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17/11/2015
Baiano relata propina para empresário ligado a Serra
Brasil 247 - 17 de Novembro de 2015 às 15:02
Em depoimento aos procuradores da Operação Lava
Jato, o lobista Fernando Baiano afirmou que foram pagos de US$ 500 mil a
US$ 700 mil ao empresário Gregório Marin Preciado para viabilizar a
compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena (EUA); velho conhecido do
MPF, Preciado é ex-sócio, doador de campanha e marido de uma prima do
senador José Serra (PSDB-SP), e esteve envolvido no escândalo de evasão
de divisas do Banestado; segundo Baiano, os valores se referem a
comissão pelo empresário aceitar transmitir US$ 15 milhões em propinas
no esquema; José Serra e Gregório Preciado não comentam o caso;
Ministério Público classifica Preciado como "operador"
Aos procuradores da Lava Jato, Fernando Baiano informou que repassou US$ 15 milhões "para o pagamento de propina em favor de seis funcionários da estatal". Mas, primeiramente, foi "repassado pela Astra [empresa que detinha com a Petrobras o controle da refinaria de Pasadena], a partir da celebração de um contrato de consultoria fraudulento, no valor de US$ 15 milhões, firmado entre uma das empresas do grupo Astra Oil e a Iberbras [empresa representada por Baiano]".
A partir daí, dos US$ 15 milhões repassados pela Astra, o então vice-presidente da Astra Oil, Alberto Feilhaber, teria ficado com US$ 5 milhões a título de "comissão" por ter contribuído para concretizar a aquisação da refinaria.
Um segundo contrato de consultoria que Fernando Baiano intermediou, entre a Iberbras e a Three Lions, também atuou para concretizar a compra de Pasadena. Nessa negociação, teria sido "descontado o percentual pago ao operador Gregório Marin Preciado" e "o valor restante foi disponibilizado a Fernando Soares, para que efetuasse a distribuição da propina, por meio de transferências internacionais realizadas a partir de sua conta Three Lions, localizada em Liechtenstein", disseram os procuradores da República.
Leia mais sobre o assunto.
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