16/06/2016
Machado enfrenta Temer e reafirma delação
Brasil 247 - 16 de Junho de 2016 às 19:32
O ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado reiterou nesta
quinta (16) que o presidente interino Michel Temer pediu a ele, em 2012,
ajuda para a campanha do então candidato do PMDB à Prefeitura de São
Paulo, Gabriel Chalita; a nota de Machado foi uma resposta ao
pronunciamento feito por Temer pela manhã, no Palácio do Planalto; ele
classificou de “irresponsável, leviana, mentirosa e criminosa” a delação
do ex-presidente da Transpetro; no comunicado, Machado reafirma que foi
procurado, em 2012, pelo senador Valdir Raupp (PMDB-RO), que transmitiu
a ele o apelo de Temer de colaborar com a campanha de Chalita; o
ex-presidente da Transpetro diz que, em setembro daquele ano, reuniu-se
com Temer na Base Aérea de Brasília para tratar do assunto; “Na
conversa, Temer solicitou doação para a campanha eleitoral de Chalita”,
afirma; “O vice-presidente e todos os políticos citados sabiam que a
solicitação seria repassada a um fornecedor da Transpetro, através de
minha influência direta. Não fosse isso, ele teria procurado diretamente
a empresa doadora”, reforça; no texto, ele diz que nunca se encontrou
com Chalita
“Quando se faz acordo de colaboração assume-se o compromisso de falar a verdade e não se pode omitir nenhum fato; falo aqui sob esse compromisso”, diz a nota divulgada pelo ex-presidente da Transpetro.
Ele reafirma que foi procurado, em 2012, pelo senador Valdir Raupp (PMDB-RO), que transmitiu a ele um apelo de Temer: colaborar com a campanha de Chalita, que enfrentava dificuldades financeiras.
O ex-presidente da Transpetro diz que, em setembro daquele ano, reuniu-se com Temer na Base Aérea de Brasília para tratar do assunto. Àquela altura, o peemedebista era vice-presidente.
“Na conversa, o vice-presidente Michel Temer solicitou doação para a campanha eleitoral de Chalita”, afirma Machado no comunicado.
“O vice-presidente e todos os políticos citados sabiam que a solicitação seria repassada a um fornecedor da Transpetro, através de minha influência direta. Não fosse isso, ele teria procurado diretamente a empresa doadora”, prossegue.
Machado diz que procurou a empresa Queiroz Galvão, que tinha contratos com a Transpetro, e que conseguiu uma doação de R$ 1,5 milhão, feita de forma oficial ao diretório nacional do PMDB, que repassou o dinheiro à campanha de Chalita. “A doação oficial pode ser facilmente comprovada por meio da prestação de contas da campanha do PMDB”, diz Machad
No texto, ele também afirma que nunca se encontrou com Chalita
ÍNTEGRA DA NOTA DE SÉRGIO MACHADO
Sobre o pronunciamento feito hoje pelo Presidente Interino Michel Temer, reafirmo que:
1) Quando se faz acordo de colaboração assume-se o compromisso de falar a verdade e não se pode omitir nenhum fato; falo aqui sob esse compromisso;
2) Em setembro 2012 fui procurado pelo senador Valdir Raupp (PMDB-RO), presidente em exercício do partido, com uma demanda do então vice-presidente da República, Michel Temer: um pedido de ajuda para o candidato do PMDB a prefeito de São Paulo, Gabriel Chalita, porque a campanha estava em dificuldades financeiras;
3) Naquele mesmo mês, estive na Base Aérea de Brasília com Michel Temer, que embarcava para São Paulo. Nos reunimos numa sala reservada;
4) Na conversa, o vice-presidente Michel Temer solicitou doação para a campanha eleitoral de Chalita;
5) O vice-presidente e todos os políticos citados sabiam que a solicitação seria repassada a um fornecedor da TRANSPETRO, através de minha influência direta. Não fosse isso, ele teria procurado diretamente a empresa doadora;
6) Após esta conversa mantive contato com a empresa Queiroz Galvão, que tinha contratos com a TRANSPETRO, e viabilizei uma doação de R$ 1,5 milhão feita ao diretório nacional do PMDB; o diretório repassou os recursos diretamente à campanha de Chalita. A doação oficial pode ser facilmente comprovada por meio da prestação de contas da campanha do PMDB;
7) É fato que nunca estive com Chalita;
Sérgio Machado
.
Nenhum comentário :
Postar um comentário
Veja aqui o que não aparece no PIG - Partido da Imprensa Golpista