preto e têm acesso a toda ordem de poder, inclusive o de segurar
processos que deveriam ser julgados, principalmente os que tratam dos
crimes dos tucanos, dos democratas e de seus parceiros de sedição contra
uma mandatária que não cometeu crime de responsabilidade. Esta verdade
tem de sempre ser dita, repetitivamente e incansavelmente. E por quê?
Porque é golpe de estado! É crime! Ponto.
Os
partidos golpistas e a imprensa de negócios privados, à frente a Globo,
assim como o STF, a Vara do Moro, a PGR e os procuradores obsessivos
pelo Lula (os do Paraná, de São Paulo e do DF) sabem e compreendem muito
bem que os partidos golpistas e de direita que tomaram de assalto o
poder central para que seus membros não sejam presos deram um golpe para
barrar a Operação Lava Jato, blindar a impunidade e manter sob controle
as instituições.
Além
disso, tentam envolver Dilma Rousseff em assuntos referentes à
arrecadação ilegal de dinheiro para financiar campanhas. Absurdo e
desfaçatez. Vale tudo, porque quem acusa não participou diretamente da
campanha eleitoral da mandatária e muito menos teve acesso à
administração dos recursos. É a tal da delação "premiada", que para ser
conseguida é necessário antes prender o investigado e acusado, que, a
não aguentar tanta pressão, entrega até a mãe e os filhos para sair da
cadeia.
É
o que acontece, dentre muitos presos pela Lava Jato, na pessoa do
ex-deputado e ex-presidente do PP, Pedro Corrêa, um criminoso confesso e
que reconheceu ser um corrupto desde a década de 1970. Chegou-se ao
ponto de o ex-preso elaborar um diálogo fictício, vazado certamente pela
Vara do Moro, por procuradores ou por policiais da PF e publicado pela
Veja, parceira dileta de ilegalidades, a Última Flor do Fáscio e
praticante de um jornalismo gangsteriano, que vem a ser o verdadeiro e
genuíno jornalismo de esgoto. Neste diálogo criminosamente remontado
pela "memória de elefante" de Corrêa, pois supostamente acontecido há
doze anos, Lula é acusado de ser o maior responsável pela corrupção da
Petrobras. Vejam só. Esses caras investigam Lula há quase três anos,
ininterruptamente, mas até hoje não acharam nada que desabonasse sua
honra e cidadania.
Sem
provas, sem gravações, sem documentos e sem quaisquer comprovações de
reuniões organizadas por Lula para arrecadar dinheiro para eleições, a
Vara do Moro, de um juiz que cometeu inúmeros crimes, inclusive o de
grampear mictórios de presos, bem como a presidente da República e
repercutir as conversas para o público, a causar comoção histérica aos
coxinhas neofascistas e apopléticos, que tentaram invadir a garagem do
Palácio do Planalto, faz com que tais investigações não sejam sérias,
porque totalmente à margem da Lei. É inacreditável e inaceitável que
servidores do sistema judiciário cometam toda sorte de crimes, sendo que
eles são os responsáveis por defender a sociedade e garantir a
observância das leis.
A
verdade é que o STF é hoje a instituição republicana que está realmente
no olho do furacão. Sua credibilidade é pequena, pois causa
desconfiança àqueles que têm um mínimo de discernimento e ponderação
sobre o que acontece no Brasil, transformado mais uma vez em República
das Bananas pela vontade despótica da casa grande, composta por castas
racistas, colonizadas e sectárias, que sempre foram provincianas,
atrasadas e que apostam, através dos séculos, no retrocesso, a fim de se
dar bem para ganhar muito dinheiro, manter os pobres submissos e a um
salário de fome e, por seu turno, viver como verdadeiros paxás e nababos
adoradores dos "deuses" privilégio e luxo.
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