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09/12/2013
O povo brasileiro acredita na Veja, no Tuma ou no Lula
Por Davis Sena Filho
Como se percebe, os conservadores foram às ruas porque se aproveitaram do
pleito
do MPL, que luta pelo passe
livre para
os estudantes em todo o Brasil. E deu no que deu: cinco meses
seguidos de quebra-quebra, incêndios e conflitos entre grupos mascarados e a
polícia, que quando reagia à violência a imprensa de mercado prontamente a
criticava, porque o que interessava à grande mídia conservadora era desgastar
os governos dos estados e principalmente o Governo Federal. Os coxinhas do
Anonymous e os que foram às ruas no início se divertir com os protestos
perceberam logo que o “bicho ia pegar” e sorrateiramente correram para a
segurança de suas casas e passaram a ver os conflitos pelas televisões, como
sempre fizeram em suas vidas. Coxinha é coxinha e nada mais. Rosna pela vida
afora, mas na hora de morder prefere a segurança azul ou rosa de seus lares e
de seus cotidianos.
Eis que a Última Flor do Fáscio – a Revista Porcaria - continua em seu périplo
reacionário e voltado à queda do Governo Dilma e de qualquer governante
trabalhista que conquiste o poder, de qualquer jeito, sem se importar com nada, a não ser com seus
interesses ideológicos, políticos e empresariais, além de se mancomunar durante
anos com uma organização criminosa liderada pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira,
“editor” e “pauteiro” de Veja, cujo subordinado
era o jornalista Policarpo Jr., profissional que está “sumido” para o bem e a
conveniência da família Civita, que pensa que o Brasil de mais de 200 milhões
de habitantes e a sexta maior economia do mundo é o quintal da casa dela. Ledo engano,
porque não é.
Entretanto e para a surpresa de ninguém, a Fina Flor da
Mentira e do Jornalismo de Esgoto se volta novamente à caça ao Lula, ex-presidente
da República que saiu do poder com 87% de aprovação, índices mais altos do que
os do recém-falecido Nelson Mandela quando deixou o poder, além de o petista ser
o político brasileiro mais reconhecido e famoso no mundo, sempre convidado para
dar palestras, bem como dar conselhos a presidentes e primeiros-ministros sobre
economia e política, porque seus dois governos foram um sucesso e sua sucessora
continua a trilhar os mesmos caminhos de Lula e, consequentemente, com reais
chances de ser reeleita. E é exatamente isto que mata a direita de ódio, rancor
e inveja.
Veja se comporta e age como se o popular político
trabalhista e do PT ficasse preocupado com o livreco recheado de acusações de
um delegado que já cometeu diversos desatinos e malfeitos em sua vida
pregressa, no que tange às questões profissionais. O filho de Romeu Tuma
resolveu escrever um livro, que mais parece um panfleto de mágoas, rancores,
invejas e vinganças. Nada mais peculiar à direita escravocrata do Brasil. Logo
o Tuminha, filho do Tuma, um dos dois delegados líderes do Dops, órgão policial
famoso por sua atuação na ditadura militar, bem como homem ligado ao SNI.
Romeu Tuma e o delegado Sérgio Paranhos Fleury, o mais
conhecido matador e torturador da ditadura eram parceiros e juntos, cada um ao
seu tempo, mandaram no Dops, sendo que o delegado Tuma, além de ter sido
senador por muitos anos, foi também superintendente da Polícia Federal no
Governo do ex-presidente José Sarney. Agora, Robson Tuma, um homem de direita e
que sempre se mostrou um bate-pau de alta patente da burguesia paulista,
paulistana e brasileira, resolve escrever um livro em que afirma ser o Lula um
delator do regime militar. Absurdos dos absurdos, pois Lula foi perseguido,
ameaçado de morte, realizou greves históricas em plena ditadura e para, enfim,
ser preso e visitado por políticos da grandeza de Tancredo Neves, Leonel
Brizola e Ulysses Guimarães.
