No início, a pressão era mais discreta. Perguntava-se se o ex-presidente havia participado de negociações, se em algum momento teria realizado algum telefonema, se insinuara que sabia do caso ou alguma coisa assim mais indireta.
Os investigadores já chegavam com supostas acusações e querendo que o investigado as assumisse.
Foi assim com o sítio de Atibaia e com o apartamento do Guarujá.
E um dos supostos elos desse grande esquema era um certo Leo Pinheiro, da OAS.
(Só um parenteses e voltamos no parágrafo seguinte ao texto. É importante lembrar que se o tal sítio de Atibaia e o dito apartamento do Guarujá fossem mesmo do Lula eles resultariam, quando muito, num patrimônio próximo ao de Michelzinho, o filho prodígio do casal Temer e Marcela.)
Acontece que Leo Pinheiro afirma que a OAS fez as obras no apartamento do Guarujá para tentar agradar Lula e buscar convencê-lo a comprar o imóvel.
Exatamente o que o Instituto Lula já havia dito em uma nota com detalhes de toda a operação do tal triplex.
E também, ainda segundo a Folha, teria dito não ter nem conhecimento e nem como provar que o sítio de Atibaia é de Lula.
E aí a Folha divulga que por conta disso o acordo de delação de Leo Pinheiro travou.
E mais, que os procuradores estariam chantageando (não há outra palavra melhor disponível no léxico pra definir essa ação) tanto a OAS quanto a Odebrecht para forçar ambas as empresas falarem o máximo possível, porque só iriam aceitar o acordo de delação premiada de uma das empresas.
Em qualquer lugar do mundo isso seria tratado como um escândalo, mas no Brasil dos dias atuais está sendo naturalizado.
Tem-se um suposto criminoso e busca-se o crime.
Quem tem um mínimo de noção de Justiça, sabe que isso é justiciamento.
E quem tem um pingo de juízo, não deveria aceitar esse estado de exceção.
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