12/06/2016
Lula: “Eles querem o desmonte do país”
Blog do Miro - sábado, 11 de junho de 2016
Por Railídia Carvalho, no site Vermelho:
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta sexta-feira (10) do ato na avenida paulista, em São Paulo, contra o governo de Michel Temer. Lula afirmou que o presidente provisório “chegou ao poder através de um golpe dos fascistas, conservadores e dos direitistas deste país”. “Não é possível que as pessoas não se dêem conta de que eles querem fazer um desmonte neste pais”, ressaltou.
Lula chamou de desfaçatez o conluio que afastou a presidenta Dilma sem a existência de crime de responsabilidade. Ele lembrou ainda que os que apoiaram o golpe agora tem vergonha de assumir a posição. “Tem vergonha de dizer que querem o Temer, que querem o golpista e eu espero que eles saiam na rua pra gente poder ver a cara do que eles defendem neste país”, disse.
“Eu tenho orgulho do que fizemos neste país. A primeira coisa foi provar que o pobre não era problema era a solução. A segunda foi provar que aumentar o salário mínimo não era inflacionário e aumentamos 74%. A terceira foi provar que a gente poderia durante 12 anos dar aumento real para os trabalhadores sem causar inflação”, relembrou Lula.
O ex-presidente enfatizou: “Conseguimos fazer a maior revolução social deste país”. Para Lula, a experiência de inclusão social experimentada no Brasil através dos governos do PT o credenciaram a participar das reuniões do G8.
“Eu fui o único presidente do Brasil que participou de todas as reuniões do G8. É a carta dos presidentes dos países ricos. Eu fui convidado para todas e não foi porque era mais bonito, eu fui pra todas porque nós fizemos neste país, graças a vocês, a maior revolução social da nossa história”, completou.
Complexo de vira-latas
A justiça social iniciada com os governos de Lula e continuadas por Dilma, com o fortalecimento das políticas de distribuição de renda e a democratização do acesso às áreas de saúde e educação, estão ameaçadas com as recém-anunciadas medidas de menos de um mês de governo ilegítimo de Michel Temer.
Lula fez referência ao complexo de vira-latas, quando o brasileiro é colocado em uma situação de inferioridade em relação a outras nações, que voltou à cena com o governo ilegítimo de Temer. O ex-presidente confirmou a observação ao avaliar a postura do novo ministro das relações exteriores, o tucano José Serra, em recente entrevista.
“O ministro serra admite que o Brasil tem que reconhecer o seu lugar. Diz que somos pequenos, pobres, não podemos nos meter em coisas grande e temos que ficar de cabeça baixa”, ressaltou Lula. E lembrou uma declaração do compositor Chico Buarque, durante uma das campanhas de Dilma. “O Chico dizia que gostarva desse governo da Dilma, do PT porque não falam grosso com a bolívia e falam fino com os Estados Unidos”, lembrou Lula.
O ex-presidente afirmou que os que estão no governo interino de Temer aprenderam a ser serviçais, a baixar a cabeça para aqueles que colonizaram os brasileiros por longo tempo.
Auto-estima do brasileiro
“A gente não tem que ser melhor, a gente não tem que ser pior a gente tem que ser igual. Não aceito que um brasileiro ou uma brasileira seja inferior a um americano ou americana a um inglês ou inglesa a um francês ou francesa. Somos brasileiros, temos orgulho e não baixamos a cabeça nunca. Nós vamos fazer deste pais uma grande potência”, destacou Lula.
A perseguição da mídia ao ex-presidente também foi comentada por Lula ao final da seu discurso. Ele se disse chateado pelo tratamento desrespeitoso dado a ele e a sua família. Lula lembrou que foi durante os mandatos do PT que o Ministério Público, a Polícia Federal e a Controladoria Geral da União tiveram suas estruturas fortalecidas e elevada a autonomia.
Conluio
“Não podemos permitir que essas instituições sejam partidarizadas e tentem criminalizar um partido político. Estou esperando que alguém do Ministério Público, um juiz, um delegado aponte um real de desvio na minha vida pública neste país”, desafiou. Lula eximiu as instituições mas apontou que “setores desses órgãos estão em conluio com a imprensa”.
“Quando vejo esse conluio eu vejo que eles não precisam da justiça, querem condenar por uma manchete de jornal”, disse Lula. O ex-presidente reafirmou que “aprendeu a andar de cabeça erguida” e que provou que é possível governar para os mais humildes.
“Eu tenho orgulho de ser o presidente que mais coloquei meninos e meninas nas universidades neste pais. Tenho orgulho em dizer que a maior ascensão social foi por nossa causa e por causa de vocês”, avaliou.
2018
Lula disse que não perdoa os vazamentos ilícitos de conversas dele, inclusive com a presidenta Dilma, divulgadas pela grande imprensa.