Trata-se, nada mais e nada menos, da direita herdeira
da escravidão, leviana, golpista, pois traidora, violenta e feroz. A direita
cheia de ódio racial e de classe social e que não se conforma com a ascensão
dos trabalhistas no poder, fato este que aconteceu também com o estadista
Getúlio Vargas e o trabalhista herdeiro de Getúlio, o presidente deposto João
Goulart – o Jango. Os dois sofreram na carne, no coração e na mente as diatribes
da direita brasileira, a pior do mundo e que escravizou seres humanos por quase
400 anos – a escravidão mais longa da história da humanidade.
E aí vem o Tuminha com seu livrinho cheio de ódio e
rancor, com o apoio e a capa de Veja – a Última Flor do Fáscio, que há anos enlameia
o jornalismo, associa-se a criminosos para desestabilizar governos e
governantes trabalhistas eleitos legitimamente pelo povo brasileiro e a fazer
acusações infundadas, porque nunca comprovadas, questão esta que jamais vai ser
uma preocupação de tal pasquim de péssima qualidade editorial, até porque o
jornalismo panfletário publicado por esse veículo mequetrefe e rastaqüera não
merece atenção e muito menos respeito dos leitores que têm sensatez e
discernimento para perceber que a Veja é um covil de chumbetas, como já disse
na tribuna do Senado o senador Fernando Collor.
E quando um político que conhece os bastidores como
conhece o Collor é porque realmente a Veja é uma porcaria e por isso é useira e
vezeira em dar prestígio e fé a livrinhos vingativos escritos por uma pessoa
que é totalmente vinculada à direita, ao establishment e que sempre trabalhou
como guarda pretoriano dos interesses do mundo empresarial.
O Tuminha, o mesmo delegado que os editores da Última
Flor do Fáscio detonaram e espezinharam em diversas publicações, a fim de
desconstruir sua imagem ao chamá-lo de muambeiro, “necrose moral" e “personagem
espantoso no País que não se espanta com nada”, conforme afirmou o jornalista
Augusto Nunes, que atualmente tem a companhia de outros dois escrevinhadores da
direita midiática brasileira, o Reinaldo Azevedo e o Eurípides Alcântara. Seria
cômico se não fosse trágico tanto devaneio publicitário e incongruência, porque
se alguém dependesse de coerência para ser salvo morreria logo, pois o que essa
gente não tem e nunca o terá é coerência e discernimento para fazer jornalismo
e comentar sobre política. Oportunismo na veia e intolerância em toda sua
plenitude. É isto o que eles fazem e por isso não têm credibilidade.
Por seu turno, Romeu Tuma Júnior, o Tuminha, volta para
seu berço, o leito da direita, após, entre 2007 e 2010, ser o secretário
nacional de Justiça e acusado de ter se envolvido com a máfia chinesa de São
Paul, acusação que lhe rendeu grande desgaste e que certamente cooperou para
ele sair de importante cargo do Ministério da Justiça. Todavia, os editores e
colunistas de Veja mudaram de idéia, bem como os herdeiros do Robert Civita. Agora
o livro do Tuma, “Assassinato de Reputações – Um crime de Estado”, é visto como
uma bomba pela Veja, o panfleto de extrema direita.
Antes Robson Tuma Júnior era figura nefasta e que
deveria ser exonerado solenemente e sumariamente. No entanto, quando Tuminha escreve
um livro repleto de acusações sem provas e que tem, na verdade, a intenção de
macular a imagem de Lula, os urubus de Veja passam a considerá-lo uma pessoa
séria e que suas acusações merecem tanta credibilidade que Lula deveria ser
convocado para dar depoimento na Comissão da Verdade, talvez junto com o
coronel Brilhante Ustra, velho conhecido do pai do Robson Tuma, o delegado e
senador já falecido Romeu Tuma.
A
Veja – a Última Flor do Fáscio – realmente é um
caso sério, que faz um jornalismo de esgoto. O ódio da direita é porque
Lula
nunca foi cooptado e seu governo trabalhista fez muito mais sucesso e
teve melhores resultados do que o governo entreguista, subserviente e
colonizado do tucano Fernando Henrique Cardoso - o Neoliberal I. Tuminha
voltou oficialmente para o ninho conservador e foi perdoado pelos seus
detratores de direita igual a ele. Agora a pergunta que não quer calar: o
povo brasileiro acredita na Veja, no Tuma ou no Lula? É isso aí. .
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