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11/04/2013
Estadão fez lobby sorrateiro contra Heleno Torres no STF
Do Brasil 247 - 11 de Abril de 2013 às 14:27
Já que a palavra está na moda, nada mais
"sorrateiro" do que a manobra do jornal conduzido por Francisco Mesquita
Neto para torpedear a indicação do tributarista da USP para o STF;
primeiro o jornal plantou a notícia falta de que ele já estava nomeado;
depois, teve que se desmentir; agora, o jornal atribui, em editorial, ao
próprio Heleno Torres o vazamento da informação falsa que tinha como
único propósito queimá-lo na reta final
247 - O
jornal Estado de São Paulo trava verdadeira batalha politico-ideológica
para retirar o tributarista da USP Heleno Torres da corrida para o
Supremo Tribunal Federal, por meio de notícias falsas, ou no jargão
jornalístico “barrigadas”. Na última quinta-feira (4), o professor se
reuniu com a presidente Dilma Rousseff para indicação à vaga deixada por
Carlos Ayres Britto, o ex-presidente do STF que pautou o julgamento do
“mensalão” para coincidir e influenciar o resultado das Eleições 2012.
Após conquistar apoios
fundamentais em sua jornada, como do ministro da Advocacia-Geral da
União Luiz Inácio Lucena Adams e a simpatia do ministro Ricardo
Lewandowski seu colega de USP, e, principalmente, após ter sido chamado
por Dilma para uma conversa no Palácio do Planalto o jornal Estado de S.
Paulo acendeu a luz vermelha e tratou de deflagrar uma guerra para
barrar a nomeação de Heleno Torres.
A estratégia do jornal é
velha, simples e com requintes de crueldade, por contar com fontes do
Executivo que apoiam outros candidatos e muito conhecem a linha da
presidente Dilma Rousseff avessa aos vazamentos palacianos.
Em primeiro lugar, o
Estadão resolveu “queimar a largada” de Heleno Torres ao “manchetar”, em
letras garrafais, em sua página na internet: “Tributarista Heleno
Torres será ministro do Supremo, escolhe Dilma”. A notícia era tão falsa
que iludiu o leitor até sobre a origem da informação, ao dizer que o
suposto furo se deu “segundo informaram fontes do Supremo” e que
levantou, logo na sequência, o fantasma do mensalão para assombrar a
indicação do tributarista.
Ocorre que até as pedras
da praça dos Três Poderes sabem que a jornalista que deu a “barrigada”
proposital não cobre o STF mas sim o Palácio do Planalto e tentou
inutilmente “lavar a sua fonte”, por ser de água suja e para protegê-la
da inevitável fúria de Dilma Rousseff.
Na mesma matéria o
Estadão utilizou bravata do também articulista do Estadão Gaudêncio
Torquato que teria almoçado com Torres. Era tudo mentira e o próprio
articulista tratou de desmentir tudinho, até o almoço explicando a sua
bravata: “Barriga de todos - Vício de jornalista. Não era verdade.
Heleno não fora escolhido. Descobri quando liguei para ele para contar
do meu entusiasmo e das manchetes que acabara de ler. E ele me
respondeu: ‘pois é, não fui escolhido. Peço para que você desminta a
nota, que está provocando balbúrdia’. Foi o que fiz. Pedi desculpas. Fui
apressado. Porém, ressalto, fui induzido à nota apressada pelo registro
dos jornais. Todos cometemos o que, em jornalismo, se chama de
‘barriga’, uma notícia não verdadeira” por Gaudêncio Torquato (Leia
aqui: HYPERLINK
"http://www.migalhas.com.br/mobile/mig_porandubas.aspx"
http://www.migalhas.com.br/mobile/mig_porandubas.aspx.).
Em seguida, a colunista
Sonia Racy deu sequencia aos ataques ao anunciar que Heleno Torres
estava praticamente escolhido mas que dançou de vez no STF, após o
vazamento do encontro com Dilma, segundo a colunista “comentário maldoso que corre nos bastidores do Planalto”
é que a demora se daria por falta de opção técnica (Leia aqui:
http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/98502/Sonia-Racy-Heleno-Torres-dançou-de-vez-no-STF.htm.)
DILMA NÃO É BOBA
Segundo o informado
jornalista Gerson Camarotti, da Globo News, apesar do vazamento da
reunião, o tributarista permanece forte para a vaga do Supremo porque
Dilma descobriu o óbvio: “que Torres não teve culpa pela vazamento da informação”
(Leia aqui:
http://g1.globo.com/platb/blog-do-camarotti/2013/04/09/apesar-de-vazamento-heleno-torres-permanece-na-lista-preferencial-para-stf/).
Claro, Dilma não é boba e
está cercada de leais e competentes auxiliares que, a exemplo de Giles
Carriconde Azevedo, Chefe de Gabinete da Presidência, não escondem nada
da presidente, leia-se: as tramoias de ministros e assessores, e nem
tentam manipular informações por interesses pessoais.(Grifos em verde negritado são do ContrapontoPIG)
O FANTASMA DO MENSALÃO E A “BARRIGADA” PROPOSITAL
Por fim, no editorial de
hoje intitulado “por uma vaga no Supremo”, o Estadão invoca novamente o
fantasma do “mensalão” e em seguida crava de vez o punhal nas costas do
professor da USP ao afirmar de forma contraditória e leviana que, “seja
lá o que [Heleno Torres] dela [Dilma] tenha ouvido, não perdeu tempo em
fazer chegar à imprensa – por interpostas pessoas que pediram para não
ser identificadas – a suposta ‘notícia’. Dilma, evidentemente, ficou
furiosa com a quebra de confiança e mandou chamar para entrevistas todos
os outros candidatos”.
O editoral é leviano
porque todos sabem, inclusive Dilma, que Heleno Torres não vazou nada do
encontro pois seria suicídio. Em segundo o jornal faz grave acusação ao
jurista utilizam-se do anonimato para justificar seus ataques. Mais
curioso ainda é o jornal agora (des)qualificar a sua matéria como uma “suposta notícia”.
Ora, quem primeiro veiculou essa “suposta notícia” não foi o próprio
Estadão? Por que o jornal desqualifica a sua manchete? Simples: foi uma
barrigada proposital.
A família dona do jornal
escolhe quando, de que forma e agora quer escolher quem vai julgar os
processos do Supremo Tribunal Federal. O fuzil está apontado na alma, na
reputação de quem se atreva a contrariar o jornal.
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