“Aquilo teve como objetivo execrar a minha imagem para eu não ser candidato a presidente. Quanto mais eles me provocarem mais eu corro o risco de ser candidato em 2018. O que peço é que eles tenham por mim e pela minha família o respeito que eu tenho por eles. Se eles acham que vão me ameaçar. Quem não morreu de fome antes dos cinco anos não tem medo de ameaça neste país”, finalizou Lula.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta sexta-feira (10) do ato na avenida paulista, em São Paulo, contra o governo de Michel Temer. Lula afirmou que o presidente provisório “chegou ao poder através de um golpe dos fascistas, conservadores e dos direitistas deste país”. “Não é possível que as pessoas não se dêem conta de que eles querem fazer um desmonte neste pais”, ressaltou.
Lula chamou de desfaçatez o conluio que afastou a presidenta Dilma sem a existência de crime de responsabilidade. Ele lembrou ainda que os que apoiaram o golpe agora tem vergonha de assumir a posição. “Tem vergonha de dizer que querem o Temer, que querem o golpista e eu espero que eles saiam na rua pra gente poder ver a cara do que eles defendem neste país”, disse.
“Eu tenho orgulho do que fizemos neste país. A primeira coisa foi provar que o pobre não era problema era a solução. A segunda foi provar que aumentar o salário mínimo não era inflacionário e aumentamos 74%. A terceira foi provar que a gente poderia durante 12 anos dar aumento real para os trabalhadores sem causar inflação”, relembrou Lula.
O ex-presidente enfatizou: “Conseguimos fazer a maior revolução social deste país”. Para Lula, a experiência de inclusão social experimentada no Brasil através dos governos do PT o credenciaram a participar das reuniões do G8.
“Eu fui o único presidente do Brasil que participou de todas as reuniões do G8. É a carta dos presidentes dos países ricos. Eu fui convidado para todas e não foi porque era mais bonito, eu fui pra todas porque nós fizemos neste país, graças a vocês, a maior revolução social da nossa história”, completou.
Complexo de vira-latas
A justiça social iniciada com os governos de Lula e continuadas por Dilma, com o fortalecimento das políticas de distribuição de renda e a democratização do acesso às áreas de saúde e educação, estão ameaçadas com as recém-anunciadas medidas de menos de um mês de governo ilegítimo de Michel Temer.
Lula fez referência ao complexo de vira-latas, quando o brasileiro é colocado em uma situação de inferioridade em relação a outras nações, que voltou à cena com o governo ilegítimo de Temer. O ex-presidente confirmou a observação ao avaliar a postura do novo ministro das relações exteriores, o tucano José Serra, em recente entrevista.
“O ministro serra admite que o Brasil tem que reconhecer o seu lugar. Diz que somos pequenos, pobres, não podemos nos meter em coisas grande e temos que ficar de cabeça baixa”, ressaltou Lula. E lembrou uma declaração do compositor Chico Buarque, durante uma das campanhas de Dilma. “O Chico dizia que gostarva desse governo da Dilma, do PT porque não falam grosso com a bolívia e falam fino com os Estados Unidos”, lembrou Lula.
O ex-presidente afirmou que os que estão no governo interino de Temer aprenderam a ser serviçais, a baixar a cabeça para aqueles que colonizaram os brasileiros por longo tempo.
Auto-estima do brasileiro
“A gente não tem que ser melhor, a gente não tem que ser pior a gente tem que ser igual. Não aceito que um brasileiro ou uma brasileira seja inferior a um americano ou americana a um inglês ou inglesa a um francês ou francesa. Somos brasileiros, temos orgulho e não baixamos a cabeça nunca. Nós vamos fazer deste pais uma grande potência”, destacou Lula.
A perseguição da mídia ao ex-presidente também foi comentada por Lula ao final da seu discurso. Ele se disse chateado pelo tratamento desrespeitoso dado a ele e a sua família. Lula lembrou que foi durante os mandatos do PT que o Ministério Público, a Polícia Federal e a Controladoria Geral da União tiveram suas estruturas fortalecidas e elevada a autonomia.
Conluio
“Não podemos permitir que essas instituições sejam partidarizadas e tentem criminalizar um partido político. Estou esperando que alguém do Ministério Público, um juiz, um delegado aponte um real de desvio na minha vida pública neste país”, desafiou. Lula eximiu as instituições mas apontou que “setores desses órgãos estão em conluio com a imprensa”.
“Quando vejo esse conluio eu vejo que eles não precisam da justiça, querem condenar por uma manchete de jornal”, disse Lula. O ex-presidente reafirmou que “aprendeu a andar de cabeça erguida” e que provou que é possível governar para os mais humildes.
“Eu tenho orgulho de ser o presidente que mais coloquei meninos e meninas nas universidades neste pais. Tenho orgulho em dizer que a maior ascensão social foi por nossa causa e por causa de vocês”, avaliou.
2018
Lula disse que não perdoa os vazamentos ilícitos de conversas dele, inclusive com a presidenta Dilma, divulgadas pela grande imprensa.
“Aquilo teve como objetivo execrar a minha imagem para eu não ser candidato a presidente. Quanto mais eles me provocarem mais eu corro o risco de ser candidato em 2018. O que peço é que eles tenham por mim e pela minha família o respeito que eu tenho por eles. Se eles acham que vão me ameaçar. Quem não morreu de fome antes dos cinco anos não tem medo de ameaça neste país”, finalizou Lula.
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