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07/06/2016
Janot pediu a prisão de Renan, Jucá e Sarney
Brasil 247 - 7 de Junho de 2016 às 05:16
Pedidos feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, contra o presidente do Senado, Renan Calheiros, o ex-presidente
José Sarney e o senador Romero Jucá, estão com o ministro Teori
Zavascki, do STF, há mais de uma semana; os caciques do PMDB foram
gravados por Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro e delator da
Lava Jato, e Janot os acusa de tramar contra a Lava Jato; Jucá tratou a
saída da presidente Dilma Rousseff como uma forma de “estancar a
sangria” da operação e perdeu o cargo; Renan defendeu mudanças na lei de
delações premiadas, o que já era uma posição pública defendida por ele;
Sarney, por sua vez, falava em buscar uma ponte com o ministro Teori
Zavascki; em sua defesa, Sarney classificou Machado como "monstro moral"
247 – O
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal
Federal a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do
ex-presidente José Sarney e do senador Romero Jucá (PMDB-RR), todos do
PMDB, por supostamente tentarem barrar a operação Lava Jato. Janot também solicitou o afastamento de Renan da presidência do Senado, usando os mesmos argumentos empregados na destituição de Eduardo Cunha (PMDB) da presidência da Câmara e do mandato de deputado.
A PGR se baseou nas conversas gravadas por Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro e delator da Lava Jato, em que os caciques do PMDB fazem comentários sobre a Lava Jato. Jucá, por exemplo, tratou da saída da presidente Dilma Rousseff como formar de “estancar a sangria” da operação.
Renan, por sua vez, defendeu mudanças na lei das delações premidas – o que já era sua posição pública.
Segundo ele, uma simples opinião não pode ser criminalizada. Sarney sugeria caminhos para construir pontes entre Sergio Machado e o ministro Teori Zavascki, que passariam pelo ex-ministro do STJ César Asfor Rocha.
Para os procuradores, os áudios são muito mais graves do que as provas que levaram o ex-deputado Delcidio do Amaral à prisão, em novembro.
Em acordo de delação premiada Machado disse que distribuiu R$ 70 milhões em propina para políticos do PMDB durante os 12 anos que esteve na Transpetro. Os políticos alegam que não receberam recursos de Machado.
Comenta-se que Machado e seus familiares devolverão mais de R$ 1 bilhão em seus acordos de delação premiada.
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